DÉFICE ORÇAMENTAL 2003 (I)
27 Outubro, 2003 at 7:52 pm 2 comentários
O défice real das contas públicas no ano de 2003 (excluindo receitas extraordinárias) deverá vir a situar-se entre 5,2 e 5,5 % do Produto Interno Bruto (PIB), representando uma .derrapagem. de 3 500 milhões de euros (ou seja, 2,6 % do PIB).
Para além da quebra das receitas fiscais (face ao orçamentado), que poderá ascender a cerca de 3 200 milhões de euros (principalmente nas receitas de IVA e IRS), também as despesas públicas tiveram uma evolução desfavorável, com mais 300 milhões de euros que o previsto (decorrendo nomeadamente do aumento dos salários da função pública).
A cobertura (parcial) do défice . para que seja .oficialmente. reduzido até aos 2,94 % que serão apresentados em Bruxelas à União Europeia . será conseguida nomeadamente à custa da emissão de títulos do tesouro (ou seja, através da contracção de empréstimos, aumentando a dívida pública); o remanescente resultará de receitas extraordinárias, principalmente cerca de 950 milhões de euros com origem no Fundo de Pensões dos CTT, para além da venda de créditos fiscais e da Segurança Social a instituições bancárias.
Por trás desta linguagem .tecnocrática., algo redutora e que não será facilmente inteligível por parte significativa da população portuguesa, o que se passa de facto?
Procurarei, num próximo texto, .traduzir para português. o que representa toda esta situação.
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1.
catarina | 28 Outubro, 2003 às 12:21 am
Tradução: tapar o sol com a peneira. E a quebra das receitas fiscais só se deve a uma coisa: não há vontade política.
2.
Rui MCB | 29 Outubro, 2003 às 11:38 pm
É, a Catarina fez bem a tradução…