Archive for Agosto, 2004
…6 DIAS – NOVA ZELÂNDIA

A Nova Zelândia é um país localizado na Oceania, no Sudoeste do Oceano Pacífico – nos antípodas de Portugal –, integrando duas ilhas principais – Ilha do Norte e Ilha do Sul, separadas pelo Estreito de Cook –, para além de diversas pequenas ilhas. Tem uma superfície total de cerca de 277 000 km2, equivalente à dimensão da Itália ou Grã-Bretanha, sendo que nenhum ponto do país dista mais de 180 km do mar.
Trata-se de uma nação independente, membro da Commonwealth, cujo chefe de Estado é a Rainha Isabel II.
Os primeiros colonizadores do território, os Maoris, aportaram nas ilhas cerca de 1100, espalhando-se por toda a Polinésia. Deram-lhes o nome de Aotearoa (Terra da Grande Nuvem Branca). À actual cidade de Auckland chamaram-lhe Tamaki Makau Rau (A Cidade dos Cem Amantes). Ainda hoje representam cerca de 10 % da população.

Em 1644, o navegador holandês Abel Tasman chegou às terras habitadas pelos Maori, dando-lhe o nome de Staten Landt e, posteriormente, de Nieuw Zeeland, encantando-se os europeus com a variedade das paisagens, as praias e montanhas (Alpes da Ilha do Sul, cobertos de neve). Mais de 100 anos depois, em 1769, seria o Capitão Cook a aportar a Waitemata Harbour.
Em 1839, quando o governo britânico decidiu incorporar a Nova Zelândia no Império Britânico, o capitão William Hobson designaria a nova capital como Auckland; contudo, em 1865, a capital seria transferida para Welligton. A Nova Zelândia viria a alcançar a independência em 1931.
Graças ao seu isolamento, o país teve oportunidade de preservar a sua fauna e flora, dispondo de espécies animais raras como o Kiwi – símbolo do país –, uma ave que perdeu as asas ao longo do seu processo evolutivo, dada a ausência de predadores na região.
As principais cidades são: Wellington, Auckland e Christchurch.
Wellington, a capital da Nova Zelândia, apresenta a sofisticação dos grandes centros mundiais, ao mesmo tempo que beneficia de uma bela baía, sendo rodeada por grandes montanhas. A cidade é também a capital cultural do país. A conhecer também o antigo Palácio do Governo, o maior edifício de madeira do Hemisfério Sul e a Catedral de Old St. Paul.

Auckland, a maior cidade do país, com 1,5 milhão de habitantes, localizada entre o mar da Tasmânia e o Oceano Pacífico, é conhecida como a cidade do “melhor de dois mundos”, sendo o seu “ex-libris” os veleiros (mais de 80 000, ancorados nas marinas, cobrindo o mar quando saem. É uma cidade moderna, com o maior edifício do Hemisfério Sul, a Sky Tower, com 328 metros, mas que, ao mesmo tempo, combina influências ocidentais, asiáticas e polinésias. Sendo a metrópole menos densamente povoada do mundo, foi mesmo considerada, em 2000, a 3ª cidade com maior qualidade de vida do mundo.
Christchurch é a maior cidade da Ilha do Sul, sendo conhecida como “A Cidade Jardim”, proporcionando visitas às planícies de Canterbury, assim como observação de baleias em Kairoura, um dos poucos locais do mundo onde é ainda possível fazê-lo, assim como esquiar no Tasmanc Glacier, no Mount Cook.
O Bungee Jump foi inventado na cidade de Queenstown, mas são vários os desportos “radicais” à disposição: mountain bike, jet boating, rafting, esqui, paraquedismo, balonismo…
Há 1 ano no Memória Virtual – Blogues em África
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JOGOS OLÍMPICOS – 1984 – LOS ANGELES

No regresso dos Jogos a Los Angeles (52 anos depois), pela primeira vez (na sua XXIII edição da Era Moderna) foram realizados sem qualquer financiamento oficial do Estado, sendo patrocinados por instituições privadas, tendo a cadeia de televisão ABC pago 325 milhões de dólares pelos direitos de exclusividade.
A Cerimónia de Abertura foi um espectáculo dentro do grande espectáculo, com uma mega-produção “hollywoodesca”.
E continuou o boicote, desta vez dos países do bloco comunista, à excepção da Roménia e com a China a fazer a sua estreia.
Ainda assim, seria estabelecido um novo record de países participantes (140), reunindo um total de 6 829 atletas, disputando 221 provas, entre 28 de Julho e 12 de Agosto.
O herói desta Olimpíada seria Carl Lewis, que, com 4 medalhas de ouro (100m, 200m, estafeta 4 x 100m e salto em comprimento), repetia o feito de Jesse Owens de 48 anos antes.

