Archive for Setembro, 2005
“BLOGOSFERA COMUNITÁRIA”
Na cidade francesa de Rennes, foi colocada em prática uma inovadora experiência de “blogosfera comunitária”: [Tout Rennes blogue] é um projecto direccionado para a expressão dos habitantes, criado pela autarquia local no âmbito do evento “Rennes, une envie de ville”.
Esta grande manifestação, que decorrerá de 15 a 30 de Outubro, constituirá um convite aos habitantes da cidade para o diálogo, intercâmbio e mobilização à reflexão em torno do tema “viver em conjunto”.
A referida página, associando-se ao projecto de democracia local, possibilita a abertura de um espaço de expressão livre e gratuito, directamente alimentado pela população.
ÍCONES DO SÉCULO (XLIV) – 1984 – PAUL MAZURSKY E ROBIN WILLIAMS

Actor e realizador de cinema norte-americano, Paul Mazursky nasceu em New York em 1930, destacando-se o seu filme “An Unmarried Woman” (1978). Robin Williams é um actor norte-americano, nascido em Chicago em 1952; desempenhou vários papéis de carácter humorístico, mas mostrou-se também à vontade na representação dramática, tendo sido nomeado para o Óscar por “Good Morning Vietnam” (1987), “Clube dos Poetas Mortos” (1989) e “The Fisher King” (1991); alcançaria o Óscar para melhor actor secundário, em “Génio Indomável” (1998).
LÍNGUA PORTUGUESA: ESTRANGEIRISMOS E NEOLOGISMOS (II)
“Depois da segunda guerra, com a intensificação do estudo da língua, com a enorme e eficaz propaganda dos Estados Unidos através do cinema, dos cursos, dos livros e das bolsas de estudo, o volume de anglicismos cresceu significativamente. Notamos apenas estes: truísmo, break, tender, cottage, miss, mister, dandy, darling, court, briche, James, fruit, salt, grape fruit, coldre, colt, wagon, spleen, Tilbury, rails, sleepers, sport, e modernamente todos os termos de esporte, de mecânica, de tracção, como no Brasil bonde, motorneiro e decalques: eletrocução, electrocutar. […]
Alguns puristas tentam reagir e aparecem vários elencos de galicismos, estrangeirismos, no afã de coibir o abastardamento do idioma. Outros procuram substituir os empréstimos por neologismos que vão forjando com muita produtividade, mas pouca aceitação. Aparecem, assim, quebra-luz, lucivelo, pantalha para substituir abat-jour; convescote em lugar de pic-nic, focale para cache-nez; nasóculos para pince-nez; runimol para avalanche; concião para meeting; pedibola para foot-ball; austista para chauffeur. Pouca sorte tiveram tais tentativas. O povo achou melhor acomodar o termo estrangeiro, escrevendo e dizendo abajur, piquenique, cachenê, pincenê, futebol, chofer. […]
O desenvolvimento da ciência biológica e mecânica forja numerosos neologismos que se tornam internacionais: termómetro, barómetro, hidrómetro, agrimensura, agrimensor, topografia, toponímia, antropometria, biometria, bioquímica, biotipologia, galvanoplastia, galvanização, galvanómetro, ferrocarril, fonógrafo, automóvel, automobilista, autódromo, velódromo, hipódromo, batracódromo, aerofagia, autoclave, plástica (matéria plástica), avião, aviação, aeroplano, monoplano, biplano, motorizar, motociclismo, motocicleta, composição (ferroviária), locomotor, locomoção, locomotiva, motonave, turbonave, volante, encouraçado, torpedo, submarino, dirigível (balão), rádio, radiotelegrafia, radiotelefonia, telegrama, telefone, televisão, televisionar, televisionados, telecomandar, etc.”.
Francisco da Silva Bueno, “A Formação Histórica da Língua Portuguesa”, 2ª ed. (1958)
LÍNGUA PORTUGUESA: ESTRANGEIRISMOS E NEOLOGISMOS (I)
“Os estrangeirismos afluíram abundantemente, de modo especial os galicismos; depois os anglicismos.
Garrett, Herculano, Castilho e sobretudo Camilo Castelo Branco adoptaram: petimetre, eclodir, explosir, bordel, bimbalhar, gavroche, patchouli, badine, boudoir, detalhe, afetado, adresse, de resto, obrigações a cumprir, de modo, de maneira a, desolado, baixa extracção (baixa origem), boche, dirandela, tigre, bigotismo, argot, agir, abordar, cólera, tal qual como, fazer valer, activar, calembourg, chefe de obra, matéria prima, dessedentar-se, esquissa, fazer política, filão, instalar-se, instalar, instalação, banal, amor por, ponto de vista, ter lugar, perder a cabeça e muitos outros que não podemos enumerar.
À medida que nos aproximamos de épocas mais modernas, cresce a avalanche dos vocábulos estrangeiros, trazidos da França, da Inglaterra, da Itália, da Espanha.
São exagerados, neste particular, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Maria Amália Vaz de Carvalho, para citar apenas alguns: sege, landeaux, debute, debutar, debutante, reps, massacrar, Algéria, Genève, attaché, boutonière, boulevard, avenu, tourist, fauteil, trousseaux, marron, feito em seda, bordado em ouro, estátua em mármore, coterie, feérico, conduta, chic, pantalonas, quinzena (terno de roupa), cheviote, luneta, etc.”.
Francisco da Silva Bueno, “A Formação Histórica da Língua Portuguesa”, 2ª ed. (1958)
"ARQUIVO DA INTERNET"
A Yahoo acaba de lançar hoje em França, o serviço “Mon Web“, permitindo aos seus utilizadores constituir o seu próprio “arquivo da Internet”.
(via Mediatic)
P. S. Obrigatoriamente a ler “O dia da chegada” – Os judeus portugueses nas Américas, no Rua da Judiaria.
RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Foi já publicado o “Relatório do Desenvolvimento Humano 2005”, que pode ser consultado aqui. Está também disponível um resumo com as principais conclusões.
Fica a promessa de – à semelhança do aqui apresentado em 2003 e 2004 – regressar em breve a este tema.
"FOTONOVELA"
Acaba de ser lançada a primeira “Fotonovela blogosférica”… aqui, no “Dias Felizes”:
“[…] publicamos uma fotografia e vocês fazem a legenda na respectiva caixa de comentário (por norma não deverá ser muito extensa mas, como excepção, poderá sê-lo) […] A história deverá ter algum rigor e continuidade, por exemplo o nome das personagens deverá manter-se (mas o seu rosto pode mudar) e os factos passados deverão ser sempre considerados na evolução da trama”.





