Archive for Junho, 2003
O IRMÃO DO MEIO – PARTE II
As ideias surgem numa torrente que a velocidade de escrita não consegue acompanhar… vem isto a propósito ainda do disco do Sérgio Godinho.
É claro que seria imperdoável esquecer a referência a: Vitorino, Milton Nascimento, David Fonseca (também com uma música excepcional no seu próprio disco, recentemente editado), Tito Paris e Clã (ainda vão faltar alguns outros…).
Reforça-se portanto a ideia da imperiosa necessidade de comprar o disco; vale mesmo a pena !
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ANGOLA – UMA NOVA ESPERANÇA
A eleição de Isaías Samakuva – considerado um perfil de conciliador – como líder da UNITA proporciona uma nova esperança na definitiva passagem da força das armas ao poder da democracia, reforçada pela intenção declarada do cumprimento integral dos acordos de paz, favorecendo a reconciliação de todos os angolanos. Oxalá!
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REPÚBLICA TURCA DO NORTE DE CHIPRE (!?)
Eu bem sei que há, nos dias que correm, mil e uma preocupações em todo o mundo, mais importantes que esta RTNC…
Nós conhecemos o Chipre nos anos 70 (quando a selecção de Portugal se começou a cruzar com este simpático país nos campeonatos internacionais de futebol – era então uma das poucas selecções a quem tínhamos a certeza de ganhar sempre… e por alguns golos).
Ora, foi precisamente em 1974 (ano em que não aconteceram só coisas boas, como é óbvio) que aquela ilha do mediterrâneo foi dividida em duas partes, através de uma “barreira fronteiriça”: na parte sul da ilha, o regime era afecto à vizinha Grécia; na parte norte, foi então instaurada a República Turca do Norte de Chipre (cujo regime, obviamente, é afecto à vizinha Turquia – que foi, aliás, o único país a reconhecer oficialmente essa República). Como é que é possível que haja um país cujo nome oficial inclui referência a outro??? Como é possível dizer-se haver “cipriotas-gregos” e “cipriotas-turcos”?
Mas os tempos evoluem e, o Chipre, será nosso parceiro na União Europeia daqui a poucos meses! (apenas a parte sul…).
Para concluir, o aspecto positivo que está na origem deste escrito é que, após quase 30 anos de absoluta divisão, foi finalmente possível aos “cipriotas do norte” transpor as fronteiras para o sul e vice-versa.
Terá sido um passo ainda muito tímido (mas poderá ser o início da queda de um mini-“muro de Berlim”). Como o primeiro passo é sempre o mais difícil de dar, há que ter esperança que os cipriotas possam rapidamente unir-se e trabalhar e viver em harmonia.
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ALVALADE XXI vs. SÉRGIO GODINHO
Decorreu ontem o último evento no “velhinho” Estádio de Alvalade. Não pude estar presente e ainda não tive ecos sobre o espectáculo. Também é verdade que a melhor recordação que tenho do dito Estádio (não levem a mal…) é a de um épico 3-6 (com um “João Pinto, nota 10”).
Vem isto a propósito de uma outra coisa bastante boa que é o disco (“tributo a”) de Sérgio Godinho, “O Irmão do Meio”. Muito bom! Parcerias com Teresa Salgueiro, Rui Veloso, Jorge Palma, Xutos e Pontapés, Carlos do Carmo e Camané… mas o mais extraordinário é mesmo o dueto com Caetano Veloso (ontem, lá estiveram os dois, ao vivo…). Depois, há uma faixa espectacular com José Mário Branco (a lembrar os tempos “pré-revolução”).
Então, aqui fica mais um apelo ao “consumo”: vale a pena comprar o disco (é um pouco da nossa história dos últimos 30 anos).
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O "PRÍNCIPE" CARLOS QUEIRÓS
Eu bem tinha avisado que isto ia ser viciante!
Mas, já agora, a propósito das coisas boas de Portugal, é claro que só pode ser motivo de orgulho (que não me parece que seja “provinciano”) que tenha sido escolhido para responsável pela melhor equipa do mundo (até daqui a 3 anos…), o “todo-poderoso” REAL MADRID, o português, Sr. Prof. Carlos Queirós.
Goste-se ou não – clubismos à parte – do seu percurso, a verdade é que este é um momento alto para o desporto português.
Parabéns, Carlos Queirós! Sorte!
Você também é um “number one”.
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"O SEU PRIMEIRO ROMANCE" – EQUADOR, by Miguel Sousa Tavares
Então cá vai (depois de umas “voltinhas” pela net – estamos a falar de um principiante…), agora sim, o primeiro “post” a sério (porque é que estas coisas têm de ser todas em inglês?): o livro do mês (para mim, é o livro do milénio, pelo menos no que toca ao nosso “rectângulo à beira-mar plantado” – eu não disse que Portugal tem coisas muito boas?).
Tudo é magnífico, começando pela capa que é belíssima; o próprio título (“EQUADOR”) é um achado; depois o conteúdo é brilhante, uma história que prende o leitor da primeira à 527ª página (com um desfecho inesperado), com uma escrita clara, límpida, transparente, sem pretensões de obra-prima da intelectualidade.
Se há “altos e baixos” ao longo do livro (e há…) é porque os “altos” são passagens de uma grande intensidade e de um nível que seria impossível manter ao longo de uma obra com esta dimensão (obrigado Dr. Miguel Sousa Tavares por nos proporcionar mais de 500 páginas de deslumbramento).
A vontade de “ver” (sim, porque conhecer, já o conhecemos pela descrição feita pelo autor) S. Tomé (e Príncipe!) do início do século passado é imensa.
O herói da história faz-nos lembrar um daqueles heróis de “capa e espada”, em que a honra está acima de tudo. Tudo é tão belo que até conseguimos nutrir alguma simpatia por esse famoso Rei D. Carlos (mais conhecido pela sua bonacheirice e pelo regicídio).
O enquadramento / inserção do casal britânico na história (a parte da história passada na Índia) é de uma qualidade notável.
A própria promoção do livro me parece extraordinariamente bem feita (mesmo “o seu primeiro romance” parece ser uma mensagem subliminar que nos deixa na dúvida: primeiro romance do autor ou primeiro romance do leitor?!).
Parabéns Dr. Miguel Sousa Tavares. Por favor, continue a proporcionar-nos momentos de “puro prazer” com a leitura dos seus futuros romances.
P. S. – Presenciei já várias pessoas (em livrarias, nos hipermercados, na própria Feira do Livro) que tiveram o livro na mão e, por fim, não o compraram (o preço pode ser considerado – para quem não conhece o livro – um pouco “puxado”, para as nossas bolsas, claro). Um alerta à navegação: comprem o livro! poucas vezes poderão ter adquirido um bem com tal relação qualidade/preço.
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O PRIMEIRO "BLOGUE"
O “blogue” (esta palavra não soa muito bem!…) de estreia do “aaanumberone” (é um truque de um novato na net, pensando nas pesquisas de “bloguistas”), que promete (à medida das escassas disponibilidades de tempo) um balanço tão periódico quanto possível do melhor que for acontecendo por esse mundo fora (em Portugal também acontecerão “coisas boas”!), com um conteúdo genérico-universalista, desde a arte à política, da cultura ao desporto. Acredito que isto será viciante…
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