Archive for 7 Junho, 2008
Hiilary Clinton apoia Barack Obama
Está finalmente encerrado o processo de nomeação do candidato Democrata às eleições presidenciais nos EUA.
Hillary Clinton declarou hoje o seu apoio a Barack Obama, colocando termo à sua campanha, e apelando à unidade do Partido em torno do candidato.
EURO 2008 – Grupo A – 1ª jornada

2-0
E, tenho já de começar a retractar-me, e ainda bem! A abrir, uma excelente vitória de Portugal!
Numa partida jogada a ritmo intenso, sempre a alta velocidade, Portugal assumiu desde início a condição de favorito, procurando de forma constante o golo, quase sufocando a equipa turca, de que é melhor exemplo a sucessão de quatro cantos consecutivos, por volta dos 40 minutos.
Algo ansiosa, por vezes precipitada, sem conseguir manter a calma necessária para construir jogadas estruturadas, a equipa portuguesa conseguiria, não obstante, criar várias situações de perigo, com a bola a embater por três vezes nos ferros da baliza do guarda-redes turco: primeiro, aos 37 minutos, com um fantástico remate cruzado de Cristiano Ronaldo, com Demirel a tocar ainda na bola, desviando-a para o poste esquerdo da baliza; de seguida, aos 50 minutos, já depois de Simão ter sido carregado em falta à entrada da área – com o árbitro a dar a lei da vantagem -, a bola sobrou para Nuno Gomes, que rematou ao poste; e, finalmente, o mesmo Nuno Gomes a cabecear à barra, iam decorridos 65 minutos.
Já depois de ter visto uma jogada de golo não validada pelo árbitro (aos 17 minutos), Pepe conseguiria mesmo marcar, a cerca de meia-hora do fim do encontro. Uma excelente combinação, tabelando com Nuno Gomes, isolando-se na área turca e, frente a Demirel, não obstante ser ainda “abalroado” por um defesa turco, com muita calma, a conseguir desviar a bola do alcance do guarda-redes.
Mesmo a perder, a Turquia – sempre muito passiva, como que incapaz de reagir ao turbilhão em que a equipa portuguesa a envolvera – manteve a toada de expectativa e de risco mínimo, apenas lançando esporádicos contra-ataques. Apenas aos 73 minutos, Ricardo, sempre bastante seguro, teria uma intervenção mais apertada, para, aos 81 minutos, num outro ataque perigoso, a bola sair ligeiramente ao lado da baliza portuguesa.
A finalizar o jogo – e já depois de Scolari ter dado, por via das 3 substituições efectuadas, claros sinais de que o fundamental era preservar a vitória – Portugal, na sequência de uma excelente iniciativa de Cristiano Ronaldo (um contra-ataque rapidíssimo, abrindo para João Moutinho, desmarcado no centro da área, o qual, não conseguindo visar a baliza, teria ainda tempo de assistir Raul Meireles, que, liberto à direita, empurrou para o fundo da baliza), conseguiria assim alcançar finalmente o golo da tranquilidade… que lhe conferiu uma vitória plenamente justa, a par da liderança do Grupo. Pode consultar a classificação aqui.
Ricardo, Bosingwa, Ricardo Carvalho, Pepe, Paulo Ferreira, Petit, João Moutinho, Deco (92m – Fernando Meira), Cristiano Ronaldo, Simão (82m – Raul Meireles) e Nuno Gomes (68m – Nani)
Volkan Demirel, Hamit Altıntop (75m – Semih Şentürk), Servet Çetin, Hakan Balta, Gökhan Zan (55m – Emre Aşık), Kazım Kazım, Emre Belözoglu, Mehmet Aurélio, Mevlüt Erdinç (45m – Sabri Sarıoğlu), Tuncay Sanlı e Nihat Kahveci
1-0 – Pepe – 61m
2-0 – Raul Meireles – 93m
“Melhor em campo” – Pepe
Amarelos – Kazım Kazım (4m), Gökhan Zan (51m), Sabri Sarıoğlu (72m)
Árbitro – Herbert Fandel (Alemanha)
Stade de Genève – Genève (19h45)
Portugal-Turquia – Minuto a minuto
Para acompanhar aqui.
EURO 2008 – Grupo A – 1ª jornada

0-1
Na partida inaugural do EURO 2008, repetiu-se o arranque da precedente edição da prova, com a equipa da casa (Suíça) a ser derrotada, perdendo frente à R. Checa por 0-1.
Assumindo a condição de favorita (única equipa que, em 2004, venceu todos os jogos da Fase Grupos), a R. Checa começou por controlar o jogo, mas rapidamente a Suíça conseguiria restabelecer o equilíbrio.
Beneficiando da sua frieza e eficácia, a R. Checa tiraria partido de alguns infortúnios da equipa suíça, que perderia Alexander Frei no final da primeira parte, devido a lesão aparentemente grave, vendo ainda Vonlanthen rematar à trave, já na recarga a um primeiro remate com muito perigo, culminando com a reclamação de uma grande penalidade, ao minuto 94, não sancionada pelo árbitro (com um jogador checo a desviar a trajectória da bola com o braço). Ao invés, a selecção dirigida por Karel Brückner aproveitaria a única grande oportunidade de golo, convertida por Svěrkoš , que entrara a substituir Koller.
