MOZART (IV)
Permanentemente insatisfeito e em busca de si próprio, Mozart aderiu à maçonaria, entrando como aprendiz em 1784, ascendendo a mestre no ano seguinte.
Entretanto a sua popularidade sofria uma quebra; a ópera As Bodas de Fígaro, estreada em 1786, foi um fracasso financeiro, começando Mozart a experimentar dificuldades financeiras.
Refugiou-se temporariamente em Praga, onde a ópera foi entusiasticamente acolhida, levando à encomenda de outra ópera: Don Giovanni, a qual viria a ter aí grande sucesso, embora, não fosse bem aceite em Viena.
As encomendas reduziam-se e as dívidas de Mozart acumulavam-se, ao mesmo tempo que a fama se esfumava.
Em 1791, recebeu, de um amigo maçon, a encomenda de uma ópera, dirigida ao povo; a história, por meio de um conto de fadas, fazia a apologia da maçonaria e dos seus valores (a busca de si mesmo, a sabedoria e a fraternidade): A Flauta Mágica, a maior obra-prima de Mozart, que viria a resultar num êxito contínuo.
Voltou a ter encomendas, uma delas de um Requiem, por um “homem misterioso”, cuja presença teria aterrorizado Mozart (no filme Amadeus, esse homem é personificado no seu compositor rival: António Salieri, que se julgou ter sido responsável pelo envenenamento de Mozart, embora tal não esteja demonstrado).
Mozart, já bastante doente, ia escrevendo o Requiem nos “tempos livres”, dando mais importância a outras obras. A 5 de Dezembro de 1791, ainda antes de completar 36 anos, morria um dos maiores génios da música de todos os tempos.
[1874]