.Ficou petrificado a olhar, bebendo pequenos goles daquele café quente, sem nada dizer e sem nada encontrar para dizer. Em Bombaim, tinha estudado atentamente a posição das ilhas de S. Tomé e Príncipe no mapa, tinha lido a descrição do arquipélago na última edição da Geographic Universal Encyclopedia, tinha lido tudo, e era quase nada, o que encontrara sobre as ilhas nos relatórios do Departamento da Marinha e do Foreign Office. Ficara a saber o essencial e não esperava nada de diferente. Mas, apesar disso e à medida que o HMS Durban se ia aproximando de terra e que a desesperada pequenez e solidão daquela terra se revelava sem contemplações, David Jameson não conseguia impedir-se de sentir um profundo e angustiado sentimento de derrota. No fundo de si mesmo, e ainda que sem motivos para tal, havia uma pequena luz de esperança que o mantivera de ânimo razoável naqueles longos 20 dias de travessia, com escalas em Zanzibar, na Beira, em Lourenço Marques e na Cidade do Cabo: a esperança de que as coisas não fossem tão más como se anunciavam, que a vista da ilha fosse ao menos uma imagem exuberante de vida, de trópicos, de estação aceitável para um tempo de regeneração. Mas, não: S. Tomé . a ilha e a cidade, que agora entrevia mais nitidamente . apareciam aos seus olhos sem nenhum subterfúgio nem nenhuma possibilidade de ilusões. Era um local de degredo. Um degredo, é certo, com o título honorífico de cônsul de sua Majestade Britânica, uma casa, que esperava decente, à sua espera na cidade, e as mordomias inerentes ao seu cargo. Mas isso, que para alguém em início de carreira poderia parecer até uma simples situação de passagem, um posto de trabalho num local exótico e paradisíaco, para ele, que tivera o Raj a seus pés, era um golpe humilhante e sem disfarce possível.
Sentiu uma presença ao seu lado direito: Ann tinha chegado em silêncio e viera encostar-se à amurada, olhando também terra, sem nada dizer e sem qualquer expressão no olhar.
Ela virou-se e encarou-o de frente. Cegou-o o verde dos olhos dela, teve vontade de chorar, de rojar-se a seus pés, de lhe pedir perdão pela centésima vez, de lhe pedir que partisse, de lhe suplicar que ficasse. Mas, antes que conseguisse dizer alguma coisa, ela agarrou-lhe na mão e disse-lhe tão baixinho que ele quase teve medo de não ter ouvido bem:
. Não te deixarei, David. Prometi-te que não te deixaria nunca..
Sou “suspeito” para falar sobre a campanha de promoção ao EURO2004, actualmente em curso: o filme promocional agora exibido nas televisões (embora inspirado no anúncio de uma marca desportiva) . o qual me parece retomar uma ideia feliz . tem por cenário, em particular, uma praça histórica de Tomar, à qual, pessoalmente, me ligam fortes laços.
De facto, acho importante divulgar que o EURO2004 .Vai jogar-se para além dos Estádios. e que .É preciso aproveitar a oportunidade para dar o nosso melhor..
Esta é, efectivamente, a questão fundamental para Portugal, muito mais do que o desempenho desportivo que a nossa Selecção possa atingir (que poderá, não obstante, se as .coisas correrem bem., constituir um óptimo lenitivo para moralizar os portugueses, elevando a sua auto-estima), o que ficará a prazo será a demonstração da capacidade de bem-fazer dos portugueses a nível organizacional: é esse o nosso grande desafio!
Voltando à campanha, mais do que atrair adeptos (os bilhetes estão praticamente esgotados.), o que importa é divulgar uma imagem de modernidade do país, que terá depois de ser confirmada, na prática, por todos nós, em particular pelas entidades que mais directamente se relacionarem com os muitos milhares de turistas que nos visitarão nos meses de Junho e seguintes (Aeroportos, Hotéis, Restaurantes, Transportes).
E é aí, precisamente, que a campanha (este filme publicitário em concreto . dirigido a nós, portugueses) me parece ter algum .excesso de ruído., que não facilitará a captação da sua mensagem essencial.
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