Num jogo bastante táctico, em que ambas as equipas revelaram algum respeito mútuo, um resultado com o seu quê de penalizador para a Suíça, pela superioridade consentida pela R. Checa, que, não obstante, prossegue a sua senda de vitórias.
Diego Benaglio, Stephan Lichtsteiner (75m – Johan Vonlanthen), Patrick Müller, Philippe Senderos, Ludovic Magnin, Valon Behrami (84m – Eren Derdiyok), Gökhan Inler, Gelson Fernandes, Tranquillo Barnetta, Alexander Frei (45m – Hakan Yakin) e Marco Streller
Petr Čech, Zdeněk Grygera, Tomáš Ujfaluši, David Rozehnal, Marek Jankulovski, Tomáš Galásek, Libor Sionko (83m – Stanislav Vlček), David Jarolím (87m – Radoslav Kováč), Jan Polák, Jaroslav Plašil e Jan Koller (55m – Václav Svěrkoš)
0-1 – Svěrkoš – 70m
“Melhor em campo” – Ujfaluši
Amarelos – Magnin (58m), Vonlanthen (75m) e Barnetta (94m)
Árbitro – Roberto Rosetti (Itália)
Estádio St. Jakob-Park – Basileia (17h00)
EURO 2008 – Pontapé de saída
Depois do que aconteceu no EURO 2004, com o absolutamente inesperado triunfo da Grécia, a atitude mais prudente seria mesmo a de revelar os “prognósticos só no fim”.
Mas, assumindo um pouco o risco, à partida para a principal competição europeia de futebol – e quando estamos a cerca de meia hora do seu início – há um lote de selecções que reunem algum favoritismo: as tradicionais Itália, França, Espanha, Holanda e Alemanha (não obstante não ter vencido nenhum dos 6 jogos que disputou desde que, em 1996, se sagrou Campeã da Europa), a que aqui junto também a R. Checa. Se tivesse de apostar apenas numa, a minha opção (enquanto equipa favorita) recairia na Espanha.
Quanto a Portugal, em condições normais – e não obstanta a reconhecida classe de alguns dos seus jogadores, com Cristiano Ronaldo ostentando, a priori, o estatuto de estrela maior desta prova (como gostaria de a ver confirmada!…) – não deverá “entrar nestas contas”.
Nas quatro presenças anteriores em Fases Finais do Campeonato da Europa de Futebol (1984, 1996, 2000 e 2004), a equipa portuguesa sempre conseguiu ultrapassar a fase de grupos, tendo inclusivamente, nas 3 últimas edições, vencido o seu Grupo de apuramento (sendo aliás a única selecção que alcançou esta proeza). O historial de Portugal é muito bom, registando um 2º lugar, 2 terceiros e um 5º, com a particularidade de ter atingido os 1/4 Final em 1996, as 1/2 Finais em 2000 e a Final em 2004.
Infelizmente, receio que esta sucessiva tendência ascensional não tenha continuidade este ano. Mais, atrevo-me a antecipar que Portugal poderá inclusivamente não vencer nenhum dos jogos da presente edição… Oxalá tenha de vir a “retratar-me”!
Desde logo, porque – em minha opinião, contrariamente ao que se poderá comummente supor – a equipa portuguesa está integrada num Grupo difícil: uma das mais fortes candidatas ao título, a R. Checa, uma equipa fogosa como a da Turquia, e a Suíça, um dos países organizadores, com o que de dificuldade acrescida tal poderá implicar no último jogo da fase de qualificação.
Depois, porque Portugal – com uma sofrível campanha na fase de apuramento, praticamente sempre em “serviços mínimos” – se apresenta com uma equipa desequilibrada, com notórias insuficiências. Ao exacerbado protagonismo e mediatismo de Cristiano Ronaldo (com inevitáveis repercussões a nível da necessária concentração) contrapõe-se a ausência de um efectivo “ponta-de-lança”; o excesso de extremos é acompanhado por uma linha média com jogadores demasiado fatigados ou fora de forma (João Moutinho ou Petit, por exemplo), ou com falta de ritmo competitivo (como é o caso de Deco).
São muitas as incógnitas no início deste EURO. Conseguirá Cristiano Ronaldo – no termo de uma tão magnífica como extenuante época – estar ao seu nível? Terá Deco adquirido entretanto o ritmo necessário para que possa assumir em plenitude o seu papel de pautar o jogo de Portugal? Poderá João Moutinho resistir ao cansaço e afirmar-se como vector determinante do meio-campo? Estará Bosingwa na forma que apresentou durante o ano, como elemento municiador de ataque, provocando desequilíbrios?
Com o incansável apoio dos emigrantes portugueses – num primeiro jogo que considero decisivo, em que a vitória será imprescindível -, têm a palavra os “Viriatos”!
Para acompanhar, “ao minuto”, via Twitter.