Archive for Agosto, 2005
ÍCONES DO SÉCULO (XXXVII) – 1979 – WILLIAM FAULKNER
Romancista norte-americano, considerado o grande narrador do Sul dos Estados Unidos da América, um dos maiores escritores do século XX, William Faulkner foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1949. Destacaram-se as suas obras: O Som e a Fúria; As I Lay Dying; Absalão, Absalão; Santuário; Desce, Moisés; O Mundo não Perdoa.
CUBO MÁGICO PERFEITO (IV)
Eis então o desenho do “cubo mágico perfeito”, imaginando a sobreposição de 5 planos horizontais:
1º plano (topo):
2º plano:
3º plano (intermédio):
4º plano:
5º plano (base):
Poderá facilmente confirmar-se que (para além das 25 linhas e das 25 colunas…) também as 25 “pilhas” verticais somam (cada uma delas) o total de 315:
Pilha 1: 25 + 91 + 47 + 31+ 121 = 315
Pilha 2: 16 + 77 + 61 + 53 + 108 = 315
Pilha 3: 80 + 71 + 45 + 112 + 7 = 315
Pilha 4: 104 + 6 + 76 + 109 + 20 = 315
Pilha 5: 90 + 70 + 86 + 10 + 59 = 315
…
Pilha 13: 85 + 21 + 63 + 105 + 41 = 315
…
Pilha 25: = 5 + 95 + 79 + 35 + 101 = 315
CUBO MÁGICO PERFEITO (III)
As 25 colunas “mágicas”, somando (cada uma delas) 315:
6 7 10 16 20 25 31 45 47 53 59 61 69 122 100 98 125 115 12 38 107 82 11 43 123 41 96 111 124 42 103 63 89 3 84 68 44 99 74 72 24 66 113 88 32 57 60 93 73 46 35 18 22 67 56 81 40 120 101 50 315 315 315 315 315 315 315 315 315 315 315 315
70 71 76 77 80 86 90 91 104 108 109 112 121 13 117 33 64 4 94 97 52 1 28 87 34 29 23 21 58 118 85 37 75 30 2 15 8 105 51 114 92 83 39 27 19 48 26 102 54 62 9 78 95 14 65 17 119 79 5 116 106 110 49 55 36 315 315 315 315 315 315 315 315 315 315 315 315 315
PORTUGAL EM CHAMAS
Quem teve a oportunidade de, ao longo do mês que agora chega ao fim, viajar pelo país, não pode ter deixado de ficar com a sensação de que “Portugal está a arder”.
O tema tem sido abordado e mediatizado até à exaustão, podendo contribuir, de alguma forma, para a sua banalização, o que teria um efeito precisamente inverso ao pretendido; em vez de se alertar consciências, poderia – caso as repetidas imagens televisivas não tenham sido também observadas “ao vivo” – começar a desenvolver-se um processo de “indiferença”.
Para além do cenário dantesco das chamas com labaredas de altura assustadora, é impossível esquecer o intenso cheiro a queimado, as cores plúmbeas do céu, as faúlhas e carumas que são transportadas pelo vento até muitos quilómetros de distância, o fumo que dificulta a respiração de forma quase asfixiante, a imagem dos bombeiros extenuados e impotentes, a inquietação, temor e estado de permanente alerta de quem se sente ameaçado, com muitas noites mal dormidas.
Ouço a referência a um estudo que aponta que cerca de 20 a 40 % dos incêndios terão origem em acção humana, seja ela dolosa ou negligente.
Ouço também os lamentos dos proprietários de madeira que referem não ter o eucalipto queimado qualquer valor comercial e que o pinheiro será também de escoamento praticamente inviável, dado o “excesso de oferta” de madeira queimada; para além de esta madeira não ter valor, haverá custos com a sua remoção: “é só prejuízo!”.
Não posso deixar de fazer algumas reflexões:
1. Há uma parte dos incêndios que são provocados pelo homem.
2. Se a madeira queimada não tem de facto valor, porquê é que isso acontece (de forma dolosa)? Com que fins?
3. No caso de incêndios provocados por negligência, como é possível que tal possa ocorrer a esta escala, estando as pessoas tão avisadas para os perigos potenciais e para as consequências da incúria? (ou será que não é ainda suficientemente conhecido que, entre 1 de Julho e 30 de Setembro, é estritamente proibido: fazer queimadas, lançar foguetes, fumar em locais densamente arborizados, lançar pontas de cigarro para fora da viatura?)
