MODERNISMO (I)
No início do século XX, começaram a surgir revistas culturais, principal fonte de divulgação da arte; em 1910, era lançada a revista “Águia”, dirigida por Teixeira de Pascoaes, tendo por objectivo a exaltação da Pátria, por via do saudosismo, ressurgindo então o mito do “Sebastianismo”. Seria ainda uma fase de “Pré-Modernismo”.
O “Modernismo” teria o seu início em Portugal por volta de 1915 com o lançamento, em Abril desse ano, da revista “Orpheu”, por um grupo de escritores e artistas plásticos, compreendendo nomeadamente Almada Negreiros, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Raul Leal e Luís de Montalvor.
Este grupo era influenciado pelo “Futurismo” de Marinetti, assim como pelo existencialismo de Heidegger, que defendia o determinismo individual acima da determinação social, tendo como objectivo principal exaltar a modernidade e colocar Portugal “a par da Europa”.
Iniciava-se então em Portugal (desde Outubro de 1910) o período republicano, marcado por graves crises, que levou à criação de duas correntes opostas: a nacionalista (favorável ao governo) e a integralista (defendendo as ideias do nazi-fascismo então emergente na Europa).
A par de um período “revolucionário” de golpes e contra-golpes de Estado, nos primeiros anos da República, o contexto internacional era também muito conturbado, com a I Guerra Mundial (colocando em causa a posse das colónias portuguesas em África, o que obrigou à participação activa de Portugal, com corpos expedicionários em França) e, de seguida, a Revolução Russa de 1917.
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