Archive for 11 Junho, 2008
Regulação europeia sobre blogues
Parece começar a germinar o que poderá constituir-se em regulação jurídica relativamente aos blogues, com a aprovação, pela Comissão Europeia de Cultura, no passado dia 3, de uma resolução em que se sugere a clarificação do estatuto, jurídico ou outro, dos blogues e incentiva a sua classificação voluntária em função das responsabilidades e interesses profissionais e financeiros dos seus autores e editores.
Promove-se assim a prestação de informação – para já de carácter voluntário – nomeadamente sobre a identidade do autor ou os seus interesses políticos ou sociais, uma vez que «o estatuto dos seus autores e editores, nomeadamente o seu estatuto jurídico, não está definido nem é indicado aos leitores, o que causa incertezas em relação à imparcialidade, fiabilidade, protecção das fontes, aplicabilidade dos códigos deontológicos e atribuição de responsabilidades em caso de acção judicial».
Pode saber mais aqui (El País) ou aqui (GranoSalis).
EURO 2008 – Grupo A – 2ª jornada

1-2
A Suíça está eliminada! Portugal vence o Grupo!
Não obstante terem ainda de se defrontar na última jornada da Fase de Grupos, no próximo domingo, Portugal e Suíça têm já a situação definida: com a segunda vitória em dois jogos disputados, Portugal não só garante o apuramento para os 1/4 Final, como também a vitória no Grupo, feito que alcança pela quarta vez consecutiva em Fases Finais de Campeonatos da Europa (1996, 2000, 2004 e 2008); a Suíça, com duas derrotas, está já eliminada e será inclusivamente última classificada do Grupo A.
R. Checa e Turquia partem em igualdade absoluta para o jogo decisivo. Em caso de empate, o desempate far-se-á (conforme o ponto 7.08 do Regulamento da prova)… por via da marcação de pontapés da marca de grande penalidade!
No jogo desta noite – com uma primeira parte disputada sob uma forte intempérie, com chuva torrencial em Basileia, transformando o relvado num “lago”, quase impossibilitando a prática do futebol -, foi a Suíça a inaugurar o marcador, com um golo de Hakan Yakin, conseguindo recuperar uma bola que ficara presa numa poça de água, na sequência do cruzamento; isto já depois de uma incrível perdida da Turquia, com Diego Benaglia a salvar in extremis, com a bola a embater ainda no poste.
Na segunda parte, os turcos – a quem a derrota comprometeria de forma significativa as aspirações de apuramento – partiram em busca do golo do empate, o que alcançariam ainda antes do quarto de hora.
Na meia-hora final, ambas as equipas hesitaram entre procurar a vitória ou manter a igualdade; apesar de ter sido a Suíça a estar mais perto do golo… acabaria por vir a sofrer o tento que a afasta definitivamente da hipótese de atingir os 1/4 Final já no período de compensação.
Diego Benaglio, Stephan Lichtsteiner, Patrick Müller, Philippe Senderos, Ludovic Magnin, Valon Behrami, Gökhan Inler, Gelson Fernandes (76m – Ricardo Cabanas), Tranquillo Barnetta (66m – Johan Vonlanthen), Hakan Yakin (85m – Daniel Gygax) e Eren Derdiyok
Volkan Demirel, Hamit Altıntop, Emre Aşık, Servet Çetin, Hakan Balta, Gökdeniz Karadeniz (45m – Semih Şentürk), Mehmet Aurélio, Arda Turan, Tümer Metin (Mehmet Topal), Nihat Kahveci (85m – Kazım Kazım) e Tuncay Sanlı
1-0 – Hakan Yakin – 32m
1-1 – Semih Şentürk – 57m
1-2 – Arda Turan – 92m
“Melhor em campo” – Arda Turan
Amarelos – Eren Derdiyok (55m); Tuncay Sanlı (31m), Mehmet Aurélio (41m), Hakan Balta (48m)
Árbitro – Ľuboš Micheľ (Eslováquia)
Estádio St. Jakob-Park – Basileia (19h45)
EURO 2008 – Grupo A – 2ª jornada

3-1
Temos equipa!
Frente a uma das melhores selecções europeias, Portugal assumiu as despesas da partida, procurando sempre construir jogo, sendo premiado, logo aos 7 minutos, com o primeiro golo: uma iniciativa de Ronaldo, entrando na área, com o esférico a sobrar para Deco, numa jogada confusa, obrigando Čech a arrojar-se aos pés do médio português, que conseguiria afastar a bola do guarda-redes… assim como, com um remate enrolado, desviá-la do defesa checo que fazia a cobertura em cima da linha de baliza.
Os checos não se desconcentraram, continuando a jogar o seu futebol bem organizado, criando perigo aos 9, 15 e 16 minutos, acabando por chegar ao empate estavam decorridos apenas 17 minutos, precisamente na sequência de uma bola parada: um canto, em que Sionko, o jogador mais atrasado na linha ofensiva checa, foi o primeiro a chegar à bola, cabeceando para o fundo da baliza portuguesa.
