MEMÓRIA DE 2004 (III)
As “coisas boas” de 2004 acabariam por girar sobretudo à volta do desporto, tendo como núcleo central o EURO 2004, a par de outras grandes manifestações desportivas mundiais, os Jogos Olímpicos e Jogos Paralímpicos, em Atenas.
12.06.04 – 04.07.04 – O período do EURO 2004 proporcionou o “renascer” do orgulho nacional, com uma verdadeira mobilização e mesmo euforia nacional, com milhares e milhares de bandeiras de Portugal desfraldadas ao vento, das maiores cidades aos recantos mais recônditos do país. No aspecto desportivo, Portugal alcançou o maior feito de sempre em termos colectivos, sagrando-se vice-campeão da Europa. Mas também a organização da prova seria elogiada internacionalmente, considerando-se o melhor Campeonato da Europa de sempre.
26.05.04 e 12.12.04 – O F. C. Porto volta ao topo do mundo: campeão nacional, sagrar-se-ia, em Maio, em Gelsenkirchen, Bi-Campeão Europeu, batendo claramente o Monaco por 3-0, no termo de uma campanha quase perfeita de rigor, organização e competitividade. Já no final do ano, em Dezembro, conquistaria, também pela segunda vez, a Taça Intercontinental, frente ao campeão da América do Sul, o Once Caldas, da Colômbia.
13 a 29.08.04 – A delegação portuguesa aos Jogos Olímpicos de Atenas alcançaria a melhor prestação de sempre, traduzida, não só nas 2 medalhas de prata alcançadas por Francis Obikwelu e Sérgio Paulinho e na medalha de bronze de Rui Silva, mas também no número de posições entre os 8 primeiros classificados.
17 a 28.09.04 – Nos Jogos Paralímpicos, os atletas portugueses, verdadeiros heróis no desporto e na vida, conquistariam um total de 12 medalhas: 2 de ouro, 5 de prata e 5 de bronze.
Râguebi – Portugal sagrar-se-ia, num feito inédito, campeão do Torneio Europeu das Nações, com 9 vitórias em 10 jogos, assumindo assim a 7ª posição no ranking europeu, imediatamente após os participantes no “mítico” torneio das 6 nações (Inglaterra, França, Irlanda, P. Gales, Escócia e Itália).
19.11.04 – Com a aprovação do Parlamento Europeu, Durão Barroso assumia funções como Presidente da Comissão Europeia, sucedendo a Romano Prodi, tornando-se no 11º Presidente da história da instituição.
01.05.04 – A União Europeia concretizava o maior alargamento da sua história, passando de 15 a 25 países membros, com a extensão a leste, do Báltico ao Mediterrâneo: Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Chipre e Malta. Passa a abranger um universo de 380 milhões “cidadãos europeus”. A 29 de Novembro, a União Europeia dava mais um importante passo, com a assinatura, em Roma, do Tratado da Constituição Europeia (que unifica e substitui um conjunto de tratados aprovados desde o início do processo de integração europeia, nos anos 50 do século passado), o qual carece ainda de ratificação pelos 25 Estados-membros.
[1958]
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