A propósito do entusiasmo, volto ao texto de Pacheco Pereira no Abrupto, com o título supra:
“Ter um blogue, já o disse, era uma coisa que eu queria ter no meu liceu. A expressão “no meu liceu” mostra já como é história antiga e o Liceu foi o Alexandre Herculano no Porto. No meu liceu havia um jornal, que formalmente pertencia à Mocidade Portuguesa (não podia haver quaisquer publicações que não fossem da Mocidade) e que tinha pretensões literárias, o Prelúdio. Régio tinha escrito um elogio do jornal e um dos seus directores antes de mim fora o Manuel Alberto Valente que agora também tem um blogue.
…
Era por estas e por outras que eu gostava de ter tido um blogue, preparei-me toda a vida para ter um blogue, mesmo quando eles não existiam e trago essa ancestral vontade intacta, sem um desvio de um milímetro. Por isso vão saber o que significa persistência, teimosia, purpose. Quem quer lê, quem não quer não lê. É a beleza da coisa.”
“Na verdade, o impulso diário de ir ler os meus blogues – de ver o que diz X; como reagiu Y; o que se passa com Z – é mais parecido com a semana que se seguiu ao 25 de Abril de 1974.
Eu estava em Évora e a minha principal actividade era fazer bicha nas poucas tabacarias da cidade, na ânsia de poder comprar um jornal de Lisboa ou do Porto que contasse o que estava a acontecer. Se acaso conseguisse aterrar as mãos planantes num rectângulo de papel impresso, levantava voo, como se aquelas folhas molhadas de tinta cheirosa fossem aeródromos.
Ao fazer o meu longo “check-in” diário junto dos vários blogues, é essa a sensação que tenho. E tudo cada vez mais à margem dos jornais com que passei a minha vida, com menos pressa de atravessar a rua para comprá-los.
A isto – e muito bem – chama-se uma revolução.
Obrigado.”
Subscrevo a 98 % no que respeita ao entusiasmo (no meu caso, o impulso de comprar o jornal mantém-se… a palavra impressa sempre exerceu um fascínio não mensurável; por outro lado, há que não perder a noção da realidade e reduzir as coisas à sua efectiva expressão: esta será apenas uma “mini-revolução”).
Para remediar a falha (mais uma absolutamente imperdoável) do José Mauro de Vasconcelos, não me resta outra solução senão apresentar alguns dos mais belos extractos de uma das obras-primas da literatura universal: “O Meu Pé de Laranja Lima” (de 1968, praticamente minha contemporânea…).
Nos próximos dias… Porque haverá muita gente que não teve o privilégio de conhecer esta terna história de amizade… A seguir aos livros do Paul Auster…
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RT @Vega9000: Por muito que estas eleições tenham sido mal planeadas, ou devessem ter sido adiadas, se estão em confinamento ou isolamento… 2 hours ago
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