Archive for 6 Agosto, 2004
VAN GOGH (VII)
Em 27 de Julho de 1890, Vincent sai para um passeio e dispara sobre si mesmo no tórax com uma pistola. Consegue cambalear até casa durante a noite, nada dizendo sobre o seu estado. Acaba por ser encontrado ferido no seu alojamento, sendo chamado um médico, que, contudo, não consegue remover a bala.
As últimas horas de Vincent são muito semelhantes aos dois últimos anos da sua vida, variando desde a completa angústia mental até uma aparente satisfação. Depois de tentar o suicídio, Vincent passa o pouco tempo que lhe resta sentado na cama, fumando cachimbo, sempre com Theo a seu lado. Próximo da sua morte, Theo deita-se na cama ao seu lado, amparando-lhe a cabeça nos seus braços. Vincent diz-lhe: “Eu gostaria de morrer assim.”
Génio, autodidacta, marginalizado, sujeito a acessos de loucura, com uma carreira fulgurante, concentrada apenas nos seus últimos 5 anos de vida, Vincent morreria na manhã de 29 Julho, sendo a sua urna coberta com dúzias de girassóis, que ele tanto amara. Nunca se recuperando da morte do irmão, Theo morreria em Janeiro de 1891; repousam lado a lado em Auvers.
Em 1960, foi criada a Fundação Vincent van Gogh, com o objectivo de preservar os trabalhos que pertenciam à família; em 1973, foi inaugurado o Museu de van Gogh, contendo centenas de trabalhos de Vincent, assim como um enorme arquivo contendo cartas e documentos.
Em 1990, no centenário da sua morte, o Museu van Gogh apresenta uma exposição retrospectiva com mais de 120 pinturas. Vincent van Gogh, que apenas vendera uma pintura em vida (“O Vinhedo Vermelho”), acabaria por ter a sua obra “O Retrato do Dr. Gachet” vendido em leilão por 82,5 milhões de dólares, o preço mais alto até então jamais pago por uma pintura.
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BLOGOSFERA "REAL"
É um exercício curioso tentar imaginar como são as pessoas a partir do que escrevem.
É muito bom ver que os bloggers têm um “rosto”, que irradia simpatia, simplicidade, verdade e inteligência. Obrigado Rui, Catarina, Cláudia, António, Carlos, JCD e Paulo.
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JOGOS OLÍMPICOS – 1980 – MOSCOVO
Como grande manifestação universal, a política começou a ter um campo de intervenção nos Jogos Olímpicos, assistindo-se a novo boicote, liderado pelos EUA, seguido por diversos países ocidentais, em protesto contra a ocupação soviética do Afeganistão.
Nestes Jogos, da XXII Olimpíada, reduziu-se portanto o número de atletas participantes a 5 179, representando apenas 80 países (o menor número desde 1956), disputando 203 provas, entre 19 de Julho e 3 de Agosto.
Não obstante, a União Soviética faria um grandioso investimento, estimado em cerca de 3 000 milhões de dólares, dispondo de 68 estádios, 230 pavilhões de ginástica, 23 piscinas olímpicas e ainda outros 110 campos de futebol.
Um domínio avassalador da URSS (maior número de medalhas conquistadas de sempre), com apenas um único país a “dar alguma réplica”, a RDA.
O soviético Aleksandr Dityatin, alcançando medalhas em todas as provas de ginástica, tornou-se no único atleta de sempre a conseguir 8 (!) títulos de Campeão Olímpico numa única Olimpíada.
O pugilista cubano Teófilo Stevenson tornou-se no primeiro a conquistar três medalhas de ouro em Olimpíadas sucessivas. O nadador soviético Vladimir Salnikov venceria também três medalhas de ouro, mas nesta Olimpíada, tornando-se o primeiro homem de sempre a nadar os 1 500 metros em menos de 15 minutos (viria a repetir o triunfo 8 anos depois, em Seoul).
Os Jogos ficaram também marcados pela intensa rivalidade entre os britânicos Steve Ovett e Sebastian Coe, que repartiriam entre si as vitórias nas provas de 800 m e 1 500 m – apesar de serem respectivamente recordistas mundiais das provas em que… acabaram por não vencer.
