Archive for 26 Julho, 2006
PROTOCOLO DE QUIOTO (III)
Com base no argumento de que estes compromissos implicariam sérias repercussões negativas a nível económico, os EUA – responsáveis por cerca de ¼ das emissões de gases que se pretende reduzir – recusaram ratificar este Protocolo, abandonando as negociações em 2001; não obstante apoiarem a redução da emissão de gases, os EUA propõem-se fazê-lo voluntariamente e “sem compromisso”, por via de novas tecnologias. Posição similar foi adoptada por outro dos principais países “poluidores” da atmosfera (com uma importante indústria de carvão), a Austrália.
A Rússia, responsável por cerca de 17 % das emissões poluentes a nível mundial, ratificaria o Tratado em 18 de Novembro de 2004, permitindo assim atingir o mínimo de 55 % para que fosse adoptado internacionalmente (tendo a outra das condições – a da sua ratificação por pelo menos 55 países – sido já alcançada em 2002).
Por seu lado, os Estados-Membros da União Europeia (responsáveis por emissões de dióxido de carbono correspondentes a cerca de 24 % do total mundial) – impondo a si próprios metas ainda mais ambiciosas (com base na Decisão 2002/358/CE, de 25 de Abril de 2002) – deverão reduzir, em conjunto, as suas emissões de gases com efeito de estufa em 8 % entre 2008 e 2012. A União Europeia ratificou o Protocolo de Quioto em 31 de Maio de 2002.