Archive for Fevereiro, 2005
ELEIÇÕES ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA – 1991
PPD/PSD – 2.902.351 (50,60%) – 135 deputados
PS – 1.670.758 (29,13%) – 72 deputados
PCP/PEV – 504.583 (8,80%) – 17 deputados
CDS – 254.317 (4,43%) – 5 deputados
PSN – 96.096 (1,68%) – 1 deputado
PSR – 64.159 (1,12%)
PCTP/MRPP – 48.542 (0,85%)
PRD – 35.077 (0,61%)
PPM – 25.216 (0,44%)
PDA – 10.842 (0,19%)
FER – 6.661 (0,12%)
UDP – 6.157 (0,11%)
Inscritos – 8.462.357
Votantes – 5.735.431 – 67,78%
Abstenções – 2.726.926 – 32,22%
Fonte: CNE
[2038]
"PRÉMIOS LUMIÈRE"
Foram recentemente anunciados os vencedores dos “Prémios Lumière”, da “Academia de Blogs de Cinema“:
MELHOR FILME – “Eternal Sunshine of the Spotless Mind”
MELHOR REALIZADOR – Quentin Tarantino
MELHOR ACTOR – Bill Murray
MELHOR ACTRIZ – Kate Winslet
MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO – Benicio del Toro
MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA – Darryl Hannah
ACTOR REVELAÇÃO – Freddie Highmore
ACTRIZ REVELAÇÃO – Bryce Dallas Howard
MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL – “Eternal Sunshine of the Spotless Mind”
MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO – “Finding Neverland”
MELHOR DOCUMENTÁRIO – “Fahrenheit 9/11”
MELHOR FILME ANIMADO – “The Incredibles”
MELHOR BANDA SONORA – “Lost in Translation”
MELHOR TEMA – Everybody´s Gotta Learn Sometimes – Beck
MELHOR MONTAGEM – “Kill Bill: Vol. 2”
MELHOR DIRECÇÃO ARTISTICA – “Phantom of the Opera”
MELHOR CINEMATOGRAFIA – “The Village”
MELHOR MAQUILHAGEM – “Monster”
MELHOR GUARDA ROUPA – “Phantom of the Opera”
MELHOR EFEITOS VISUAIS – “The Day After Tomorrow”
MELHOR EFEITOS SONOROS – “I, Robot”
MELHOR SOM – “Kill Bill: Vol. 2”
MELHOR FILME EM PORTUGUES – “Carandiru”
MELHOR REALIZADOR EM PORTUGUÊS – Hector Babenco
MELHOR ACTOR EM PORTUGUES – Rodrigo Santoro
MELHOR ACTRIZ EM PORTUGUÊS – Beatriz Batarda
PREMIO ESPECIAL ABCINE – Marlon Brando
(via Cineblog)
[2037]
O DEBATE
Num debate que – sejamos honestos – uma parte significativa dos portugueses não dispõe da preparação necessária para descodificar, não ficaram cabalmente esclarecidas muitas medidas concretas de governação, não tendo sido avançada qualquer novidade.
Em termos eleitorais, o fundamental neste debate era a de transmitir uma imagem de confiança aos e para os portugueses.
José Sócrates, sempre mais rigoroso e sólido, começou, não obstante, com uma imagem muita tensa (demasiado hirto, com um rosto fechado).
A questão de abertura também não ajudou a distender o ambiente: “Porque é que a campanha se tem centrado nos rumores sobre a vida privada?”.
Sócrates, com “a lição bem estudada”, iniciou o debate num estilo coloquial, transferindo a responsabilidade da campanha para o oponente, procurando colocar a tónica na mudança (em oposição à continuidade das políticas do governo), com um discurso apelando ao abandono do pessimismo.
Pedro Santana Lopes parece, logo de entrada, mais à vontade em termos de relação com as câmeras, referindo que a sua vida privada sempre foi amplamente escrutinada.
Sócrates passa então ao ataque, afirmando que Santana procurou fazer jogar contra si os boatos: “É uma página negra do PSD!”. Santana insiste, de forma repetitiva, que a sua vida privada é falada há 20 anos e que sempre lidou bem com isso.