O remador Pertti Karppinen venceria a prova de individual de “Sculls” pela terceira vez, enquanto que Sebastian Coe se tornava no primeiro atleta de sempre a repetir o título olímpico dos 1 500 metros.
Portugal, com uma comitiva de 39 atletas, conquistaria a sua primeira medalha de ouro da história das Olimpíadas, com Carlos Lopes a sagrar-se Campeão Olímpico da Maratona, numa histórica madrugada, percorrendo os 42,195 km da prova em 02h09m21s, ainda hoje (20 anos decorridos), record olímpico!
Na que seria a melhor participação de sempre de Portugal até hoje, também Rosa Mota e António Leitão, conquistariam medalhas, de bronze, respectivamente nas provas da Maratona feminina (a primeira da história dos Jogos, vencida pela americana Joan Benoît) e dos 5 000 metros.
Na tabela de medalhas, os primeiros países foram os seguintes:
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VAN GOGH (VII)
Em 27 de Julho de 1890, Vincent sai para um passeio e dispara sobre si mesmo no tórax com uma pistola. Consegue cambalear até casa durante a noite, nada dizendo sobre o seu estado. Acaba por ser encontrado ferido no seu alojamento, sendo chamado um médico, que, contudo, não consegue remover a bala.
As últimas horas de Vincent são muito semelhantes aos dois últimos anos da sua vida, variando desde a completa angústia mental até uma aparente satisfação. Depois de tentar o suicídio, Vincent passa o pouco tempo que lhe resta sentado na cama, fumando cachimbo, sempre com Theo a seu lado. Próximo da sua morte, Theo deita-se na cama ao seu lado, amparando-lhe a cabeça nos seus braços. Vincent diz-lhe: “Eu gostaria de morrer assim.”
Génio, autodidacta, marginalizado, sujeito a acessos de loucura, com uma carreira fulgurante, concentrada apenas nos seus últimos 5 anos de vida, Vincent morreria na manhã de 29 Julho, sendo a sua urna coberta com dúzias de girassóis, que ele tanto amara. Nunca se recuperando da morte do irmão, Theo morreria em Janeiro de 1891; repousam lado a lado em Auvers.
Em 1960, foi criada a Fundação Vincent van Gogh, com o objectivo de preservar os trabalhos que pertenciam à família; em 1973, foi inaugurado o Museu de van Gogh, contendo centenas de trabalhos de Vincent, assim como um enorme arquivo contendo cartas e documentos.
Em 1990, no centenário da sua morte, o Museu van Gogh apresenta uma exposição retrospectiva com mais de 120 pinturas. Vincent van Gogh, que apenas vendera uma pintura em vida (“O Vinhedo Vermelho”), acabaria por ter a sua obra “O Retrato do Dr. Gachet” vendido em leilão por 82,5 milhões de dólares, o preço mais alto até então jamais pago por uma pintura.
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BLOGOSFERA "REAL"
É um exercício curioso tentar imaginar como são as pessoas a partir do que escrevem.
É muito bom ver que os bloggers têm um “rosto”, que irradia simpatia, simplicidade, verdade e inteligência. Obrigado Rui, Catarina, Cláudia, António, Carlos, JCD e Paulo.
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JOGOS OLÍMPICOS – 1980 – MOSCOVO

