Archive for 21 Junho, 2008

EURO 2008 – 1/4 Final – Rússia – Holanda

HolandaRússia1-3

Depois da exuberante primeira fase, uma irreconhecível Holanda foi esta noite amplamente dominada por uma bem organizada equipa da Rússia, em crescendo exibicional neste EURO 2008.

Beneficiando das várias oportunidades desperdiçadas pelos jogadores russos, a Holanda conseguiria ainda forçar o prolongamento. Mas, nos 30 minutos suplementares, foi avassaladora a supremacia russa, com dois golos marcados e mais uns quantos… que ficaram por marcar.

Depois de Portugal e Croácia, a Holanda é – até ao momento, com 3 jogos dos 1/4 Final já realizados – a terceira selecção vencedora de Grupo a ser eliminada por uma equipa que concluira a fase de Grupos em 2º lugar.

Holanda Edwin van der Sar, Khalid Boulahrouz (54m – John Heitinga), André Ooijer, Joris Mathijsen, Giovanni van Bronckhorst, Nigel de Jong, Orlando Engelaar (62m – Ibrahim Afellay), Dirk Kuyt (45m – Robin van Persie), Rafael van der Vaart, Wesley Sneijder e Ruud van Nistelrooy

Rússia Igor Akinfeev, Aleksandr Anyukov, Sergei Ignashevich, Denis Kolodin, Yuri Zhirkov, Sergei Semak, Konstantin Zyrianov, Igor Semshov (69m – Diniyar Bilyaletdinov), Ivan Saenko (81m – Dmitri Torbinskiy), Andrei Arshavin e Roman Pavlyuchenko (115m – Dmitri Sychev)

0-1 – Roman Pavlyuchenko – 56m
1-1 – Ruud van Nistelrooy – 86m
1-2 – Dmitri Torbinskiy – 112m
1-3 – Andrei Arshavin – 116m

“Melhor em campo” – Andrei Arshavin

Amarelos – Khalid Boulahrouz (50m), Robin van Persie (55m), Rafael van der Vaart (60m); Denis Kolodin (71m), Yuri Zhirkov (103m), Dmitri Torbinskiy (111m)

Árbitro – Luboš Michĕl (Eslováquia)

Estádio St. Jakob-Park – Basileia (19h45)

21 Junho, 2008 at 10:10 pm 1 comentário

Memória (IV)

Sempre que os homens sentiram a necessidade de conservar os instantes que a história comporta, a escrita se fez lei. Em todos os tempos, o homem que soube escrever foi rei *

Há mais de dois milhões de anos que a humanidade começou a comunicar por via da articulação de sons.

Não obstante o homem exprimir o seu pensamento e procurar comunicar através de meios gráficos há cerca de 20 000 anos (desde a arte rupestre, com inscrições e pinturas cavernas, a partir do Paleolítico superior), apenas cerca de 30 a 40 séculos a.C. seria criado o primeiro código de escrita, inventado pelos Sumérios, permitindo dar os primeiros passos na fixação da linguagem oral de uma forma perene, ao mesmo tempo que vinha permitir a comunicação através do tempo e do espaço.

Desde as origens da escrita – cuja difusão, com início nas civilizações da Mesopotâmia, Egipto, China antiga e América pré-colombina, está primordialmente associada à evolução da memória –, foram utilizados diversos suportes, como placas de argila, pedra e madeira, rolos de papiro, pergaminho, antes do papel, que só chegaria à Europa cerca de 1150 e apenas a partir do século XV adquiriria a primazia.

Cerca de meados do quarto milénio a.C., os Sumérios, ocupando a Mesopotâmia – geralmente considerada a civilização mais antiga da humanidade, constituindo-se, durante cerca de 1500 anos, no grupo cultural dominante no Médio Oriente – introduziram a escrita cuneiforme (caracteres em forma de “cunha”, inscritos em tábuas de argila por via de estiletes, inicialmente com um sistema pictográfico, em que imagens ou objectos expressavam ideias), o que estaria associado a uma produção literária bastante evoluída, a par de um desenvolvido sistema jurídico, culminando no Código de Hamurabi, o mais remoto de que há conhecimento (cerca de 1800 a.C.).

Juntamente com a escrita cuneiforme, a escrita hieroglífica egípcia tornar-se-ia num dos mais importantes contributos para o desenvolvimento dos sistemas de escrita, na transição para o uso de sinais de escrita com valor fonético, surgindo a escrita semítica como o protótipo da escrita alfabética (formada por 22 símbolos).

O alfabeto fenício, adoptado pelos gregos cerca de 900 a.C., sendo objecto de adaptação até ao século IV a.C. (originando o alfabeto jónico, com 24 letras), tornar-se-ia na origem directa de todas as escritas alfabéticas ocidentais.

O alfabeto latino, derivado do grego, compreendia inicialmente apenas 16 letras, só posteriormente tendo sido introduzidas as letras g, h, j, k, q, v, x e y. O latim, difundido no mundo ocidental pelos romanos, originaria diversas línguas românicas, que começaram a ser traduzidas de forma escrita a partir do século IX d.C. No caso do português, apenas seria observável sob a forma escrita a partir da segunda metade do século XII.

(Para saber mais, pode consultar o texto de base bibliográfica a este artigo: “A Informação escrita: do manuscrito ao texto virtual“, Rita de C. R. de Queiroz)

* Georges Jean, “La escritura: memoria de la humanidad”, tradução Enrique Sánchez Hormigo, Ediciones B, S. A., Barcelona, 1998

21 Junho, 2008 at 8:00 pm Deixe um comentário


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