Sócrates replica forte: “O que o Dr. Santana Lopes disse foi de mau gosto, ao referir boatos mentirosos”; fala mesmo em “campanha negra, de ataque pessoal, cobarde, dissimulado sob a “capa” da JSD; “esta campanha é uma campanha negativa” e “é uma campanha indigna”.
No termo dos primeiros 20 minutos, nada de efectivamente relevante havia sido debatido; o debate, acompanhando a campanha, estava também a ser um “debate pela negativa”.
Passando às questões económicas, Sócrates começa por referir que a baixa do IRS foi uma irresponsabilidade; mas, que não se devem aumentar os impostos; o caminho passa pelo crescimento da economia, pela confiança que induza o investimento. Aponta que é necessário ir mais além na lei do sigilo bancário.
Santana Lopes também refere não pretender aumentar os impostos e deixa uma “promessa” de que talvez seja possível reduzi-los próximo do final da legislatura.
Sócrates coloca a ênfase no combate à pobreza, com prioridade para a pobreza dos idosos. Santana defende-se, dizendo que o caminho para a convergência das pensões com o salário mínimo é uma política que já está em curso.
Sócrates diz que a Função Pública não pode continuar sem aumentos. Para controlar o peso da Administração Fiscal, por cada duas pessoas que se reformarem, apenas deverá ser admitido um novo funcionário público.
Santana Lopes refere que é necessário aumentar a produtividade; apenas pela via do aumento do PIB será possível reduzir o peso do custo da Administração Pública; afirma que será também possível economizar nos custos, por exemplo, através de outsourcing. “É necessário formar e requalificar os trabalhadores”.
Passando à questão das reformas, Santana Lopes diz garantir um princípio elementar: “não tocar nos direitos adquiridos”; sem esquecer que é necessário garantir a sustentabilidade da Segurança Social. Mas concede que a idade de reforma terá de ser elevada dos 65 para os 68 anos.
Sócrates não nega o problema da manutenção da sustentabilidade da Segurança Social, mas diz que é necessário actualizar os estudos que foram feitos. Não podem ser estimuladas as reformas antecipadas; é necessário integrar os idosos na vida activa, prolongando a sua carreira profissional.
De seguida, vê-se obrigado a esclarecer que criar 150 000 empregos não é uma promessa mas um objectivo político, que é possível e que está ao seu alcance. “O emprego tem de regressar ao topo das prioridades políticas do governo”.
Perante a réplica de Santana Lopes, de que isso não seria então mérito do governo, mas sim do sector privado, Sócrates reafirma que o Estado tem de dar uma contribuição, através de políticas que fomentem o crescimento económico e a qualificação profissional dos portugueses. A aposta terá de passar pelo incentivo aos estágios profissionalizados.
As questões finais do debate, para cada um dos candidatos, revelam um enviesamento (“O que será, para o PS, considerado uma derrota eleitoral?” – “ter menos votos que o conjunto do PSD e CDS” – para Sócrates (que reafirma o objectivo da maioria absoluta); “Qual o limiar mínimo de votação para que se possa manter na política – para Santana Lopes), indiciador do que acaba por transparecer também do debate: que Sócrates fala como governante, enquanto que Santana Lopes se procurou essencialmente defender.
Sócrates acabou por revelar-se mais agressivo, insistindo em três palavras-chave: Mudança / Confiança / Estabilidade, dirigindo-se ao tradicional eleitorado PSD, mas também à esquerda (falando do problema do desemprego), aos reformados (ocupando o “nicho” que o CDS tem procurado “abraçar”) e aos jovens; sem contudo ser capaz de escapar à imagem de que tinha um discurso estudado, sem grande imaginação; na intervenção final, procurou reafirmar as suas grandes linhas de orientação, reforçando a ideia da mudança face à política de incompetência do governo.
Santana Lopes concluiria o debate, defendendo que as políticas que o seu governo iniciara são as boas políticas, necessitando de prosseguir essa linha de rumo, com mais tempo. Contra-ataca com a referência ao regresso ao “Guterrismo”, sem Guterres.
