MODERNISMO (II)
No primeiro número da revista Orpheu, surgiam críticas violentas, nomeadamente nos poemas “Ode Triunfal”, de Álvaro de Campos e “Manucure”, de Mário de Sá-Carneiro.
Paradoxalmente, a revista esgotou por via de um “sucesso negativo”: quem comprava a revista, lançava de imediato a sua ira contra os autores.
Apenas teria um segundo e último número, em Julho de 1915, mais orientada para o Futurismo, não chegando a ser editado o terceiro número, na sequência do suicídio de Mário de Sá-Carneiro.
Não obstante, a ela se sucederiam diversas publicações, embora também com vida efémera, de que se destacam: “Centauro” (1916), “Exílio” (1916), “Ícaro” (1917) e “Portugal Futurista” (1917).
Após o primeiro período, do “Orphismo”, numa segunda fase, surgiria a revista “Presença”, lançada em Marco de 1927, fundada por Branquinho da Fonseca (que viria a ser substituído, em 1930, por Adolfo Casais Monteiro), vindo a ter nomeadamente como colaboradores Miguel Torga, José Régio, Adolfo Rocha, João Gaspar Simões e Irene Lisboa, iniciando-se um período designado pelo “Presencismo”.
Defendiam uma análise interior e introspecção, colocando ênfase no individualismo e esteticismo.
Através da “Presença”, seriam divulgadas as principais obras e escritores europeus da primeira metade do século XX.
Com o termo da actividade deste grupo, em 1940, encerrava-se o “Modernismo” em Portugal.
Seguir-se-iam mais tarde as fases do Neo-realismo (em que os escritores da época apresentavam uma literatura de carácter social, aproximada à dos autores do Realismo) e Surrealismo (influenciadas pelas teorias de André Breton).
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