2005 – "REVOLUÇÃO NO CINEMA"
O ano de 2005 marcará uma “revolução silenciosa” no mundo do cinema: a passagem do tradicional formato da delicada e perecível película de 35 mm para o digital.
Embora a conversão de uma sala de cinema para a projecção de filmes digitais orce num montante aproximado a 100 000 dólares, estima-se que se passe, até final do ano, das actuais 300 salas para um total de cerca de 2 000 salas, em todo o mundo.
George Lucas tem sido um dos grandes impulsionadores desta revolução, tendo apresentado, em 2002, o primeiro filme inteiramente filmado no formato digital: “A Guerra das Estrelas – Episódio II”; também o “Episódio III” (o último (!?) da saga), uma das novidades de 2005 repetirá o modelo. Já em 2004, Shrek 2, fora também inteiramente produzido no formato digital.
Para além das questões técnicas (o “imediatismo” do seu aproveitamento para o formato DVD, jogos vídeo e, futuramente, para os próprios telemóveis ou PDA’s), e apesar dos elevados custos da reconversão de salas (e, por outro lado, da enorme ameaça que constituirão as “cópias-pirata” absolutamente fiéis ao original), há um argumento que deverá desempenhar um papel fundamental: a substancial economia de custos de produção acabará por fazer impor este novo sistema, para tristeza dos cinéfilos mais clássicos, com a perda do romantismo associado à velha película.
[1970]
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