Passada a fase inicial de tensão, o debate distendeu-se, passando-se a uma fase de apresentação dos programas de governo, por vezes em linguagem demasiada hermética ou cifrada, não contribuindo o modelo de debate para o esclarecimento objectivo das questões.
O modelo de debate, permitindo ganhar em clareza – ao reduzir o “ruído” das vozes sobrepostas – tem o contra de retirar vivacidade, não havendo “confronto directo” de posições; as respostas “contra-relógio” provocam sempre um condicionamento, retirando espontaneidade e não permitindo o contraditório mesmo por parte dos “entrevistadores”.
P. S. Pacheco Pereira procedeu, no Abrupto, a um acompanhamento “em tempo real” do debate, a reler.
P. P. S. O texto integral (transcrição do debate) pode ser visto aqui.
[2036]
ADRIANO CERQUEIRA
No limite, é também um pouco da nossa “existência” que parte, junto com Adriano Cerqueira, uma figura que nos acompanhou (em 35 anos anos de carreira televisiva), no nosso crescimento, desde a infância.
Para além de tudo o que o Adriano Sequeira realizou ao longo da vida (lembro também a sua forte ligação ao mundo automóvel e ao Benfica), a memória que neste momento recordo é a do início das transmissões televisivas de Fórmula 1 em Portugal (era eu “miúdo, de calções”) e dos seus comentários que nos faziam vibrar e sonhar; esta é uma memória do Adriano que permanecerá bem viva.
[2035]
ALMADA NEGREIROS (I)
José Sobral de Almada Negreiros nasceu em S. Tomé e Príncipe em 7 de Abril de 1893, filho do administrador do concelho de S. Tomé.
Estudou no Colégio dos Jesuítas de Campolide e, posteriormente (em 1910), no Liceu de Coimbra, tendo, a partir de 1811, frequentado a Escola Internacional de Lisboa.
Em 1913, apresentou a sua primeira exposição individual, mostrando cerca de 90 desenhos. Nesta mesma época, conheceu Fernando Pessoa.
Colaborava já então como ilustrador de diversas publicações; em 1914, seria director artístico do semanário monárquico “Papagaio Real”.
Em 1915, escreveu a novela “A Engomadeira”, que publicaria em 1917, numa aproximação ao surrealismo. Colabora também na Revista “Orpheu”, realizando ainda, no mesmo ano, o bailado “O Sonho da Rosa”. Também em 1915, escreveria, a propósito da peça de Júlio Dantas (“Soror Mariana”) o “Manifesto Anti-Dantas”, uma crítica dirigida contra o escritor então dominante na literatura “conservadora” em Portugal, em relação ao qual Almada aplica a sua violenta ironia.
De seguida, publicaria o Manifesto da exposição de Amadeo de Souza Cardoso, denominado “Primeira Descoberta de Portugal na Europa no Século XX”, assim como a novela “K4 O Quadrado Azul”.
Em 1919, com o termo da I Guerra Mundial, partiu para Paris, onde publicou, em 1922, “Histoire du Portugal par coeur”.
[2034]
TIAGO MONTEIRO NA F1
Depois de Mário “Nicha” Cabral (no início dos anos 60), Pedro Matos Chaves (1991) e Pedro Lamy (1993-1996), Portugal volta a ter um piloto no “grande circo” da Fórmula 1!
Tiago Monteiro – considerado um dos melhores pilotos da actualidade, com uma carreira que já passou pelo GT (campeão em França), Fórmula 3 (campeão em Inglaterra), Fórmula 3000, Indy Car e World Series by Nissan (vice-campeão), e após ter sido piloto de testes da Minardi na época passada – competirá na próxima temporada (a iniciar a 6 de Março, com o Grande Prémio da Austrália), ao serviço da escuderia Midland-Jordan.
[2033]
ELEIÇÕES ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA – 1991
A 6 de Outubro de 1991 (precisamente 6 anos depois da primeira vitória de Cavaco Silva), os portugueses revalidavam a sua confiança no líder do governo, numa previsível linha de continuidade, ao mesmo tempo que o PS continuava a sua lenta recuperação, à custa da queda sistemática (e agora mais acentuada) do PCP.
