FESTA DOS TABULEIROS (VII)
22 Junho, 2006 at 8:55 am Deixe um comentário
“Por isso, mais do que atribuir, de forma determinada, a origem da Festa Grande de Tomar à transposição de festas romanas, ou árabes, ou godas, para a região paradisíaca do Vale do Nabão, será mais conforme com a realidade da História na subsistência da tradição popular, assentar a origem dos tabuleiros nos tempos imemoriais dos primeiros habitantes deste lugar privilegiado que, deslumbrados pela abundância e fartura da terra na prodigalidade da Mãe Natureza, lhe ofereciam as primícias das colheitas em preito de homenagem, em mostra de gratidão, em penhor de continuidade, que as gentes das tribos primitivas transmitiram aos posteriores ocupantes celtas, lusitanos, romanos, árabes, godos e portugalenses, em práticas e ritos sucessivamente adaptados, mas cujas raízes se mantiveram, intactas, na intervenção pagã e festiva, temperada tardiamente pelo culto cristão da Idade do Paráclito.
[…]
Sabe-se que os tabuleiros, de início, não se conformavam com o seu aspecto actual.
Seriam simples cestos, de alguma forma ornamentados, que as raparigas transportariam à cabeça e neles, as ofertas votivas.
Como ainda hoje se vê por tantas partes do nosso país.
De modo singular o tabuleiro tomarense evoluiu, naturalmente, no sentido de um constante refinamento de armação e de magnificência; com o tempo foi ganhando altura, com a altura formosura e com a formosura, beleza.”
“Como começaram as Festas dos Tabuleiros”, J. A. Godinho Granada, “O Templário”, 16.06.05
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