“A FILHA DO CAPITÃO” (V)
Até ao dia (20 de Novembro de 1917) em que, integrado no Corpo Expedicionário Português na Flandres, Afonso, sucessiva e fulgurantemente promovido, entretanto já Capitão, se hospeda no castelo do barão Redier, conhecendo então a que se tornara a jovem baronesa Agnès – cuja vida sofrera, em função da guerra, uma alteração radical, passando desde logo pela viuvez e dificuldade em financiar a conclusão dos seus estudos universitários, perdido que estava o contacto com a família, em Lille, para lá das linhas militares alemãs –, por quem se iria “irremediavelmente” apaixonar.
Nos meses seguintes, em paralelo com o desenrolar de uma guerra de trincheiras, e sem poder adivinhar os planos alemães de aproveitar a fragilidade das linhas defensivas a cargo dos portugueses, Afonso e Agnès vão fortalecendo os laços de amor que os unem, também com o envolvimento da jovem no apoio ao corpo militar português, prestando serviço no hospital de campanha.
A narrativa, espraiando-se pela crónica da guerra, abre também espaço para o protagonismo de alguns “heróis”, saindo do anonimato das trincheiras, desde o “Matias Grande”, ao “Vicente Manápulas”, ao “Baltazar Velho” e mesmo o “Abel Lingrinhas”, impelidos para a frente de batalha pelos aliados ingleses, até mesmo na véspera e dia de Natal de 1917.
Há 1 ano no Memória Virtual – APAV
[1872]
Entry filed under: Livro do mês.



