A 4 de Outubro, no suplemento “Actual”, do “Expresso”, António Guerreiro apresenta uma crítica ao “universo dos blogues”, nomeadamente pela reprodução na blogosfera de um regime que diz ser o «responsável pela hipertrofia da “opinião” que caracteriza a imprensa, em Portugal», o do “mandarinato”, caracterizado pela “corrida ao espaço público mediático” (ver texto completo em “entrada estendida”).
Surgira entretanto o primeiro grande caso de controvérsia generalizada: de forma anónima, o “blogue” “Muito Mentiroso” editou, durante semanas, listas de perguntas, com uma técnica de desinformação, insinuando que o caso de pedofilia da “Casa Pia” teria por trás vários e poderosos grupos de interesses, associado a gravíssimos casos de corrupção.
Após dias de polémica na “blogosfera”, já em Outubro, Pacheco Pereira denunciou, na sua intervenção de Domingo no “Jornal da Noite” da SIC, o caso deste “blogue”, o qual estaria já, entretanto, a ser alvo de investigação.
No dia seguinte, todo o conteúdo do “blogue” seria apagado.
Ninguém atribuía qualquer importância às capas dos livros.
O design gráfico não existia, naquela sociedade radicalmente anti-materialista com que sonhei. Uma sociedade anti-esteta, racionalista, nos limites do suportável.
As capas dos livros eram feias mas isso não tinha qualquer relevância.
As capas dos livros eram todas iguais. Uniformizadamente: uma fotografia tirada por um mau fotógrafo de instantâneos que levava 25 euros por fotografia. Mal se adivinhavam os corpos dos escritores, sentados algures em cafés indistintos, longínquos e misturados com a multidão de bebedores de bicas e comedores de pastéis de nata. Às vezes os escritores eram fotografados a esbracejar e enquanto falavam. Ficavam de boca aberta ou com os rostos tapados pelos braços em movimento.
Nas contracapas publicavam-se os nomes dos autores e os dos seus pais e os números de contribuinte e de beneficiário da segurança social.
Os autores publicavam em quartetos, um livro continha sempre quatro textos de quatro escritores que não tinham nada a ver uns com os outros.
Os autores disputavam entre si a abertura dos livros. Organizavam-se duelos à moda antiga. Às vezes os autores morriam naquilo.
Fazia-se lobbying junto dos editores para que colocassem este ou aquele romance no princípio dos livros. Às vezes funcionava.
Os livros eram objectos horrendos com lombadas enormes.
A tendência era para aumentar o número de romances por livro”.
Aos 80 anos, o maior mimo do mundo regressa a Portugal. Marcel Marceau apresenta hoje, no Centro Cultural de Belém, em duas sessões (às 17 e 21.30 horas), a “arte mágica” da pantomina, despertando o riso, a par de momentos de melancolia, com a sua mímica, que caracteriza como a “arte do sonho, do silêncio e da poesia”.
P. S. Imperdível hoje (como sempre…) a “Grande Reportagem” que, num diferente exercício de “antecipação”, nos apresenta “As figuras do ano para 2004”.
“Fernanda Ribeiro, do FC Porto, conquista a medalha de ouro nos 10 mil metros nos Jogos Olímpicos de Atlanta e fixa novo recorde olímpico. Os velejadores Hugo Rocha e Nuno Barreto conquistam a medalha de bronze”.
“Início do surto da BSE (vulgo “doença das vacas loucas”) que se estende a toda a Europa a partir do Reino Unido. Cientistas revelam que os bovinos afectados podem transmitir ao homem a doença de Creuzfeld-Jakob”.
1. Este “blogue" tem por objectivo prioritário a divulgação do que de melhor vai acontecendo em Portugal e no mundo, compreendendo nomeadamente a apresentação de algumas imagens, textos, compilações / resumos com origem ou preparados com base em diversas fontes, em particular páginas na Internet e motores de busca, publicações literárias ou de órgãos de comunicação social, que nem sempre será viável citar ou referenciar.
Convicto da compreensão da inexistência de intenção de prejudicar terceiros, não obstante, agradeço antecipadamente a qualquer entidade que se sinta lesada pela apresentação de algum conteúdo o favor de me contactar via e-mail (ver no topo desta coluna), na sequência do que procederei à sua imediata remoção.
2. Os comentários expressos neste "blogue" vinculam exclusivamente os seus autores, não reflectindo necessariamente a opinião nem a concordância face aos mesmos do autor deste "blogue", pelo que publicamente aqui declino qualquer responsabilidade sobre o respectivo conteúdo.
Reservo-me também o direito de eliminar comentários que possa considerar difamatórios, ofensivos, caluniosos ou prejudiciais a terceiros; textos de carácter promocional poderão ser também excluídos.