Archive for Dezembro, 2003
NOVOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – LETÓNIA (II)
Nos séculos XVIII (após a Grande Guerra do Norte, de 1700-1721) e XIX, a Rússia obteve o controlo da Letónia e regiões vizinhas.
Nas décadas de 1850 a 1870, dá-se o despertar nacional do povo letão, alimentado nomeadamente pelos privilégios de que continuavam a beneficiar os aristocratas alemães, descendentes dos conquistadores do século XIII, que mantinham a propriedade exclusiva da terra.
Na sequência da devastação resultante da Revolução Russa e da Primeira Guerra Mundial, a Letónia declarou a sua independência em 18 de Novembro de 1918, reconhecida pela Rússia no Tratado de Riga de 1920.
Em 1934, Karlis Ulmanis promove um golpe de Estado e promove uma aliança báltica.
O período de independência viria a ser curto, dado que o país foi anexado pela União Soviética em Junho de 1940, na sequência do acordo Soviético e Nazi (Pacto Ribbentrop-Molotov) de 1939.
À excepção de um período de ocupação alemã durante a II Guerra Mundial (1941-1945), a Letónia integrou o território soviético (a União Soviética retomara o controlo da região, com o final da Guerra), tendo sido removidos das suas terras centenas de milhares de camponeses, para além de inúmeros prisões, deportações e até execuções; viriam a instalar-se no país grandes contingentes de populações russas.
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UNIÃO EUROPEIA – 1990
Ano Europeu do Turismo.
Em Abril, o Conselho Europeu reúne-se em sessão especial em Dublin (Irlanda), e chega a acordo quanto a uma abordagem comum da unificação alemã e das relações com os países da Europa Central e Oriental.
Em Maio, é assinado em Paris o acordo constitutivo do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD) com vista à prestação de apoio financeiro aos países da Europa Central e Oriental.
Em Junho, o Acordo de Schengen relativos à eliminação dos controlos fronteiriços é assinado pelos países do Benelux, França e Alemanha.
No mesmo mês, a CEE e os países da EFTA iniciam negociações formais relativas à criação do Espaço Económico Europeu (EEE).
Em 1 de Julho, entra em vigor a primeira fase da União Económica e Monetária (UEM). É concedido a quatro Estados-Membros (Espanha, Portugal, Grécia e Irlanda) um regime de excepção por se considerarem insuficientes os seus progressos em matéria de integração financeira.
Ainda em Julho, a República de Chipre e a República de Malta apresentam o seu pedido oficial de adesão às Comunidades Europeias.
A 3 de Outubro, concretiza-se a Reunificação da Alemanha; os “Länder” da antiga Alemanha de Leste passam a fazer parte da União Europeia.
Em Novembro, a Itália adere ao acordo de Schengen.
Em Dezembro, o Conselho Europeu, reunido em Roma, lança as duas Conferências intergovernamentais sobre a União Económica e Monetária e a União Política.
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1990 – INTERNET
“A World Wide Web (WWW) faz a sua estreia mundial. Trata-se de um sistema hipermédia que permite aceder a inúmeras fontes da Internet”.
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1990 – MANDELA LIBERTADO
“Após 27 anos de prisão, Nelson Mandela, antigo vice-presidente do Congresso Nacional Africano (ANC), é libertado e abre caminho ao fim do “apartheid”, primeiro passo para a realização de eleições livres, que em 1994 lhe conferem o cargo de presidente da África do Sul”.
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2003 – ANO DOS "BLOGUES" (XVI)
A 21 de Junho, na Revista “Única”, do “Expresso”, faz-se também referência à dicotomia “direita-esquerda”, então bastante patente na “muito politizada «blogosfera» nacional”, com alusão ao fim de “A Coluna Infame”.
No mesmo dia, um artigo de Pedro Rolo Duarte no “DNA” (suplemento do “Diário de Notícias”) questiona a “promiscuidade” entre jornalistas e “bloguistas”, referindo nomeadamente:
“Os “blogues”, tal como existem, montados e alimentados por gente que tem acesso aos jornais e à opinião pública – Pedro Mexia, João Pereira Coutinho, Pacheco Pereira, José Mário Silva, entre outros -, constituem para mim uma espécie de “Portugal Fashion” da opinião: eles exibem naquela passerelle electrónica o que não têm lata, ou coragem, ou vontade de “vender” nos jornais onde podem e devem publicar o que pensam – como os estilistas mostram na passerelle o que nunca irão vender.
Trata-se, portanto, de um exercício de vaidade pura, de presunção sem pai nem mãe.
…
Acho que uma das maiores virtudes da imprensa é o facto de ser finita no espaço e no tempo. Isto obriga a quem escreve, quem edita, quem publica, a escolher – e é na escolha, é nesse acto individual, perigosamente ditatorial, da escolha, da opção, que está a “flor do sal” desta profissão, desta paixão. Nesta medida, quando os profissionais do jornalismo se envolvem em “blogues”, estão a negar a essência do seu trabalho e a viciar o jogo da liberdade. Se houvesse leis sobre a matéria e eu pudesse legislar, os “blogues” existiam. Mas tinham esta reserva legal: só a eles deveriam ter acesso os que, pelas mais diversas razões, não têm espaço próprio nos meios de comunicação. Ponto final.
