"A ARTE DE TER SEMPRE RAZÃO" – SCHOPENHAUER (II)
16 Março, 2004 at 8:15 am 1 comentário
Qual o ponto essencial de qualquer controvérsia? O que se passa efectivamente?
O oponente (ou nós próprios) apresenta uma tese.
Para a refutar, há duas formas e dois métodos possíveis:
A – No que respeita às formas – procuramos demonstrar que
(i) a tese, simplesmente, não corresponde à natureza das coisas (“à verdade”) ou
(ii) que contraria outras afirmações proferidas pelo oponente.
B – Relativamente aos métodos – podemos ter
(i) refutação directa (ataque do fundamento da tese, demonstrando que ela não é verdadeira – mostrando que os fundamentos são falsos; ou, embora admitindo os fundamentos, demonstrando que a afirmação efectuada não pode deles decorrer) ou
(ii) refutação indirecta (por via das suas consequências, demonstrando que não pode portanto ser verdadeira – ou admitindo a “verdade” da tese e demonstrando o que dela resultaria num contexto que contrarie a “natureza das coisas”; ou, através de exemplos de casos concretos, demonstrar que terá de ser necessariamente falsa).
E o autor passa então, de seguida, à enumeração de um vasto conjunto de “Estratagemas” (38) a adoptar, visando a “arte de ter sempre razão”.
P. S. Completa-se hoje um ano sobre a “infeliz” Cimeira dos Açores. A questão do Iraque continua por resolver e não há sequer uma perspectiva de resolução de curto prazo…
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1.
vmar | 17 Março, 2004 às 9:51 pm
Estou a gostar.