Portugal apresentaria uma das mais reduzidas comitivas de sempre, apenas com 11 atletas, sem resultados a destacar.
Os países com mais medalhas foram os seguintes:
(mais…)
…7 DIAS – NOVA IORQUE
A “Big Apple” daria tema para um “blogue” inteiro e não apenas para uma “entrada”…
Considerada a capital cultural da América, Nova Iorque, “The City that Never Sleeps” reúne pessoas e culturas de todos os cantos do mundo, tenda uma oferta quase infinita de atracções, de que se destaca particularmente a grande variedade de museus.
É preciso viver a cidade de New York – a sua atmosfera, o cosmopolitismo, o “glamour” e energia, os arranha-céus que quase escondem o sol – para poder senti-la e avaliar a sua mítica capacidade de encanto e atracção.
A cidade de New York localiza-se no Estado com o mesmo nome, já designado por George Washington como o “Empire State”.
Tendo por centro a ilha de Manhattan, a cidade de Nova Iorque é como que um arquipélago, formado por vários “bairros” (“districts”) que são também ilhas, como Queens, Brooklyn e Staten Island, sendo o único “district” continental o do Bronx.
Manhattan (verdadeira “capital do mundo”) – não obstante os seus apenas 21 km de comprimento e 3,7 km de largura (na parte mais larga) –, com pouco mais de 1,5 milhões de habitantes, congrega as mais luxuosas lojas (na famosa 5th Avenue), assim como o centro financeiro do mundo (Wall Street).
Uma cidade com uma infinidade de pontos de paragem “obrigatórios”: Estátua da Liberdade, Central Park, Empire State Building, Ellis Island, Ponte de Brooklin, Times Square, Battery Park, Wall Street, os teatros de Broadway, o edifício das Nações Unidas … mas também, o Harlem, a Chinatown, a Little Italy, o Soho, o Metropolitan Museum of Art, o MoMA – Museu de Arte Moderna, Museu Guggenheim…
Central Park – O “pulmão” da cidade, um vasto jardim com lagos, espaços para atracções culturais e área de prática de desporto.
Empire State Building – Construído na primeira metade do século XX, com 102 andares e mais de 400 metros de altura, dispõe de observatórios a partir do 86º andar (a 320 metros), proporcionando uma magnífica vista panorâmica da cidade, já experimentada por mais de 110 milhões de visitantes, desde 1931.
Ellis Island – Abriga o museu dedicado à história da imigração e ao papel fundamental desempenhado pela ilha durante as migrações em massa, no século XIX.
Estátua da Liberdade – Inaugurada em 1886, localiza-se na Ilha da Liberdade, frente ao Porto de Nova Iorque, a estátua foi doada pela França como prova da amizade entre os dois países, constituindo-se hoje como o próprio símbolo dos EUA. As 25 janelas da coroa simbolizam as jóias da terra; os sete raios representam os sete mares e continentes. No percurso a partir de Battery Park até à ilha (e no regresso), uma sumptuosa visão do “skyline” de Manhattan. Reabriu esta semana!
Time Square – A praça mais famosa de Nova Iorque, onde se concentram cinemas, teatros e fabulosos placards luminosos.
Battery Park – Situado no extremo sul de Manhattan, apresenta como atractivo principal o Castelo Clinton, servindo como ponto de partida para a Ilha da Liberdade e para a Ellis Island.
Ponte de Brooklin – Concluída em 1883, a ponte é uma obra prima da engenharia, ligando Manhattan a Brooklin, passando sobre o East River, proporcionando também uma magnífica vista da cidade.
Museu Guggenheim– Fantástico edifício de forma cónica, em que, numa espiral ao longo de 7 andares, podem ser vistas algumas das mais importantes obras de arte dos séculos XIX e XX.
Metropolitan Museum of Art – Maior museu de arte da América, alberga mais de 2 milhões de obras.
MoMA – The Museum of Modern Art
Há 1 ano no Memória Virtual – Volta a Portugal em Bicicleta
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