Archive for 30 Agosto, 2005
CUBO MÁGICO PERFEITO (III)
As 25 colunas “mágicas”, somando (cada uma delas) 315:
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PORTUGAL EM CHAMAS
Quem teve a oportunidade de, ao longo do mês que agora chega ao fim, viajar pelo país, não pode ter deixado de ficar com a sensação de que “Portugal está a arder”.
O tema tem sido abordado e mediatizado até à exaustão, podendo contribuir, de alguma forma, para a sua banalização, o que teria um efeito precisamente inverso ao pretendido; em vez de se alertar consciências, poderia – caso as repetidas imagens televisivas não tenham sido também observadas “ao vivo” – começar a desenvolver-se um processo de “indiferença”.
Para além do cenário dantesco das chamas com labaredas de altura assustadora, é impossível esquecer o intenso cheiro a queimado, as cores plúmbeas do céu, as faúlhas e carumas que são transportadas pelo vento até muitos quilómetros de distância, o fumo que dificulta a respiração de forma quase asfixiante, a imagem dos bombeiros extenuados e impotentes, a inquietação, temor e estado de permanente alerta de quem se sente ameaçado, com muitas noites mal dormidas.
Ouço a referência a um estudo que aponta que cerca de 20 a 40 % dos incêndios terão origem em acção humana, seja ela dolosa ou negligente.
Ouço também os lamentos dos proprietários de madeira que referem não ter o eucalipto queimado qualquer valor comercial e que o pinheiro será também de escoamento praticamente inviável, dado o “excesso de oferta” de madeira queimada; para além de esta madeira não ter valor, haverá custos com a sua remoção: “é só prejuízo!”.
Não posso deixar de fazer algumas reflexões:
1. Há uma parte dos incêndios que são provocados pelo homem.
2. Se a madeira queimada não tem de facto valor, porquê é que isso acontece (de forma dolosa)? Com que fins?
3. No caso de incêndios provocados por negligência, como é possível que tal possa ocorrer a esta escala, estando as pessoas tão avisadas para os perigos potenciais e para as consequências da incúria? (ou será que não é ainda suficientemente conhecido que, entre 1 de Julho e 30 de Setembro, é estritamente proibido: fazer queimadas, lançar foguetes, fumar em locais densamente arborizados, lançar pontas de cigarro para fora da viatura?)
4. Mas, para além disso, a maior parte dos incêndios será ainda devida às condições climatéricas – seca extrema e temperaturas muito elevadas – associada ao desordenamento florestal. Neste caso, trata-se essencialmente de uma questão de consciência cívica que nos remete para preocupações ambientais de ordem muito mais abrangente, desde a acção do homem no alargar do buraco da camada de ozono, a emissão de gases tóxicos, o aquecimento global do planeta, …
Já é altura de reflectirmos “a sério” (e passar à acção!) sobre isto…