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EURO 2008 – Final – Alemanha – Espanha

0-1
A Espanha sagra-se Campeã da Europa, o segundo título do seu historial, 44 anos após o primeiro triunfo!
Depois de uma entrada em campo algo receosa, concedendo algumas liberdades iniciais à equipa alemã – com jogadas a provocar algum frisson logo aos 4 e 5 minutos, ambas na extrema esquerda -, a selecção espanhola, assentando, dominando a zona central do terreno, tomaria conta do jogo a partir do primeiro quarto de hora.
Já depois de Metzelder quase provocar uma situação de auto-golo – na primeira avançada da Espanha -, Fernando Torres daria um “sinal de aviso” aos 22 minutos, rematando de cabeça, ao poste da baliza de Lehmann; o mesmo Torres marcaria o golo decisivo desta Final, iam decorridos 33 minutos: uma excelente desmarcação, em força e em velocidade, arrancando de trás e ultrapassando o último defesa alemão (Lahm), para, à saída do guarda-redes, fazer com que a bola lhe passasse por cima.
E, menos de dois minutos volvidos, a Espanha desperdiçaria mesmo uma ocasião soberana para ampliar o marcador, com Iniesta completamente liberto no lado direito da área, a não conseguir dominar a bola, tocando mal, bastante por cima da baliza.
No reinício da partida, a toada de jogo surgiria mais equilibrada. Até que, à passagem da hora de jogo, a Espanha, parecendo atravessar um período de alguma desconcentração, permitiria aos alemães três jogadas sucessivas de perigo, a que os espanhóis responderiam “à letra” quase de imediato, também com outras três oportunidades de golo, entre os 64 e 67 minutos.
A partir daí, o ritmo de jogo decairia notoriamente, quer por via das substituições, quer pelo facto de a Espanha ter imposto uma toada de maior contenção a meio-campo, não obstante não descurar nunca a possibilidade de rápidos contra-ataques, com uma flagrante oportunidade de golo não aproveitada por Marcos Senna aos 81 minutos.
Uma final muito competitiva, sem recurso a grandes primores de execução técnica, com as duas equipas a adoptarem uma postura bastante realista, reconhecendo o valor do adversário, mas em que a Espanha surge como justa vencedora, quer no jogo de hoje, quer justificando também o título de Campeã Europeia, tendo mostrado, durante toda a competição, formar a melhor equipa – tal como aqui apostara, no primeiro dia deste EURO -, jogando em colectivo, com um bloco (meio-campo e defesa) praticamente inexpugnável e com óptimas soluções ofensivas, tendo deixado pelo caminho os Campeões da Europa e do Mundo em título (Grécia e Itália), assim como Suécia, Rússia e a Alemanha.
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Jens Lehmann, Arne Friedrich, Per Mertesacker, Christoph Metzelder, Philipp Lahm (45m – Marcell Jansen), Bastian Schweinsteiger, Torsten Frings, Thomas Hitzlsperger (58m – Kevin Kuranyi), Michael Ballack, Lukas Podolski e Miroslav Klose (79m – Mario Gómez)
Iker Casillas, Sergio Ramos, Carlos Marchena, Carles Puyol, Joan Capdevila, Andrés Iniesta, Xavi Hernández, Marcos Senna, Cesc Fábregas (63m – Xabi Alonso), David Silva (66m – Santi Cazorla) e Fernando Torres (78m – Daniel Güiza)
0-1 – Fernando Torres – 33m
“Melhor em campo” – Fernando Torres
Amarelos – Iker Casillas (43m), Fernando Torres (74m); Michael Ballack (43m), Kevin Kuranyi (88m)
Árbitro – Roberto Rosetti (Itália)
Estádio Ernst Happel – Viena (19h45)