Como grande manifestação universal, a política começou a ter um campo de intervenção nos Jogos Olímpicos, assistindo-se a novo boicote, liderado pelos EUA, seguido por diversos países ocidentais, em protesto contra a ocupação soviética do Afeganistão.
Nestes Jogos, da XXII Olimpíada, reduziu-se portanto o número de atletas participantes a 5 179, representando apenas 80 países (o menor número desde 1956), disputando 203 provas, entre 19 de Julho e 3 de Agosto.
Não obstante, a União Soviética faria um grandioso investimento, estimado em cerca de 3 000 milhões de dólares, dispondo de 68 estádios, 230 pavilhões de ginástica, 23 piscinas olímpicas e ainda outros 110 campos de futebol.
Um domínio avassalador da URSS (maior número de medalhas conquistadas de sempre), com apenas um único país a “dar alguma réplica”, a RDA.
O soviético Aleksandr Dityatin, alcançando medalhas em todas as provas de ginástica, tornou-se no único atleta de sempre a conseguir 8 (!) títulos de Campeão Olímpico numa única Olimpíada.
O pugilista cubano Teófilo Stevenson tornou-se no primeiro a conquistar três medalhas de ouro em Olimpíadas sucessivas. O nadador soviético Vladimir Salnikov venceria também três medalhas de ouro, mas nesta Olimpíada, tornando-se o primeiro homem de sempre a nadar os 1 500 metros em menos de 15 minutos (viria a repetir o triunfo 8 anos depois, em Seoul).
Os Jogos ficaram também marcados pela intensa rivalidade entre os britânicos Steve Ovett e Sebastian Coe, que repartiriam entre si as vitórias nas provas de 800 m e 1 500 m – apesar de serem respectivamente recordistas mundiais das provas em que… acabaram por não vencer.
Portugal apresentaria uma das mais reduzidas comitivas de sempre, apenas com 11 atletas, sem resultados a destacar.
Os países com mais medalhas foram os seguintes:
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…7 DIAS – NOVA IORQUE
A “Big Apple” daria tema para um “blogue” inteiro e não apenas para uma “entrada”…
Considerada a capital cultural da América, Nova Iorque, “The City that Never Sleeps” reúne pessoas e culturas de todos os cantos do mundo, tenda uma oferta quase infinita de atracções, de que se destaca particularmente a grande variedade de museus.
É preciso viver a cidade de New York – a sua atmosfera, o cosmopolitismo, o “glamour” e energia, os arranha-céus que quase escondem o sol – para poder senti-la e avaliar a sua mítica capacidade de encanto e atracção.
A cidade de New York localiza-se no Estado com o mesmo nome, já designado por George Washington como o “Empire State”.
Tendo por centro a ilha de Manhattan, a cidade de Nova Iorque é como que um arquipélago, formado por vários “bairros” (“districts”) que são também ilhas, como Queens, Brooklyn e Staten Island, sendo o único “district” continental o do Bronx.

Manhattan (verdadeira “capital do mundo”) – não obstante os seus apenas 21 km de comprimento e 3,7 km de largura (na parte mais larga) –, com pouco mais de 1,5 milhões de habitantes, congrega as mais luxuosas lojas (na famosa 5th Avenue), assim como o centro financeiro do mundo (Wall Street).
Uma cidade com uma infinidade de pontos de paragem “obrigatórios”: Estátua da Liberdade, Central Park, Empire State Building, Ellis Island, Ponte de Brooklin, Times Square, Battery Park, Wall Street, os teatros de Broadway, o edifício das Nações Unidas … mas também, o Harlem, a Chinatown, a Little Italy, o Soho, o Metropolitan Museum of Art, o MoMA – Museu de Arte Moderna, Museu Guggenheim…
Central Park – O “pulmão” da cidade, um vasto jardim com lagos, espaços para atracções culturais e área de prática de desporto.
Empire State Building – Construído na primeira metade do século XX, com 102 andares e mais de 400 metros de altura, dispõe de observatórios a partir do 86º andar (a 320 metros), proporcionando uma magnífica vista panorâmica da cidade, já experimentada por mais de 110 milhões de visitantes, desde 1931.
Ellis Island – Abriga o museu dedicado à história da imigração e ao papel fundamental desempenhado pela ilha durante as migrações em massa, no século XIX.
Estátua da Liberdade – Inaugurada em 1886, localiza-se na Ilha da Liberdade, frente ao Porto de Nova Iorque, a estátua foi doada pela França como prova da amizade entre os dois países, constituindo-se hoje como o próprio símbolo dos EUA. As 25 janelas da coroa simbolizam as jóias da terra; os sete raios representam os sete mares e continentes. No percurso a partir de Battery Park até à ilha (e no regresso), uma sumptuosa visão do “skyline” de Manhattan. Reabriu esta semana!
Time Square – A praça mais famosa de Nova Iorque, onde se concentram cinemas, teatros e fabulosos placards luminosos.
Battery Park – Situado no extremo sul de Manhattan, apresenta como atractivo principal o Castelo Clinton, servindo como ponto de partida para a Ilha da Liberdade e para a Ellis Island.
Ponte de Brooklin – Concluída em 1883, a ponte é uma obra prima da engenharia, ligando Manhattan a Brooklin, passando sobre o East River, proporcionando também uma magnífica vista da cidade.
Museu Guggenheim– Fantástico edifício de forma cónica, em que, numa espiral ao longo de 7 andares, podem ser vistas algumas das mais importantes obras de arte dos séculos XIX e XX.

