Archive for Março, 2004

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (VIII)

“Ainda antes de terminar o século VIII, e mais por efeito do recuo dos Mouros, envolvidos nas suas guerras internas, do que de uma sistemática reconquista cristã, a Península estava dividida em duas zonas, cujo limite passava aproximadamente por Coimbra, seguia o curso do Mondego e passava depois por Talavera, Toledo, Tudela e Pamplona.

Nas terras onde se ia desagregando o domínio sarraceno ou naquelas que os cristãos conquistavam não se “restaurou” propriamente uma estrutura política anteriormente existente.

Os novos países cristãos da Península formaram-se a partir de três núcleos distintos: o asturiano, que veio a originar o reino de Oviedo e depois de Leão e o condado de Castela, independente durante alguns anos, depois transformado em reino e que desde 1037 andou unido ao de Leão; o pirenaico, onde saíram os reinos de Navarra, Aragão e alguns condados mais ou menos independentes, e o de Barcelona, onde os francos tiveram um papel importante e que seguiu uma evolução política sob muitos aspectos diferente da dos outros estados hispânicos.”

“História concisa de Portugal”, José Hermano Saraiva

[1117]

24 Março, 2004 at 8:33 am

"BLOGOSFERA REGIONAL" (XVII)

Nesta “rápida” viagem pelas regiões, passamos hoje por Leiria e por Lisboa:

Aldeia de Amor (Amor – Leiria)
Mais Alcobaça
Alenquer à letra…
Olissipo (Lisboa).

P. S. – Novos agradecimentos, ao Jumento, A Coluna Vertebral, Galo Verde, O Povo de Bahá e Sesimbra.

[1116]

23 Março, 2004 at 7:25 pm

PAÍSES RICOS / PAÍSES POBRES

Ainda em “período de reflexão” (Recebido via mail):

“A diferença entre países pobres e ricos não é a idade do país. Veja o caso de países como o Egipto e a Índia, que têm mais de 2000 anos e são pobres… e a Austrália, o Canadá e a Nova Zelândia, que há 150 anos quase não existiam e hoje são países desenvolvidos e ricos.

A diferença entre países pobres e ricos não reside nos recursos naturais disponíveis. O Japão é a segunda economia do Mundo, com 80 % do território montanhoso e impróprio para a agricultura e a criação de gado. No entanto, o país é uma imensa fábrica flutuante, importando matérias-primas de todo o Mundo e exportando produtos manufacturados.

A Suíça, apesar do seu pequeno território, cria animais e cultiva o solo durante apenas quatro meses no ano. Fabrica lacticínios da melhor qualidade e produz o melhor chocolate do Mundo, importando cacau de África. Pequeno país, tem uma imagem de segurança, ordem e trabalho, o que o transformou na caixa forte do Mundo.

Os executivos de países ricos em comparação com os seus pares dos países pobres, mostram que não há diferença intelectual significativa.

A raça ou a cor da pele também não são importantes. Imigrantes rotulados de preguiçosos nos seus países de origem, são a força produtiva dos países europeus ricos.

Então, qual é a diferença? A diferença é a atitude das pessoas, moldada ao longo dos anos pela educação e pela cultura. Nos países ricos e desenvolvidos, a grande maioria das pessoas segue os seguintes princípios de vida:

1. A ética, como princípio básico
2. A integridade
3. A responsabilidade
4. O respeito pelas leis
5. O respeito pelo direito dos demais cidadãos
6. O amor ao trabalho
7. O esforço pela poupança e pelo investimento
8. A disciplina
9. A pontualidade.”

[1115]

23 Março, 2004 at 6:10 pm 3 comentários

"CULTIVAR O BLOGUE"

Para reflexão dos “blogólicos”, aqui deixo um excelente texto publicado no Ruminações Digitais (com a “devida vénia”):

“Fora aqueles que o fazem por motivos premeditados, manter um blog é uma actividade que oscila entre o prazer de um passatempo e a paciência de um cultivo.

Torna-se comum encontrarmo-nos a pensar num tema, a ler uma ideia ou a trabalhar uma frase para estas notas acumuladas semanalmente. Pára-se o resto para escrever as fugidias palavras que receamos perder, finge-se atenção enquanto se lapida mentalmente o post de amanhã. Outras vezes, simplesmente, falta o motivo para continuar.

