Archive for 9 Setembro, 2005
ÍCONES DO SÉCULO (XLIV) – 1984 – PAUL MAZURSKY E ROBIN WILLIAMS
Actor e realizador de cinema norte-americano, Paul Mazursky nasceu em New York em 1930, destacando-se o seu filme “An Unmarried Woman” (1978). Robin Williams é um actor norte-americano, nascido em Chicago em 1952; desempenhou vários papéis de carácter humorístico, mas mostrou-se também à vontade na representação dramática, tendo sido nomeado para o Óscar por “Good Morning Vietnam” (1987), “Clube dos Poetas Mortos” (1989) e “The Fisher King” (1991); alcançaria o Óscar para melhor actor secundário, em “Génio Indomável” (1998).
LÍNGUA PORTUGUESA: ESTRANGEIRISMOS E NEOLOGISMOS (II)
“Depois da segunda guerra, com a intensificação do estudo da língua, com a enorme e eficaz propaganda dos Estados Unidos através do cinema, dos cursos, dos livros e das bolsas de estudo, o volume de anglicismos cresceu significativamente. Notamos apenas estes: truísmo, break, tender, cottage, miss, mister, dandy, darling, court, briche, James, fruit, salt, grape fruit, coldre, colt, wagon, spleen, Tilbury, rails, sleepers, sport, e modernamente todos os termos de esporte, de mecânica, de tracção, como no Brasil bonde, motorneiro e decalques: eletrocução, electrocutar. […]
Alguns puristas tentam reagir e aparecem vários elencos de galicismos, estrangeirismos, no afã de coibir o abastardamento do idioma. Outros procuram substituir os empréstimos por neologismos que vão forjando com muita produtividade, mas pouca aceitação. Aparecem, assim, quebra-luz, lucivelo, pantalha para substituir abat-jour; convescote em lugar de pic-nic, focale para cache-nez; nasóculos para pince-nez; runimol para avalanche; concião para meeting; pedibola para foot-ball; austista para chauffeur. Pouca sorte tiveram tais tentativas. O povo achou melhor acomodar o termo estrangeiro, escrevendo e dizendo abajur, piquenique, cachenê, pincenê, futebol, chofer. […]
O desenvolvimento da ciência biológica e mecânica forja numerosos neologismos que se tornam internacionais: termómetro, barómetro, hidrómetro, agrimensura, agrimensor, topografia, toponímia, antropometria, biometria, bioquímica, biotipologia, galvanoplastia, galvanização, galvanómetro, ferrocarril, fonógrafo, automóvel, automobilista, autódromo, velódromo, hipódromo, batracódromo, aerofagia, autoclave, plástica (matéria plástica), avião, aviação, aeroplano, monoplano, biplano, motorizar, motociclismo, motocicleta, composição (ferroviária), locomotor, locomoção, locomotiva, motonave, turbonave, volante, encouraçado, torpedo, submarino, dirigível (balão), rádio, radiotelegrafia, radiotelefonia, telegrama, telefone, televisão, televisionar, televisionados, telecomandar, etc.”.
Francisco da Silva Bueno, “A Formação Histórica da Língua Portuguesa”, 2ª ed. (1958)
LÍNGUA PORTUGUESA: ESTRANGEIRISMOS E NEOLOGISMOS (I)
“Os estrangeirismos afluíram abundantemente, de modo especial os galicismos; depois os anglicismos.
Garrett, Herculano, Castilho e sobretudo Camilo Castelo Branco adoptaram: petimetre, eclodir, explosir, bordel, bimbalhar, gavroche, patchouli, badine, boudoir, detalhe, afetado, adresse, de resto, obrigações a cumprir, de modo, de maneira a, desolado, baixa extracção (baixa origem), boche, dirandela, tigre, bigotismo, argot, agir, abordar, cólera, tal qual como, fazer valer, activar, calembourg, chefe de obra, matéria prima, dessedentar-se, esquissa, fazer política, filão, instalar-se, instalar, instalação, banal, amor por, ponto de vista, ter lugar, perder a cabeça e muitos outros que não podemos enumerar.
À medida que nos aproximamos de épocas mais modernas, cresce a avalanche dos vocábulos estrangeiros, trazidos da França, da Inglaterra, da Itália, da Espanha.
São exagerados, neste particular, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Maria Amália Vaz de Carvalho, para citar apenas alguns: sege, landeaux, debute, debutar, debutante, reps, massacrar, Algéria, Genève, attaché, boutonière, boulevard, avenu, tourist, fauteil, trousseaux, marron, feito em seda, bordado em ouro, estátua em mármore, coterie, feérico, conduta, chic, pantalonas, quinzena (terno de roupa), cheviote, luneta, etc.”.
Francisco da Silva Bueno, “A Formação Histórica da Língua Portuguesa”, 2ª ed. (1958)
"ARQUIVO DA INTERNET"
A Yahoo acaba de lançar hoje em França, o serviço “Mon Web“, permitindo aos seus utilizadores constituir o seu próprio “arquivo da Internet”.
(via Mediatic)
P. S. Obrigatoriamente a ler “O dia da chegada” – Os judeus portugueses nas Américas, no Rua da Judiaria.