ÁFRICA – DESAFIOS PARA O SÉCULO XXI (II)
A comunidade internacional, em particular os países (“ricos”) do hemisfério Norte têm uma obrigação urgente, de forma a evitar que se repitam situações como as do genocídio no Ruanda em 1994.
Mas o desenvolvimento de África é uma tarefa de longo prazo, que pressupõe, por um lado, uma muito maior abertura dos mercados dos países industrializados à produção de origem africana, essencialmente agrícola (actualmente, condicionados pelas medidas proteccionistas europeias e americanas); por outro lado, o investimento na escolaridade deverá ser uma prioridade máxima (constituindo a Tunísia um exemplo a seguir).
E, se nos recordarmos que, no início da década de 60, a situação da Ásia Oriental (para além do Japão) era similar à africana, o êxito daqueles países será um sinal de que não é impossível que a África entre na rota do desenvolvimento.
A finalizar, para além das responsabilidades dos países “desenvolvidos” em termos de apoio a conceder, os povos africanos têm também um papel essencial a cumprir, em particular pela adopção de práticas de “boa governação”; já hoje, países como o Senegal ou o Botswana provam que o desenvolvimento e a segurança são possíveis na África sub-sahariana.
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