Porque terminam metade dos blogs ao fim de um semestre?

Não sei, mas talvez seja consequência da tensão entre o acto narcísico de expor aquilo que achamos interessante, estético (e que nos espelha para os outros) e a autocrítica sobre essa exposição.

Uma prolonga (por vezes penosamente) o esforço enquanto outra questiona a validade do mesmo. Quando não há tensão ou o blog termina ou prossegue soterrando aquilo que merece a pena ser visto, lido, relembrado.

Neste aspecto suponho ser semelhante ao ser-se escritor, que como alguém disse não é por aprender palavras novas que estes se fazem, é por haver coisas a dizer.”

A quem, de entre os “bloguistas” mais activos, não “passou já pela mente”, num ou noutro momento, a “ideia” de acabar com o “blogue”?…

P. S. A partir de hoje, no Tomar, pode conhecer o inventário do património arquitectónico do concelho de Tomar.

[1114]

23 Março, 2004 at 12:38 pm

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (VII)

“Em 711, um exército formado principalmente por soldados berberes atravessou o estreito de Gibraltar e iniciou a conquista da Península.

Ao contrário do que sucede em relação aos Romanos, aos Suevos, aos Visigodos, não é possível fixar num determinado número de anos, ou mesmo de séculos, a duração do domínio muçulmano na Península, porque essa duração variou muito de região para região. Nunca se chegou a exercer nas terras mais setentrionais; todo o país ao norte do Ebro estava de novo sob o domínio cristão em 809. O Porto e Braga foram reconquistados cerca de 868. Coimbra voltou definitivamente à posse cristã em 1064 e Lisboa em 1147. Em Sevilha, Córdoba e Faro, os Mouros estiveram cerca de seis séculos (até aos meados do século XIII); de Granada só foram expulsos nos fins do século XV: a presença moura atinge perto de oito séculos.

Os seus vocábulos são especialmente numerosos para designar vegetais, e em especial produtos hortícolas: alfarroba, alface, alfazema, laranja, limão, açafrão, acelga, cenoura, cherivia. Alfobre, estragão, albarrã, maçaroca, azeitona e azeite, etc. São também muitos os termos relacionados com o aproveitamento da água para as regas: alvanel, albufeira, Alverca, almargem, almácega, algeroz, alcatruz, nora, chafariz, azenha.

Esta importação vocabular sugere uma certa renovação da economia e da técnica, que tinha decaído muito desde a época romana.”

“História concisa de Portugal”, José Hermano Saraiva

[1113]

23 Março, 2004 at 8:15 am

AHMED YASSIN

“O primeiro-ministro, Durão Barroso, lamentou hoje a «espiral de violência» no Médio Oriente acentuada com a morte do líder espiritual do Hamas, xeque Ahmed Yassin, durante uma operação militar israelita na Faixa de Gaza.

«Trata-se de uma espiral de violência terrível que a todos preocupa, e que não resolve o conflito» no Médio Oriente, declarou Durão Barroso…

O líder espiritual do Hamas foi morto hoje no decorrer de uma operação militar israelita na Faixa de Gaza, situação que já levou o movimento radical palestiniano a ameaçar provocar um “tremor de terra” em Israel.

Aos jornalistas, Durão Barroso recordou que o Governo tem vindo a «condenar todo o tipo de violência», independentemente desta ter origem na Palestina ou em Israel.”

(via Público)

Violência atrai mais violência. É imperioso que alguém quebre a espiral. Parece-me que não são necessários comentários adicionais…

[1112]

22 Março, 2004 at 7:30 pm

"BLOGOSFERA REGIONAL" (XVI)

Conhecemos hoje alguns “blogues” de Coimbra:

Infofigueira (Figueira da Foz)
Poiares on Line
Queermondego
Recordações.

P. S. Hoje no Tomar, pode conhecer também a “história” de um dos meus grupos preferidos, os Quinta do Bill.

[1111]

22 Março, 2004 at 4:35 pm

PORTUGAL – NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO (VI)

“Em 416 chegaram à Península os Visigodos, um povo de origem germânica já meio romanizado.

