INDEPENDÊNCIAS SUL-AMERICANAS (II)
Os factos que provocaram a emancipação política da América Latina constituem parte de um processo histórico que decorre entre 1808 e 1824, iniciado nas Índias como resposta ao movimento Juntista – desenvolvido em Espanha para defender os direitos de Fernando VII, prisioneiro de Napoleão -, tendo na sua fase inicial um carácter autonomista e federalista, o qual acabaria por derivar até à rebelião independentista, vindo a consumar-se com as Guerras da Independência (com um carácter de guerras civis), quase em simultâneo em toda a América.
A emancipação política teria origem em dois tipos de causas:
(i) internas (deficiente administração, o regime comercial de monopólio e proteccionismo económico, a segregação de mestiços e crioulos, o absolutismo e a tirania das autoridades) e
(ii) externas (a influência dos políticos europeus sobre os crioulos, a influência da Revolução Francesa e dos seus ideais de liberdade e igualdade, a difusão das ideias iluministas francesas e do liberalismo inglês, o exemplo da Independência dos Estados Unidos, o papel desempenhado pelas sociedades secretas e a participação activa dos jesuítas expulsos) – situações potenciadas pela invasão de Espanha por Napoleão e a reacção provocada na América pelo absolutismo de Fernando VII após o seu regresso ao trono em 1814.
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