Metropolitan Museum of Art – Maior museu de arte da América, alberga mais de 2 milhões de obras.
MoMA – The Museum of Modern Art

Há 1 ano no Memória Virtual – Volta a Portugal em Bicicleta
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VAN GOGH (VI)
No ano de 1889, o estado mental de Vincent flutua intensamente; por vezes parece tranquilo e coerente, outras vezes sofre de alucinações e ilusões.
Vincent regressa à “Casa Amarela”, onde continua a trabalhar esporadicamente, mas a frequência crescente dos ataques levam-no a ser internado no asilo de doentes mentais de Saint-Paul-de-Mausole em Saint-Rémy-de-Provence.
Quando é capaz, Vincent continua com as suas pinturas de paisagens (da famosa série de oliveiras e ciprestes), mas é frequentemente forçado a parar quando os ataques retornam (uma vez tentou envenenar-se ingerindo as suas próprias tintas). Ironicamente, à medida que o estado mental de Vincent se deteriora continuamente ao longo do ano, o seu trabalho começa finalmente a ser reconhecido na comunidade artística.
Depois de um ataque sério em Fevereiro de 1890, que dura dois meses, decide-se que Vincent se deve mudar para mais perto de Theo e ser colocado aos cuidados do Dr. Paul Gachet. Em Maio, Vincent muda-se para Auvers-sur-Oise, a noroeste de Paris e, sob os cuidados do Dr. Gachet, começa a pintar com incrível energia, produzindo mais de 80 pinturas nos dois últimos meses da sua vida, que assinou sempre com o nome próprio Vincent.
Apesar dessa intensa actividade, o seu estado mental vai-se agravando, talvez por se considerar como um fardo para Theo e para a família.
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JOGOS OLÍMPICOS – 1976 – MONTREAL

Os Jogos Olímpicos de Montreal ficariam marcados pelo boicote dos países africanos, em protesto contra o facto de a equipa de râguebi da Nova Zelândia ter feito uma digressão pela África do Sul, e isto em contestação ao regime político de apartheid deste país africano.
O número de participantes reduziu-se consequentemente para 6 084 atletas, representando 92 países, disputando 198 provas, entre 17 de Julho e 1 de Agosto.
Pela primeira vez, disputaram-se competições femininas de Andebol e Basquetebol.
O símbolo maior destes Jogos seria a ginasta romena Nadia Comaneci, de 14 anos, alcançando, pela primeira vez na história da ginástica, na prova de Paralelas Assimétricas, a nota máxima (10), traduzindo a “perfeição” (que repetiria por mais seis vezes), e que obrigaria a uma revisão da tabela de pontuação, com um acréscimo do grau de dificuldade dos exercícios obrigatórios. Esta seria a minha primeira “memória viva” de uns Jogos Olímpicos.
O italiano Klaus Dibiasi conquistava a terceira medalha de ouro consecutive na prova de Saltos para a água, sagrando-se também o georgiano Viktor Saneyev (URSS) tri-Campeão Olímpico do Triplo-Salto.
A polaca Irena Szewinska alcançava a sua sétima medalha, em 5 provas diferentes. O cubano Alberto Juantorena conseguiria, pela primeira vez na história, uma dupla vitória nos 400 m e 800 m.
O húngaro Miklos Németh tornou-se no primeiro filho de um Campeão Olímpico a conquistar também a medalha de ouro olímpica, no Lançamento do Dardo; o pai, Imre, vencera a prova de Lançamento do Martelo em 1948.
Carlos Lopes, Campeão Mundial de Cross, fez sonhar os portugueses, mas na última volta das 25 que integram os 10 000 metros, o finlandês Lasse Viren, que sempre seguira na peugada do português, arrebataria nova medalha de ouro, relegando Carlos Lopes para o segundo lugar e correspondente medalha de prata – 8 anos depois, Carlos Lopes viria a confessar que, durante muito tempo, “se sentiu perseguido pela passada de Lasse Viren, qual fantasma sempre atrás de si, que finalmente tinha exorcizado”.
Com uma pequena comitiva de apenas 19 atletas, Portugal conquistaria uma outra, e surpreendente, medalha de prata, por Armando Marques, no Tiro – Fosso Olímpico.
Na tabela geral de medalhas, os primeiros países foram os seguintes:
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…8 DIAS – NIAGARA FALLS

