MUNDIAL 2006 – GRUPOS D / E – 2ª JORNADA
17 Junho, 2006 at 9:53 pm Deixe um comentário

2-0
Ricardo, Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Costinha, Maniche (67m – Petit), Figo (88m – Simão Sabrosa), Deco (80m – Tiago), Cristiano Ronaldo e Pauleta
Ebrahim Mirzapour, Mehdi Mahdavikia, Yahya Golmohamaddi (88m – Sohrab Bakhtiarizadeh), Rahman Rezaei, Javad Nekounam, Ali Karimi (65m – Ferydoon Zandi), Vahid Hashemian, Hossein Kaabi, Andranik Teymourian, Mohammad Nosrati e Mehrzad Madanchi (66m – Rasoul Khatibi)
Com uma atitude determinada, Portugal teve uma forte entrada na partida, traduzida por um impressionante rácio de 70 % / 30 % em termos de posse de bola, por volta dos 20 minutos.
Não obstante, o Irão surpreendeu, não só pelo porte físico dos seus jogadores, mas também pelo bom “toque de bola” e pela forma como encarou o “jogo pelo jogo”, não se remetendo à defesa, proporcionando espaços à equipa portuguesa.
E, com Portugal a assumir, logo de início, a condução de uma partida, de que praticamente manteve sempre o controlo – não dispondo contudo de muitas oportunidades de golo, pese embora o ataque continuado e persistente -, os iranianos dariam um sinal de “pré-aviso” aos 30 minutos, rematando ao poste, num lance entretanto anulado pelo árbitro, por posição de “fora-de-jogo”.
Com dificuldade em manter o ritmo elevado com que entrara no encontro, e já no decorrer da segunda parte, as coisas pareciam poder vir a complicar-se, à medida que o Irão ia dando sinais de que o empate a zero lhe poderia servir e começava a bloquear os caminhos para a sua área.
Até que, numa boa jogada, Figo se escapou pelo flanco esquerdo, Nuno Valente “arrastou” consigo um defesa iraniano, abrindo espaço para a entrada de trás de Deco, na zona frontal, ainda longe da baliza; a espontaneidade do remate não deu possibilidade de defesa ao guarda-redes. Portugal chegava ao golo, cumprindo a tarefa mais difícil, a de quebrar a resistência psicológica iraniana.
Logo aí se anteviu que a vitória e o apuramento estavam alcançados, não obstante a pronta resposta iraniana, com um jogador a surgir isolado frente ao guarda-redes português, com o remate a sair ao lado. Aos 77 minutos, Ricardo seria ainda obrigado a “dizer presente”, defendendo com autoridade um perigoso remate de cabeça.
Na jogada imediata, surgiu a grande penalidade, a castigar um derrube de Figo, à entrada da área iraniana. Cristiano Ronaldo, que denotara sintomas de alguma ansiedade, na busca do golo, nem sempre com o discernimento necessário, “respirou fundo” e, convertendo irrepreensivelmente o castigo máximo, conseguia o 2-0, que dava tranquilidade absoluta à equipa portuguesa.

Foto – Associated Press
Uma palavra sobre o árbitro, que pareceu em má consição física, acompanhando os lances à distância, nem sempre ajuizando da melhor forma, denotando alguma dualidade de critérios, em particular na forma condescentente que adoptou relativamente a jogadas faltosas, a que os jogadores do Irão recorreram com alguma insistência.
Numa boa partida, em particular no que respeita à atitude positiva com que encarou o jogo, com Deco a assumir o seu papel de “maestro” (distinguido como melhor jogador em campo), a selecção portuguesa, embora algo em “esforço”, cumpre os “serviços mínimos”, atingindo o seu primeiro objectivo, garantindo desde já o apuramento para os 1/8 Final da prova, começando a “reconstruir” a história, 40 anos depois. E, se Portugal é o sexto país a conseguir o apuramento… por seu lado, a equipa do Irão é a sexta já eliminada nesta Fase Final do Mundial.
Resistindo e contornando a pressão de “não poder falhar” neste grupo teoricamente acessível, espera-se que a equipa portuguesa se liberte nos próximos jogos, espalhando o “perfume” do seu futebol, frente a adversários bem mais conceituados: no imediato, o México, numa partida sem pressão (Scolari deveria, em meu entender, dar oportunidade aos “suplentes” da selecção); e, depois, “a sério”, contra Argentina ou Holanda (duas das melhores selecções mundiais).
1-0 – Deco – 63m
2-0 – Cristiano Ronaldo – 80m (g.p.)
Melhor jogador – Deco (Portugal)
Amarelos – Pauleta (45m), Deco (48m) e Costinha (61m); Javad Nekounam (20m), Mehrzad Madanchi (32m), Hossein Kaabi (73m) e Yahya Golmohammadi (88m)
Árbitro – Eric Poulat (França)
Frankfurt (14h00)

