ERRO DE PREVISÃO
Aqui o tinha escrito na Sexta-feira: no cenário actual, qualquer exercício de previsão estaria inevitavelmente propenso ao erro.
Em relação às estimativas que aqui tinha apresentado, a principal falha foi a da votação do CDS-PP, que havia sobrestimado (10 %, face a uma votação efectiva de 7,3 %).
Depois, relativamente ao PSD, para uma previsão de 30 %, a votação real quedou-se pelos 28,7 %. Desvios que terão sido parcialmente justificados pela redução do nível de abstenção.
Já no que respeita aos partidos de esquerda, quase acertava nas votações do PS (45,0 %, face a uma previsão de 44,5 %) e da CDU (7,6 %, em relação a uma previsão de 7 %). Finalmente, alguma surpresa na expressão do crescimento do peso eleitoral do BE (6,4 %, face a uma previsão de 5,5 %).
A nível de mandatos, o PS (com os actuais 120 eleitos, que poderão ainda subir entre 1 a 3 deputados, na emigração) supera a minha previsão mais optimista (117 eleitos); inversamente, face a uma estimativa mínima de 79 deputados para o PSD, os eleitos são apenas de 72 (podendo ainda subir entre 1 a 3 deputados).
No que respeita à CDU, tinha apontado um intervalo entre 10 a 12, aquém do resultado efectivo (14 eleitos).
O CDS-PP, para o qual tinha estimado um intervalo entre 14 e 20, quedou-se pelos 12 eleitos.
Finalmente, o BE, com os seus 8 eleitos, a situar-se no limite máximo do intervalo que tinha previsto (6 a 8 deputados).
As principais variações a nível distrital face às minhas previsões foram as seguintes:
– Aveiro – PS elegendo um 8º deputado, em detrimento do CDS-PP
– Braga – CDU a conseguir eleger o seu “cabeça-de-lista”
– C. Branco – PS, conquistando o 4º deputado, em desfavor do PSD
– Faro – Tinha uma previsão entre 4 e 5 deputados para o PS, que atingiu os 6, em prejuízo do PSD e do CDS
– Lisboa – CDU a conquistar um deputado (o seu 5º) ao PSD
– Porto – CDU não chegou ao 3º eleito, empatando a 2 com o CDS e BE
– Santarém – PS elegendo o 6º deputado, em detrimento do CDS
– Vila Real – Previsão de 3/2 para o PSD, com o resultado a inverter-se a favor do PS
– Madeira – PS a eleger o 3º deputado, em prejuízo do PSD
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