4. Mas, para além disso, a maior parte dos incêndios será ainda devida às condições climatéricas – seca extrema e temperaturas muito elevadas – associada ao desordenamento florestal. Neste caso, trata-se essencialmente de uma questão de consciência cívica que nos remete para preocupações ambientais de ordem muito mais abrangente, desde a acção do homem no alargar do buraco da camada de ozono, a emissão de gases tóxicos, o aquecimento global do planeta, …
Já é altura de reflectirmos “a sério” (e passar à acção!) sobre isto…
CUBO MÁGICO PERFEITO (II)
As 25 linhas “mágicas”, somando (cada uma delas) 315:
12 82 34 87 100 315
25 16 80 104 90 315
26 39 92 44 114 315
29 28 122 125 11 315
30 118 21 123 23 315
31 53 112 109 10 315
32 93 88 83 19 315
36 110 46 22 101 315
40 50 81 65 79 315
42 111 85 2 75 315
47 61 45 76 86 315
51 15 41 124 84 315
52 64 117 69 13 315
56 120 55 49 35 315
66 72 27 102 48 315
67 18 119 106 5 315
78 54 99 24 60 315
89 68 63 58 37 315
91 77 71 6 70 315
103 3 105 8 96 315
107 43 38 33 94 315
113 57 9 62 74 315
115 98 4 1 97 315
116 17 14 73 95 315
121 108 7 20 59 315
“EQUADOR PASSA EM S. TOMÉ E PRÍNCIPE"
O livro “Equador” foi o tema da primeira entrada deste blogue; foi tal o entusiasmo com que li o romance que, logo aquando da sua publicação, senti um irreprimível impulso a escrever sobre ele, a divulgá-lo, recomendando-o a todos como uma obra imperdível. Miguel Sousa Tavares tem todos os motivos para sentir orgulho do seu trabalho e pretender preservá-lo.
A companhia de teatro “Fatias de Cá” (criada em Tomar em 1979), grupo de grande humildade, onde “todos fazem de tudo”, utilizando de uma forma interactiva o património construído (de que é exemplo o Convento de Cristo) e paisagístico, tem já uma longa história de labor em prol da descentralização de acções culturais, tendo levado à cena, entre muitos outros espectáculos, obras como T de Lempicka, O Nome da Rosa, Rapariga com brinco de pérola, Diálogo das Compensadas, Tempestade, Sonho de uma noite de Verão e A Flauta Mágica, de autores que vão de Karl Valentim a Choderlos de Laclos, passando por Dario Fo, Frati, Gil Vicente, Yourcenar, Shakespeare, Lorca, Mozart.
Desde há meses que o grupo desenvolvia o projecto de levar à cena o romance “Equador”, teatralização da obra de Miguel Sousa Tavares, o que, necessariamente, seria do conhecimento do autor.
Um mês antes da estreia, o autor não permitiu a adaptação teatral do seu romance.
Dado o investimento já realizado, nomeadamente em adereços e guarda-roupa de época, decidiu o grupo criar uma nova história, passada no mesmo local e época – e, obviamente, com uma temática comum à do livro – a que deu o título “EQUADOR passa em S. Tomé e Príncipe”, em cena de 19 de Agosto a 4 de Setembro, às Sextas, Sábados e Domingos, às 19h18, no Parque Ambiental de Constância.
Sendo admirador do trabalho de ambas as partes, não poderia deixar de expressar o meu sincero lamento por esta situação.
É pena que Miguel Sousa Tavares não tenha permitido a adaptação teatral da sua obra; é minha firme convicção que todos teríamos a ganhar com isso: autor, leitores, companhia de teatro e espectadores.
Não terá agido correctamente o “Fatias de Cá”; a adaptação “forçada” a que recorreu não deixará de ser apercebida como uma forma de oportunismo, eventualmente com consequências a nível jurídico, dada a possível alegação de plágio.
Mas tal como considero que o “Fatias de Cá” não tomou a decisão correcta, não posso também concordar com aqueles que, ignorando o percurso da companhia e o seu notável papel ao nível da promoção do desenvolvimento cultural de uma região, pretendam, mesmo que involuntariamente, arrastar o seu nome para a “lama”.
CUBO MÁGICO PERFEITO (I)
No regresso de férias e numa altura em que estão tão em voga os passatempos “Su Doku”, será oportuno falar aqui esta semana de um “Cubo Mágico”, em que a “perfeição” foi atingida, dado que não será possível fazer melhor!…
Com base numa regra aritmética simples, a de que a soma dos números integrantes de uma linha, coluna ou diagonal deverá ser constante, desde 1640 que se procurava o “cubo mágico perfeito de ordem 5” (5 casas de altura, de largura e de profundidade, ou seja 125 células, incluindo todos os números, de 1 a 125), o mais pequeno (e portanto, mais difícil!) que é possível concretizar (não é possível construir um cubo de ordem 2 com os números de 1 a 8; os cubos de ordem 3 não são perfeitos; é impossível construir um cubo de ordem 4).
Apenas em 2003 seria descoberta a sua composição perfeita, pelo engenheiro informático Christian Boyer e pelo professor de matemática Walter Trump.
Adicionando-se os 5 números de qualquer uma das 25 linhas, das 25 colunas, das 25 “pilhas”, das 4 grandes diagonais ou até mesmo de cada uma das 30 pequenas diagonais presentes nos 15 quadrados paralelos às faces do cubo – ou seja, num total de 109 combinações possíveis… –, o resultado será sempre igual a 315!
O ponto central deste cubo perfeito será naturalmente o número 63 (semi-soma de 1 e 125).
“BACK TO WORK”
Regresso à blogosfera começando por lamentar o final do Fora do Mundo e do Aviz. Aguardo novos projectos “bloguísticos” de Pedro Mexia e Francisco José Viegas, que, não obstante, podemos continuar a visitar no Gávea.
Uma palavra de saudação ao João Morgado Fernandes pelas novas funções assumidas na Direcção do “Diário de Notícias”, com votos de sucesso na sua missão… e, claro, desejando que possa continuar a dispor de algum tempo para o Terras do Nunca.
P. S. (Actualização de 01.09.2005) – Francisco José Viegas teve também um célere “back to work”, com “A Origem das Espécies“. Seja Re-Bem-vindo!