0-2
Petr Cech, Zdenek Grygera, Marek Jankulovski, Jaroslav Plasil (68m – Libor Sionko), Tomas Rosicky, Pavel Nedved, Vratislav Lokvenc, Karel Poborsky (56m – Jiri Stajner), Tomas Galasek (46m – Jan Polak), Tomas Ujfalusi e David Rozehnal
Richard Kingson, John Mensah, Illiasu Shilla, Michael Essien, Otto Addo (46m – Derek Boateng), Stephen Appiah, Sulley Muntari, Habib Mohamed, John Pantsil, Matthew Amoah (80m – Eric Addo) e Asamoah Gyan (85m – Razak Pimpong)
Ao oitavo jogo, a primeira vitória de uma selecção africana pode vir “baralhar” bastante as contas do grupo e, eventualmente, provocar a surpresa da eliminação de uma das mais poderosas selecções da Europa, a da R. Checa (semi-finalista do EURO 2004), precisamente uma das que mais tinha “chamado a atenção” na jornada inaugural da competição, com a sua categórica vitória de 3-0 ante os EUA.
0-1 – Asamoah Gyan – 2m
0-2 – Sulley Muntari – 82m
Melhor jogador – Michael Essien (Ghana)
Amarelos – Vratislav Lokvenc (49m); Otto Addo (18m), Michael Essien (37m), Asamoah Gyan (66m), Derek Boateng (75m), Sulley Muntari (84m) e Habib Mohamed (90m)
Vermelho – Tomas Ujfalusi (65m)
Árbitro – Horacio Elizondo (Argentina)
Koln (17h00)

1-1
No termo de um jogo “esquisito”, com um auto-golo e 3 expulsões (primeiro, a Itália a ficar, desde muito cedo, em inferioridade numérica e, depois, no final da 1ª parte e, de imediato, no recomeço, dois jogadores estado-unidenses a serem expulsos), o empate será porventura o resultado mais ajustado, que leva a decisão do grupo para uma empolgante 3ª jornada, com todas as equipas ainda com hipóteses, em dois jogos que serão como que duas “finais” (Itália – R. Checa e Ghana – EUA).
Gianluigi Buffon, Cristian Zaccardo (54m – Alessandro del Piero), Daniele de Rossi, Fabio Cannavaro, Luca Toni (61m – Vincenzo Iaquinta), Francesco Totti (35m – Gennaro Gattuso), Alberto Gilardino, Alessandro Nesta, Gianluca Zambrotta, Simone Perrotta e Andrea Pirlo
Casey Keller, Carlos Bocanegra, Pablo Mastroeni, Steve Cherundolo, Clint Dempsey (62m – Marcus Beasley), Claudio Reyna, Bobby Convey (52m – Jimmy Conrad), Brian Mc Bride, Landon Donovan, Oguchi Oniyewu e Eddie Pope
1-0 – Alberto Gilardino – 22m
1-1 – Cristian Zaccardo (p.b.) – 27m
Melhor jogador – Kasey Keller (EUA)
Amarelos – Francesco Totti (5m) e Gianluca Zambrotta (70m); Eddie Pope (21m)
Vermelhos – Daniele de Rossi (28m); Pablo Mastroeni (45m) e Eddie Pope (47m)
Árbitro – Jorge Larrionda (Uruguai)
Kaiserslautern (20h00)
Entry filed under: Mundial 2006. Tags: Futebol, Selecção.




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