…
“Blogues”, dizem vocês? Claro que sim. Mas para os que não têm outra forma de manifestar a sua opinião. Para os que têm, como estes de que falo, desculpem lá, mas cheira-me a esturro: presunção, vaidade, ou apenas uma forma de poupar no psicanalista”.
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1º "POST" – DESEJO CASAR – 12.06.2003
“PORQUÊ?
Em poucas linhas:
a) entramos na blogosfera numa altura em que ela está em ebulição, e não pelos melhores motivos. Fazemo-lo com algum orgulho – é bom que coisas nasçam em tempo de crise.
b) juntamos neste projecto um grupo de pessoas que, dos Açores ao Porto com centro em Lisboa, não teriam outra oportunidade de integrar juntas um projecto.
c) discute-se muito a verdadeira relevância dos blogs. Será, seguramente, coisa para avaliar a médio, longo prazo. Mas comprometemo-nos a publicar diariamente porque:
1) acreditamos na separação entre o trigo e o joio;
2) acreditamos que os blogs são uma boa sede para jovens cronistas ou cronistas sem oportunidades na imprensa;
3) é aliciante fazer parte de um novo tipo de media;
4) agrada-nos a oportunidade de escrever, pelo simples prazer de fazê-lo, partilhar opiniões, informações, histórias.[746]
Somos um grupo que inclui jornalistas, arquitectos, designers, juristas, argumentistas, filósofos, numa média de idades que vai dos 22 aos 39″.
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NOVOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – LETÓNIA (I)
Os primeiros homens chegaram ao território da Letónia no final do período glaciar (9000 A.C.). Cerca de 2000 A.C., chegaram as primeiras tribos bálticas, antepassadas do povo Letão.
Nos séculos X a XIII, os vikings, russos, suecos e alemães invadem a região; ao mesmo tempo, estabelecem-se os antigos povos letões: Latgalos (em letão, Latgali, que deu origem à designação do país), Kursos, Selos e Zemgalos.
No Século XIII, chegam ao território da Letónia (então conhecida como Livónia) mercadores, missionários e cruzados germânicos, dando-se, em 1201, a fundação da cidade Riga. O domínio alemão sobre a Confederação Livoniana (Estónia, Letónia e Lituânia) prolonga-se por três séculos, até à extinção da Ordem dos Cavaleiros Teutónicos, em 1561.
No século XVI, com a Guerra da Livónia (1558-1583), o território letão é submetido pela Polónia-Lituânia (em 1561).
No século XVII, na sequência da Guerra Polónia-Suécia (1600-1629), Riga e Vidzeme caem em poder da Suécia, passando Riga a ser a maior cidade sueca. Durante o domínio sueco, os Letões puderam, não obstante, cultivar livremente a sua identidade nacional.
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UNIÃO EUROPEIA – 1989
Ano Europeu da Informação sobre o Cancro.
Em Abril, o Comité presidido por Jacques Delors apresenta o seu relatório sobre a União Económica e Monetária.
O Parlamento adopta a declaração dos direitos e liberdades fundamentais.
Em Julho, a República da Áustria apresenta o seu pedido oficial de adesão às Comunidades Europeias.
A 9 de Novembro, dá-se a queda do Muro de Berlim; a República Democrática da Alemanha abre as suas fronteiras.
Em Dezembro, o Conselho Europeu, reunido em Estrasburgo, decide convocar, antes do final de 1990, a Conferência intergovernamental destinada a elaborar uma alteração do Tratado, tendo em vista as fases finais da União Económica e Monetária.
É assinada em Lomé a nova convenção ACP-CEE, pelos 12 Estados-Membros da Comunidade e pelos 69 países de África, das Caraíbas e do Pacífico.
É assinado em Bruxelas um acordo de comércio e de cooperação comercial e económica entre a Comunidade e a União Soviética.
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1989 – "FATWA"
“Acusado de blasfemo pelo “ayatola” Khomeiny, do Irão, o autor de “Versículos Satânicos”, Salman Rushdie, é alvo de uma “fatwa” (decreto de morte). Alguns editores e livreiros evitam publicar e vender o livro, cujo tradutor japonês é morto. Rushdie passa à clandestinidade para sobreviver”.
P. S. Novos agradecimentos, ao Vamos Lixar Tudo e ao Ter Voz.
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1989 – TIANANMEN
“Estudantes chineses em greve de fome manifestam-se na Praça de Tiananmen, em Pequim, exigindo a liberalização do regime. A revolta será esmagada violentamente pelo exército chinês, depois de o primeiro-ministro, Li Peng, ter decretado a lei marcial”.
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