FERNANDO LOPES GRAÇA (III)
10 Maio, 2006 at 8:44 am Deixe um comentário
A par da sua vastíssima e extremamente diversificada produção vocal, escreveu música para piano e outros instrumentos, tais como guitarra e violino, música de câmara e música sinfónica.
Entre as mais valiosas, destacam-se: 11 Glosas; Para uma Criança que Vai Nascer; Bosquejos (para orquestra de arcos); o ciclo de canções As mãos e os Frutos; Canto de Amor e de Morte (para conjunto instrumental); Cantata Melodrama D. Duardos e Flérida; Concerto de Violoncelo, escrito a pedido do célebre violoncelista soviético Rostropovitch (por este interpretado em 1969); o Quarteto de Cordas, com o qual ganharia o Prémio Rainier III de Mónaco.
Em 1973, inicia a publicação das «Obras Literárias» (Editora Cosmos) em 18 volumes.
Em 1974, assumiria a presidência da Comissão para a Reforma do Ensino Musical criada pelo Governo Provisório da Revolução de Abril.
Em 1980, recebe do Presidente da República Mário Soares o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago de Espada.
Em 1981, é convidado pelo governo húngaro para as Comemorações do Centenário do nascimento de Béla Bartók.
Ao longo da sua carreira, dedicaria também muitas páginas às crianças, por exemplo: Álbum do Jovem Pianista; Presente de Natal para as Crianças, sob textos tradicionais; Canções e Rondas Infantis; As Cançõezinhas da Tila, com texto de Matilde Rosa Araújo; A Menina do Mar, texto de Sophia de Mello Breyner e, ainda, belas canções de embalar.
Em 1993, na homenagem ao seu 87º aniversário, decorreria a audição integral das sonatas e sonatinas para piano (Matosinhos).
Viria a falecer a 27 de Novembro de 1994, na sua casa na Parede. Em 1995, seria editado pela Câmara de Cascais / Museu da Música Portuguesa o Catálogo do Espólio Musical de Lopes Graça, um dos mais importantes compositores da história da Música Portuguesa. Nas palavras de José Jorge Letria «A Obra de Fernando Lopes-Graça ascendeu ao patamar da eternidade, onde permanecem as grandes obras do espírito e as realizações de trabalho criador».
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