A composição da Assembleia da República fora reduzida de 250 para 230 deputados, o que justifica que o PPD/PSD, reforçando a sua maioria, novamente (e, mais uma vez, com relativa surpresa) acima dos 50 % (aumentando mesmo de 50,2 % para 50,6 % a sua votação), baixasse ligeiramente o número de eleitos, de 148 para 135, ainda assim com uma muito confortável maioria absoluta parlamentar (de uma superioridade de 46 deputados sobre o conjunto total da oposição, continuava a dispor de uma vantagem de 40 eleitos).
Ficava, mais uma vez, bem evidente, o valor acrescentado que a figura de Cavaco Silva proporcionava ao seu partido (estimado em cerca de 15 %!), em eleições cada vez mais personalizadas e, definitivamente, convertidas na escolha de um Primeiro-Ministro, como ficara claramente patenteado na campanha eleitoral, praticamente centrada em exclusivo na pessoa de Cavaco.
O PS, agora liderado por Jorge Sampaio, subindo de 22 % para uns 29 %, já mais condizentes com as suas votações tradicionais, passava de 60 para 72 deputados… mantendo contudo uma distância demasiado significativa para o seu principal oponente, não obstante a tendência cada vez mais definida de bipartidarismo da vida política nacional.
A CDU – PCP/PEV, agora dirigida por Carlos Carvalhas, num contexto muito difícil, afectado pelo colapso comunista a nível internacional, registava a sua mais significativa quebra de sempre, numa “continuada agonia” do seu eleitorado, pela primeira vez abaixo dos 10 % (apenas 8,8 % dos votos), começando a aproximar-se do estatuto de “pequeno partido”, conservando apenas 17 dos 31 deputados de que dispunha.
O CDS, não obstante a liderança de Freitas do Amaral, mantinha praticamente inalterada a sua votação de quatro anos antes (4,4 %), conquistando mais um lugar na Assembleia da República, formando um grupo parlamentar de 5 deputados.
O PRD, com uma votação residual (0,6 %), deixava de ter representação parlamentar.
No meio do “furacão” Cavaco, havia ainda espaço para a afirmação de mais uma peculiaridade da democracia portuguesa: o recém-formado PSN – Partido da Solidariedade Nacional, assumindo-se como o “partido dos reformados”, não obstante a sua ideologia vaga ou mesmo indefinida (tendo por lema a enigmática expressão de partido “pós-moderno”), conseguiria fazer eleger o seu líder, Manuel Sérgio, conquistando uma votação nacional de 1,7 %.
Ainda sem qualquer eleito (Francisco Louçã ficou a escassas centenas de votos da eleição em Lisboa), o PSR (com um total nacional de 1,1 %) começava a despontar na cena política.
[2032]
St. KITTS E NEVIS
A federação de St. Kitts e Nevis (ou S. Cristóvão e Nevis) localiza-se nas Pequenas Antilhas, a leste da República Dominicana.
Trata-se de duas ilhas, de origem vulcânica, de solos férteis, onde se cultiva a cana-de-açúcar. O turismo começa a ganhar importância, em particular na ilha de Nevis.
As ilhas foram avistadas, em 1493, por Colombo, que chamou à mais pequena Nuestra Señora de las Nieves, devido ao seu cone vulcânico coberto de nuvens, a fazer lembrar um pico coberto de neve. A maior ilha (St. Kitts) foi baptizada como São Cristóvão, em honra do santo patrono do próprio Colombo, e também patrono dos viajantes.
A maior ilha, St. Kitts, tem a forma de um girino, com a capital, Bassetere, na costa sudeste, perto da cauda. Está separada de Nevis por um canal de 3 km (The Narrows). O território tem uma superfície de 260 km2, dispondo de cerca de 45 000 habitantes.
Em 1623, St. Kitts foi a primeira ilha das Caraíbas a ser colonizada pelos ingleses. Em 1626, ingleses e franceses provocaram um massacre da população indígena. A sua localização estratégica e importância da indústria açucareira fizeram com que fosse disputado entre franceses e ingleses até 1783, altura em que passou a ser colónia britânica. Viria a tornar-se independente em 1985.
