MONARQUIAS EUROPEIAS (III)
Carlos II, último rei Habsburgo espanhol, não dispondo de herdeiros, designou como sucessor o neto da sua irmã Maria Teresa de Áustria e do Rei de França Luís XIV, que viria, em 1700, a ser o primeiro Bourbon de Espanha, reinando sob o nome de Filipe V.
Ao longo de três séculos de reinado, várias vezes os Bourbon tiveram de ceder o comando do país: em 1808, Napoleão impôs o seu irmão José; em 1868, a revolta popular obrigaria a Rainha Isabel II a fugir para França; seria substituída por Amédée de Sabóia, que renunciaria também em 1873, altura em que o Parlamento proclamou a República; logo no ano seguinte, retomariam o trono, com Afonso XII; por fim, em 1931, com a proclamação da II República, seriam necessários mais 44 anos, até ao regresso à monarquia, com Juan Carlos, designado por Franco em 1969, na sequência de um acordo estabelecido com o seu pai, D. Juan (Conde de Barcelona).
Juan Carlos nasceu no exílio, em Roma, em 1938, tendo vivido na sua juventude em Portugal, no Estoril. Apenas seria permitida a sua entrada em Espanha em 1948.
Seria proclamado Rei em 1975, dois dias depois da morte de Franco. Como marca particular do seu reinado, fica a posição firme que manteve contra a tentativa de golpe de Estado de 23 de Fevereiro de 1981, que procurava reinstalar a doutrina fascista.
Juan Carlos casou em 1962 com a princesa Sofia da Grécia, filha do Rei Paulo I, a qual viveu também no exílio, durante a II Guerra Mundial, no Egipto e na África do Sul, tendo ainda estudado na Alemanha. Tiveram três filhos: as Infantas Helena e Cristina e o príncipe Filipe.
A monarquia espanhola é uma monarquia parlamentar. Nos termos constitucionais, a prioridade é dada ao filho (varão) mais velho.
Filipe, nascido a 1968, é portanto o herdeiro da coroa; recebeu uma formação militar, tendo estudado também direito e relações internacionais. Tem casamento marcado para 22 de Maio, com a antiga jornalista de televisão Letizia Ortiz.
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