Archive for 8 Setembro, 2005
RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Foi já publicado o “Relatório do Desenvolvimento Humano 2005”, que pode ser consultado aqui. Está também disponível um resumo com as principais conclusões.
Fica a promessa de – à semelhança do aqui apresentado em 2003 e 2004 – regressar em breve a este tema.
"FOTONOVELA"
Acaba de ser lançada a primeira “Fotonovela blogosférica”… aqui, no “Dias Felizes”:
“[…] publicamos uma fotografia e vocês fazem a legenda na respectiva caixa de comentário (por norma não deverá ser muito extensa mas, como excepção, poderá sê-lo) […] A história deverá ter algum rigor e continuidade, por exemplo o nome das personagens deverá manter-se (mas o seu rosto pode mudar) e os factos passados deverão ser sempre considerados na evolução da trama”.
LÍNGUA PORTUGUESA: SUBSTRATOS ÁRABES
“Três séculos depois, a Península sofre nova invasão: a dos árabes. A civilização dos árabes era talvez superior à cristã; não puderam porém conquistar toda a Ibéria. Ao norte, no Cantábrico, ficou um reduto cristão, de onde partiu, com implacável tenacidade, a guerra da reconquista. Tem-se hoje como certo que a maioria dos árabes sofreu logo de início e cada vez mais a influência da cultura e até da língua românica; mas não é menos verdadeiro que alguma coisa devia ficar da longa dominação islâmica. O vocabulário português de origem árabe denuncia bem em que medida se exerceu entre nós a influência dos sarracenos, que introduziram na Península novidades referentes à agricultura, indústria, ciências e artes, jogos, comércios, administração, etc.
Alguns dos vocábulos mais usuais de origem árabe: açorda, alambique, álcool, alecrim, alfaiate, algarismo, alqueire, armazém, arroba, arrobe, azul, fatia, garrafa, mesquinho, oxalá, xadrez, xarope, etc.
Pelo sentido destas palavras verificamos que o domínio da civilização árabe foi grande, pelo que respeita aos aspectos materiais da vida […].
Logo, a requintada cultura árabe não tocou na estrutura da língua; limitou-se a enriquecer o vocabulário de palavras que traduzem geralmente as aquisições da técnica e os gozos terrestres da vida.”
M. Rodrigues Lapa, “Estilística da Língua Portuguesa”, 8ª ed. (1975)