Até final da primeira parte, o jogo foi repartido entre os dois meios-campos, eventualmente com a equipa checa a denotar, nesta fase, uma maior consistência. Portugal construiu algumas boas jogadas de ataque: aos 23 minutos, um excelente remate cruzado de Deco, de meia distância, a sair ligeiramente acima da trave; no minuto seguinte, novo remate de Ronaldo, de fora da área, com defesa segura de Čech; com a cena a repetir-se ao minuto 42, desta feita da zona central, com o guarda-redes checo a corresponder de forma soberana.
Por seu lado, a R. Checa criou dificuldades à equipa nacional, aos 29 e 36 minutos, respectivamente por intermédio de Plasil e Baros. No reinício, logo aos 48 minutos, Sionko centrou, com a bola a cruzar toda a zona da pequena área, sem que ninguém aparecesse a desviar. E, a “papel químico”, aos 63 minutos, com Plasil a surgir novamente a cruzar, com a bola a percorrer toda a zona de pequena área portuguesa.
Entretanto, talvez na melhor fase da equipa checa, aos 63 minutos Portugal colocava-se na “mó de cima”, com um golaço: o trabalho foi de João Moutinho, no lado direito, a assistir Ronaldo, que, vindo de trás, de primeira, rematou cruzado para o poste mais distante; Čech bem se esticou, procurando aproveitar o seu 1,97m de altura… mas não conseguiria chegar à bola.
Aos 66 e 70 minutos, aproveitando alguma insegurança denotada por Ricardo, a R. Checa ainda criaria novas situações de perigo. A partir daí, a equipa portuguesa, de forma inteligente, procurou garantir o controlo da partida, fazendo acalmar a intensa pressão da equipa checa, aproveitando também as paragens decorrentes das 6 substituições efectuadas entre os 68 e os 85 minutos para quebrar o ritmo de jogo. A última oportunidade dos checos surgira entretanto aos 83 minutos, com Ricardo a redimir-se, com uma excelente estirada, salvando a cabeçada para golo de Sionko.
Até que, tal como acontecera no primeiro jogo, frente à Turquia, já com 91 minutos, aproveitando o balanceamento ofensivo do adversário, num rapidíssimo contra-ataque, Ronaldo isolou-se… podia ter marcado, mas preferiu assistir “de bandeja” para Quaresma, que só teve de empurrar para o golo.
Em síntese, mais uma muito boa exibição de Portugal, com algumas excelentes iniciativas individuais, marcando nos momentos certos, não obstante ter passado por alguns momentos de apuro, dada a categoria do adversário.
Para já, a equipa portuguesa está praticamente apurada para os 1/4 Final; só um cataclismo afastaria a selecção nacional, com 2 vitórias em 2 jogos e 4 golos de vantagem em termos de diferença de golos. Se conseguir prosseguir numa evolução em crescendo, afinando rotinas e reforçando o jogo colectivo em detrimento do individual, Portugal poderá atingir um excelente desempenho neste Europeu…
A classificação actualizada, aqui.
Ricardo, Bosingwa, Ricardo Carvalho, Pepe, Paulo Ferreira, Petit, João Moutinho (74m – Fernando Meira), Deco, Cristiano Ronaldo, Simão (80m – Quaresma) e Nuno Gomes (79m – Hugo Almeida)
Petr Čech, Zdeněk Grygera, Tomáš Ujfaluši, David Rozehnal, Marek Jankulovski, Tomáš Galásek (73m – Jan Koller), Marek Matějovský (68m – Stanislav Vlček), Libor Sionko, Jan Polák, Jaroslav Plašil (85m – David Jarolím) e Milan Baroš
1-0 – Deco – 8m
1-1 – Sionko – 17m
2-1 – Cristiano Ronaldo – 63m
3-1 – Quaresma – 91m
“Melhor em campo” – Cristiano Ronaldo
Amarelos – Bosingwa (31m); Polák (22m)
Árbitro – Kyros Vassaras (Grécia)
Stade de Genève – Genève (17h00)
Portugal – R. Checa – Minuto a minuto
Para acompanhar aqui.
Future of Journalism: live blogging and twittering
É o título de artigo ontem publicado no blogue “PDA“, do jornal britânico Guardian – que tem vindo a publicar uma série de artigos tendo por tema “O Futuro do Jornalismo“.
Este artigo destaca a utilização de blogues para acompanhamento de eventos “em directo”, minuto a minuto, por exemplo, no actualmente em curso Campeonato da Europa de Futebol. Também o Twitter é apontado como ferramenta de micro-publicação em “tempo real”, facilitando a interacção com os leitores, ao mesmo tempo que os direcciona para artigos de maior desenvolvimento.
(via Jornalismo & Internet)