Archive for 29 Agosto, 2005
CUBO MÁGICO PERFEITO (II)
As 25 linhas “mágicas”, somando (cada uma delas) 315:
12 82 34 87 100 315
25 16 80 104 90 315
26 39 92 44 114 315
29 28 122 125 11 315
30 118 21 123 23 315
31 53 112 109 10 315
32 93 88 83 19 315
36 110 46 22 101 315
40 50 81 65 79 315
42 111 85 2 75 315
47 61 45 76 86 315
51 15 41 124 84 315
52 64 117 69 13 315
56 120 55 49 35 315
66 72 27 102 48 315
67 18 119 106 5 315
78 54 99 24 60 315
89 68 63 58 37 315
91 77 71 6 70 315
103 3 105 8 96 315
107 43 38 33 94 315
113 57 9 62 74 315
115 98 4 1 97 315
116 17 14 73 95 315
121 108 7 20 59 315
“EQUADOR PASSA EM S. TOMÉ E PRÍNCIPE"
O livro “Equador” foi o tema da primeira entrada deste blogue; foi tal o entusiasmo com que li o romance que, logo aquando da sua publicação, senti um irreprimível impulso a escrever sobre ele, a divulgá-lo, recomendando-o a todos como uma obra imperdível. Miguel Sousa Tavares tem todos os motivos para sentir orgulho do seu trabalho e pretender preservá-lo.
A companhia de teatro “Fatias de Cá” (criada em Tomar em 1979), grupo de grande humildade, onde “todos fazem de tudo”, utilizando de uma forma interactiva o património construído (de que é exemplo o Convento de Cristo) e paisagístico, tem já uma longa história de labor em prol da descentralização de acções culturais, tendo levado à cena, entre muitos outros espectáculos, obras como T de Lempicka, O Nome da Rosa, Rapariga com brinco de pérola, Diálogo das Compensadas, Tempestade, Sonho de uma noite de Verão e A Flauta Mágica, de autores que vão de Karl Valentim a Choderlos de Laclos, passando por Dario Fo, Frati, Gil Vicente, Yourcenar, Shakespeare, Lorca, Mozart.
Desde há meses que o grupo desenvolvia o projecto de levar à cena o romance “Equador”, teatralização da obra de Miguel Sousa Tavares, o que, necessariamente, seria do conhecimento do autor.
Um mês antes da estreia, o autor não permitiu a adaptação teatral do seu romance.
Dado o investimento já realizado, nomeadamente em adereços e guarda-roupa de época, decidiu o grupo criar uma nova história, passada no mesmo local e época – e, obviamente, com uma temática comum à do livro – a que deu o título “EQUADOR passa em S. Tomé e Príncipe”, em cena de 19 de Agosto a 4 de Setembro, às Sextas, Sábados e Domingos, às 19h18, no Parque Ambiental de Constância.
Sendo admirador do trabalho de ambas as partes, não poderia deixar de expressar o meu sincero lamento por esta situação.
É pena que Miguel Sousa Tavares não tenha permitido a adaptação teatral da sua obra; é minha firme convicção que todos teríamos a ganhar com isso: autor, leitores, companhia de teatro e espectadores.
Não terá agido correctamente o “Fatias de Cá”; a adaptação “forçada” a que recorreu não deixará de ser apercebida como uma forma de oportunismo, eventualmente com consequências a nível jurídico, dada a possível alegação de plágio.
Mas tal como considero que o “Fatias de Cá” não tomou a decisão correcta, não posso também concordar com aqueles que, ignorando o percurso da companhia e o seu notável papel ao nível da promoção do desenvolvimento cultural de uma região, pretendam, mesmo que involuntariamente, arrastar o seu nome para a “lama”.