A dominação dos Visigodos durou cerca de três séculos, mas os vestígios que hoje podemos encontrar da sua passagem pelo nosso país são raros.

Não trouxeram consigo novas formas de organização ou novas técnicas de trabalho: limitaram-se a instalar-se nos quadros sociais e económicos implantados pelos Romanos, que exploraram em seu proveito.

Os elementos fundamentais da organização da sociedade que estava instalada na Península nos inícios do século VIII eram pois: um clero rico e politicamente poderoso; uma nobreza proprietária e militar; um povo governado pela Igreja. Esses elementos contêm já o essencial da sociedade portuguesa durante o período medieval. A invasão muçulmana irá, temporariamente, desorganizar o quadro, mas ele voltará a reconstituir-se, passado o domínio mouro, com algumas modificações.”

“História concisa de Portugal”, José Hermano Saraiva

[1110]

22 Março, 2004 at 12:35 pm

KENENISA BEKELE

Possivelmente este nome não dirá “nada” à generalidade das pessoas; e, no entanto, tal situação não é “coerente” com a categoria e a classe deste jovem etíope.

Aos 21 anos (com três de carreira), é já 7 vezes Campeão Mundial! Triplo Campeão Mundial de Cross curto (em 2002, 2003 e 2004); triplo Campeão Mundial de Cross longo (nos mesmos anos); Campeão Mundial de 10 000 metros em pista (em 2003).

No cross ou na pista, Kenenisa parece ser absolutamente imbatível, perfilando-se potencialmente como um dos maiores campeões de todos os tempos.

As proezas que vem alcançando (consolidadas neste fim-de-semana com mais um duplo triunfo nos Campeonatos do Mundo de Cross – pela terceira vez consecutiva) – ou seja, Bekele venceu todas as provas que disputou na sua carreira! – fazem dele um caso ímpar, que a sua juventude apenas deverá permitir consolidar.

Nunca antes alguém conseguira, simultaneamente, vencer a prova curta e a prova longa; este campeão fê-lo por três vezes (sempre que competiu…). É uma proeza tão extraordinária quanto significa que, não só o atleta tem uma velocidade terminal que lhe permite competir (vencer) os adversários especializados em distâncias mais curtas, mas também apresenta uma resistência na prova de fundo que lhe dá sistematicamente a vitória. Um FENÓMENO!

[1109]

22 Março, 2004 at 8:38 am 1 comentário

“BLOGOSFERA REGIONAL” (XV)

Hoje, em visita a Castelo Branco e Guarda:

O Albicastrense
Nabo da Beira (Celorico da Beira)
João Tilly (Seia)
Seia.

[1108]

21 Março, 2004 at 12:50 pm

Older Posts Newer Posts


Autor – Contacto

Destaques


Literatura de Viagens e os Descobrimentos Tomar - História e Actualidade
União de Tomar - Recolha de dados históricosSporting de Tomar - Recolha de dados históricos

Calendário

Arquivos

Pulsar dos Diários Virtuais

O Pulsar dos Diários Virtuais em Portugal

O que é a memória?

Memória - TagCloud

Jogos Olímpicos

Categorias

Notas importantes

1. Este “blogue" tem por objectivo prioritário a divulgação do que de melhor vai acontecendo em Portugal e no mundo, compreendendo nomeadamente a apresentação de algumas imagens, textos, compilações / resumos com origem ou preparados com base em diversas fontes, em particular páginas na Internet e motores de busca, publicações literárias ou de órgãos de comunicação social, que nem sempre será viável citar ou referenciar.

Convicto da compreensão da inexistência de intenção de prejudicar terceiros, não obstante, agradeço antecipadamente a qualquer entidade que se sinta lesada pela apresentação de algum conteúdo o favor de me contactar via e-mail (ver no topo desta coluna), na sequência do que procederei à sua imediata remoção.

2. Os comentários expressos neste "blogue" vinculam exclusivamente os seus autores, não reflectindo necessariamente a opinião nem a concordância face aos mesmos do autor deste "blogue", pelo que publicamente aqui declino qualquer responsabilidade sobre o respectivo conteúdo.

Reservo-me também o direito de eliminar comentários que possa considerar difamatórios, ofensivos, caluniosos ou prejudiciais a terceiros; textos de carácter promocional poderão ser também excluídos.