Archive for 31 Janeiro, 2005
SANTA LÚCIA
A ilha de Santa Lúcia situa-se no extremo do arco das pequenas antilhas, próximo da costa da Venezuela, tendo a norte a Martinica (território francês) e, a sul, S. Vicente e Grenadinas.
Apresenta alguns vulcões extintos, em particular os famosos Pitons, dois cones vulcânicos gémeos, emergindo do mar, com cerca de 800 metros de altitude; sendo localizada numa zona tropical, é frequentemente assolada por furacões. É uma das mais luxuriantes e belas ilhas das Caraíbas, com grandes planícies e enseadas abrigadas.
O porto da capital, Castries, é escala regular dos cruzeiros pelo mar das Caraíbas. O país tem um território de 616 km2, com uma população de cerca de 140 000 habitantes.
Os ingleses e franceses lutaram continuadamente pelo domínio da ilha, entre 1674 e 1814, tendo “mudado de mãos” pelo menos 14 vezes. Foi administrada pelo Reino Unido até 1979, data em que se tornou independente, mas subsiste todavia alguma influência francesa.
A cultura tradicional é a da banana.
[2026]
ELEIÇÕES ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA – 1987
A 19 de Julho de 1987 fechava-se o ciclo de transferência dos votantes no PS, iniciado dois anos antes: em 1985, quase metade do tradicional eleitorado socialista havia trocado o seu voto histórico pela aposta no “desconhecido”, votando PRD; agora, esses votos eram (praticamente na íntegra) transferidos para o PSD.
Que, reduzindo igualmente o CDS à sua mais “ínfima” expressão, conquistando-lhe também cerca de 2/3 do eleitorado, alcançava uma histórica maioria absoluta de um só partido.
Cavaco Silva e o PSD atingiam uma votação (até então) inédita em democracia para um partido europeu, acima da barreira dos 50 %, subindo de 88 para 148 deputados (praticamente 60 % do total do hemiciclo), uma surpreendente e esmagadora “maioria (quase) impossível”, fruto de uma palavra de ordem essencial, repetida até à exaustão durante a campanha eleitoral: “estabilidade” (depois de 13 anos de sucessivos governos que quase nunca ultrapassaram uma vida de 2 anos).
O PS, agora liderado por Vítor Constâncio, buscando um início de recuperação (que ainda viria bastante longe no tempo…) não conseguia melhor que subir de 20,8 % para 22,2 %, praticamente estabilizando em número de deputados (de 57 para 60), com a magra consolação de, definitivamente, se afirmar como única “grande força” à esquerda.
A coligação liderada pelo PCP, cuja denominação – adaptando-se aos “novos tempos” – passou de APU – Aliança Povo Unido para CDU – Coligação Democrática Unitária (tendo como novo parceiro o PEV – Partido Ecológico Os Verdes) -, continuava o seu percurso descendente, de 15,5 % para 12 % e com mais um importante “corte” no número de deputados eleitos (de 38 para 31).
O “meteórico” PRD, não obstante liderado pessoalmente pelo próprio Ramalho Eanes, apenas a custo sobreviveria ao “furacão” que ele próprio havia provocado, penalizado pela iniciativa que originara a queda do governo (uma moção de censura “incompreendida” pela opinião pública): baixou o seu número de votantes de mais de um milhão para menos de 280 000, caindo de 18 % para menos de 5 % e reduzindo a sua representação parlamentar, de 45 para apenas 7 deputados.
Nas eleições seguintes, levando ao extremo a evidente ausência de coesão e consequente pulverização do seu eleitorado, “desapareceria” por completo do mapa parlamentar, até acabar por ser extinto.
A “vaga de fundo cavaquista” quase submergia por completo o CDS, agora sob a liderança de Adriano Moreira, reduzido a apenas 4 % dos votos e com o grupo parlamentar do “táxi”, formado por apenas 4 deputados.
[2025]