FESTA DOS TABULEIROS (V)
20 Junho, 2006 at 8:47 am Deixe um comentário
“Mas é a rainha Isabel de Aragão, Santa de Portugal e sobrinha neta da outra rainha e santa do mesmo nome, da Hungria, que há-de influenciar, profundamente, os hábitos de vida e de culto em Portugal.
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Por outro lado, a influência decisiva dos monges de Cister e dos Cavaleiros da Ordem do Templo, unidos por regra comum e pelo culto do Joanismo evangélico, que os Franciscanos acompanhavam, assim como a tradição cultural que passou intacta da Ordem Templária para a de Cristo que em Portugal lhe sucedeu e para a qual transitaram aqui muitos ou todos os antigos cavaleiros do Templo, estabelecem e consolidam em sólidos fundamentos as mentalidades da corte dos reis de Portugal, D. Dinis e Rainha Santa Isabel.
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Sob a herança espiritual de São Bernardo, doutrinador e guia das Ordens de Cister e do Templo, a primeira com casa mãe em Alcobaça e a segunda com sede em Tomar, com o correr dos anos, se foi implantando o culto do Espírito Santo que a seu tempo iria influenciar decisivamente a festa tomarense das colheitas, da fartura e da abundância que uma longa e continuada tradição popular tinha mantido, praticamente intacta, nas terras nabantinas.
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A abertura espiritual e a tolerância templária de frades cavaleiros que muito tinham corrido e conhecido de mundos e de gentes – e depois dos seus sucessores, os frades cavaleiros de Cristo – permitiu assistir-se em Tomar, à persistência dos rituais primitivos, numa festa que evoluiu para o culto da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, em simbiose única que se manteve intacta ao longo dos séculos.”
“Como começaram as Festas dos Tabuleiros”, J. A. Godinho Granada, “O Templário”, 26.05.05
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