JOGOS OLÍMPICOS – 1976 – MONTREAL
5 Agosto, 2004 at 12:30 pm 2 comentários
Os Jogos Olímpicos de Montreal ficariam marcados pelo boicote dos países africanos, em protesto contra o facto de a equipa de râguebi da Nova Zelândia ter feito uma digressão pela África do Sul, e isto em contestação ao regime político de apartheid deste país africano.
O número de participantes reduziu-se consequentemente para 6 084 atletas, representando 92 países, disputando 198 provas, entre 17 de Julho e 1 de Agosto.
Pela primeira vez, disputaram-se competições femininas de Andebol e Basquetebol.
O símbolo maior destes Jogos seria a ginasta romena Nadia Comaneci, de 14 anos, alcançando, pela primeira vez na história da ginástica, na prova de Paralelas Assimétricas, a nota máxima (10), traduzindo a “perfeição” (que repetiria por mais seis vezes), e que obrigaria a uma revisão da tabela de pontuação, com um acréscimo do grau de dificuldade dos exercícios obrigatórios. Esta seria a minha primeira “memória viva” de uns Jogos Olímpicos.
O italiano Klaus Dibiasi conquistava a terceira medalha de ouro consecutive na prova de Saltos para a água, sagrando-se também o georgiano Viktor Saneyev (URSS) tri-Campeão Olímpico do Triplo-Salto.
A polaca Irena Szewinska alcançava a sua sétima medalha, em 5 provas diferentes. O cubano Alberto Juantorena conseguiria, pela primeira vez na história, uma dupla vitória nos 400 m e 800 m.
O húngaro Miklos Németh tornou-se no primeiro filho de um Campeão Olímpico a conquistar também a medalha de ouro olímpica, no Lançamento do Dardo; o pai, Imre, vencera a prova de Lançamento do Martelo em 1948.
Carlos Lopes, Campeão Mundial de Cross, fez sonhar os portugueses, mas na última volta das 25 que integram os 10 000 metros, o finlandês Lasse Viren, que sempre seguira na peugada do português, arrebataria nova medalha de ouro, relegando Carlos Lopes para o segundo lugar e correspondente medalha de prata – 8 anos depois, Carlos Lopes viria a confessar que, durante muito tempo, “se sentiu perseguido pela passada de Lasse Viren, qual fantasma sempre atrás de si, que finalmente tinha exorcizado”.
Com uma pequena comitiva de apenas 19 atletas, Portugal conquistaria uma outra, e surpreendente, medalha de prata, por Armando Marques, no Tiro – Fosso Olímpico.
Na tabela geral de medalhas, os primeiros países foram os seguintes:
1. URSS – 49 / 41 / 35
2. RDA – 40 / 25 / 25
3. EUA – 34 / 35 / 25
4. RFA – 10 / 12 / 17
5. Japão – 9 / 6 / 10
6. Polónia – 7 / 6 / 13
7. Bulgária – 6 / 9 / 7
8. Cuba – 6 / 4 / 3
9. Roménia – 4 / 9 / 14
10. Hungria – 4 / 5 / 13
…
30. Portugal – 0 / 2 / 0
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1.
catarina | 5 Agosto, 2004 às 12:49 pm
Foi também a minha primeira memória dos Jogos Olímpicos, a Nadia Comaneci. Há pouco tempo encontrei uns recortes de jornais da época (era uma espécie de ídolo das meninas). 🙂
2.
Robina | 5 Agosto, 2004 às 4:48 pm
O que por aqui se aprende…