As cataratas do Niagara – segundas maiores do mundo, depois das Victoria Falls, na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe – são as mais famosas da América do Norte, localizando-se na fronteira do Canadá com os EUA, com as respectivas cidades com o nome Niagara Falls separadas pelo rio Niagara, que liga os lagos Erie e Ontário.
O nome Niagara tem origem no termo índio Onguiaahara (“grande trovão de águas”). As cataratas foram vistas pela primeira vez por um europeu em 1678, por Louis Hennepin, um padre francês, integrante de uma expedição de exploração do continente.
A maior das quedas de água (por onde corre cerca de 90 % da água do rio) tem o nome de Horseshoe Falls (Queda da Ferradura), com 792 metros de largura e cerca de 55 metros de altura.
Uma das principais atracções é a de observar a queda de água a partir de uma das torres de observação, de que a mais famosa é a Skylon Tower (com 300 metros de altura e elevadores panorâmicos).
Imperdíveis também são o passeio na Maid of the Mist, uma embarcação turística que navega no lago, aproximando-se bastante das próprias quedas, onde os visitantes, não obstante a protecção de capas plásticas, não deixam de “tomar um duche”, assim como a visita sob as cataratas, em grutas / túneis por trás da queda de água. Há também (para “quem pode”) passeios de helicóptero sobre as cataratas.

No Inverno, a panorâmica das Cataratas muda radicalmente de “visual”, quando as águas do rio Niagara gelam, formando como que um grande bloco de gelo “em queda” – embora a volumosa torrente de água nunca cesse de fluir, formam-se “mini-icebergs” e até uma “ponte de gelo” ao longo do rio, pela qual chegou a ser (no início do século XX) autorizada a movimentação de pessoas. Em Março de 1848, durante algumas horas, a água chegou mesmo a soldificar por completo, interrompendo o seu curso.
Visitadas por mais de 12 milhões de pessoas por ano, as Niagara Falls são o “destino de lua-de-mel” preferido dos casais norte-americanos, numa região em que abundam também os Casinos.
Em ano de centenário, a cidade canadiana de Niagara Falls tem um vasto programa comemorativo em agenda.
As cataratas do Niagara situam-se também próximo das cidades norte-americana de Buffalo (junto da fronteira) e canadiana de Toronto (a cerca de uma hora de automóvel), também um local de visita “obrigatória”.
Há 1 ano no Memória Virtual – Ocupações
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VAN GOGH (V)
Em 1888, deixa Paris e muda-se para Arles, possivelmente por sugestão de Toulouse-Lautrec, fascinando-se com o brilho da luz do Sul e com suas cores quentes.
Começa a pintar as paisagens da Provença, com as suas flores, passando algum tempo na “Casa Amarela”. É extremamente produtivo neste período, quando pinta o litoral (em Saintes-Maries-de-la-Mer), tal como muitos dos seus auto-retratos mais famosos, assim como a série do carteiro, Joseph Roulin. Aguarda a chegada do amigo, Paul Gauguin, com o qual sonha poder montar uma comunidade de artistas.
Gauguin chega finalmente em Outubro, passando a viver e trabalhar juntos. Entretanto há momentos turbulentos, nos quais discutiam fervorosamente sobre arte; essas discussões são descritas por Vincent como “tensão excessiva”; em apenas dois meses, estes desentendimentos levam a uma séria deterioração do relacionamento entre ambos.
A relação de amizade acaba por ser destruída; em 23 de Dezembro, Vincent teria atacado Gauguin com uma navalha de barbear; imediatamente depois do ataque, Vincent perde toda a razão e corta o lóbulo da orelha esquerda, que embrulha num jornal e com que presenteia uma prostituta. Epilepsia, alcoolismo e esquizofrenia são as causas apontadas para este ataque de Vincent, que levam à sua hospitalização. De seguida, Theo chega de Paris para cuidar do irmão.
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