LÍNGUA PORTUGUESA: ESTRANGEIRISMOS E NEOLOGISMOS (I)
9 Setembro, 2005 at 8:45 am Deixe um comentário
“Os estrangeirismos afluíram abundantemente, de modo especial os galicismos; depois os anglicismos.
Garrett, Herculano, Castilho e sobretudo Camilo Castelo Branco adoptaram: petimetre, eclodir, explosir, bordel, bimbalhar, gavroche, patchouli, badine, boudoir, detalhe, afetado, adresse, de resto, obrigações a cumprir, de modo, de maneira a, desolado, baixa extracção (baixa origem), boche, dirandela, tigre, bigotismo, argot, agir, abordar, cólera, tal qual como, fazer valer, activar, calembourg, chefe de obra, matéria prima, dessedentar-se, esquissa, fazer política, filão, instalar-se, instalar, instalação, banal, amor por, ponto de vista, ter lugar, perder a cabeça e muitos outros que não podemos enumerar.
À medida que nos aproximamos de épocas mais modernas, cresce a avalanche dos vocábulos estrangeiros, trazidos da França, da Inglaterra, da Itália, da Espanha.
São exagerados, neste particular, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Maria Amália Vaz de Carvalho, para citar apenas alguns: sege, landeaux, debute, debutar, debutante, reps, massacrar, Algéria, Genève, attaché, boutonière, boulevard, avenu, tourist, fauteil, trousseaux, marron, feito em seda, bordado em ouro, estátua em mármore, coterie, feérico, conduta, chic, pantalonas, quinzena (terno de roupa), cheviote, luneta, etc.”.
Francisco da Silva Bueno, “A Formação Histórica da Língua Portuguesa”, 2ª ed. (1958)
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