E assim, com o “padroeiro” dos viajantes, termina esta “viagem” de alguns dias pelas ilhas das Caraíbas – uma região de rara beleza a nível mundial -, conhecendo um pouco de um conjunto de países, muitos deles “perfeitos desconhecidos”.
[2031]
ELEIÇÕES ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA – 1987
As eleições de Julho de 1987 vinham limitar decisivamente a importância política de três dos cinco maiores partidos portugueses, confiando a um deles amplos poderes de governo, enquanto o outro se via submetido a uma longa “travessia do deserto”, num papel de oposição claramente minoritária.
Curiosamente, em simultâneo com a eleição legislativa, realizaram-se também as eleições para o Parlamento Europeu, e com resultados substancialmente divergentes!
Efectivamente, num contexto diferente, os maiores partidos, apresentando como cabeças de lista, Pedro Santana Lopes (PSD), Maria de Lurdes Pintasilgo (PS), Ângelo Veloso (CDU), Francisco Lucas Pires (CDS) e Medeiros Ferreira (PRD), registariam mesmo uma ordenação diferente em termos de votação: o PSD alcançaria apenas 37,5 % dos votos (10 euro-deputados), contra 22,5 % do PS (6 eleitos), com Lucas Pires a conquistar 15,4 % (4 deputados), a CDU com 11,5 % (3 eleitos) e o PRD, com 4,4 % (apenas elegendo o seu cabeça de lista). O PPM, apresentando Miguel Esteves Cardoso como cabeça de lista alcançaria uma votação relativamente expressiva (cerca de 160 000 votos, correspondendo a 2,8 % – ainda assim distante da eleição (a mais de 50 000 votos).
Em pouco mais de dois anos, Eanes e Soares viam os seus papéis e perspectivas políticas completamente invertidos: em 1985, o então Presidente Eanes fazia o seu partido aparecer fulgurantemente na cena política, enquanto Soares parecia ter a sua carreira política num “beco sem saída”; agora, era Soares o Presidente, enquanto a carreira política de Eanes parecia abruptamente terminada.
O segundo governo de Cavaco Silva (primeiro em maioria) beneficiaria de uma conjuntura bastante favorável, nomeadamente na sequência da adesão de Portugal à CEE, desde 1986, com os fundos comunitários a permitirem uma política de significativas reformas estruturais, em particular em infra-estruturas como as rodoviárias, culminando com a grande “obra do regime”, o Centro Cultural de Belém.
Os seus principais oponentes, à esquerda e à direita, viam-se obrigados a procurar novas lideranças, com o PS a recorrer a Jorge Sampaio, o PCP a designar Carlos Carvalhas como “delfim” de Cunhal, e o CDS a recuperar o seu líder histórico, Freitas do Amaral.
Não obstante, Cavaco Silva aprestava-se, em 1991, a dar continuidade à dinâmica política que conquistara, conseguindo mesmo, mais uma vez, surpreender…
[2030]
SÃO VICENTE E GRENADINAS
As ilhas de St. Vincent & Grenadines situam-se no extremo sul do arco das Pequenas Antilhas, próximo da costa da Venezuela.
As suas águas quentes, no mar das Caraíbas, e as praias, fazem com que seja uma atracção turística, nomeadamente para os que se deslocam em iates e veleiros, em viagens inter-ilhas.
O território abrange a luxuriantemente fértil ilha de St. Vincent e uma centena de ilhotas que formam as Grenadinas, a maior parte delas desabitadas (apenas 8 povoadas).
A impenetrável selva verde do interior montanhoso manteve os europeus afastados durante anos, proporcionando refúgio aos bandos guerrilheiros de índios, assim como aos escravos fugitivos. Depois do final das Guerras Caribes, em 1797, os ingleses tomaram finalmente o controlo sobre as ilhas, administradas pelo Reino Unido até 1979, data em que o país alcançou a independência.
A capital situa-se em Kingstown. O território tem um total de 390 km2, com uma população de cerca de 110 000 habitantes.
Tem um vulcão (La Soufrière), com 1234 metros de altitude e ainda activo.
A actividade principal é a agricultura, nomeadamente a cana-de-açúcar, algodão, araruta e banana.
[2029]



