Archive for Junho, 2012

EURO 2012 – 1/4 Final – Alemanha – Grécia

AlemanhaGrécia4-2

Este era muito mais que um mero jogo de futebol… por toda a conjuntura e envolvente política, económica, social e financeira em que a Grécia tem vivido nos últimos anos, e sua interligação com a Alemanha.

Tal como seria previsível, os germânicos entraram a pressionar forte, logo desde início, empurrando os gregos para a sua zona defensiva, criando várias situações delicadas para o guardião helénico, que, por mais de uma vez, se viu colocado em apuros.

A espaços, a Grécia ia tentando sacudir a pressão, e, ainda mais raramente, procurando lançar o contra-ataque. Com o decorrer do tempo, com o marcador inalterado, os alemães começaram a denotar algum nervosismo e precipitação, como que evidenciando sintomas de falta de paciência.

O que os avançados não conseguiam fazer, com o jogo a começar a poder complicar-se – a Grécia tinha entretanto feito já uma ou outra ameaça de ataque -, faria o defesa esquerdo, o capitão Lahm, com um remate de meia distância, a tabelar ainda em Papadopoulos. Estávamos quase com 40 minutos, e a Alemanha, finalmente, inaugurava o marcador.

No segundo tempo, a toada não se alteraria, com a Alemanha a continuar a dominar em todo o campo, e a Grécia a tentar esboçar tímidos contra-ataques. Só que, num deles, muito rápido, as coisas correram bem e surgiu o golo do empate, numa excelente antecipação de Samaras face a Neuer, um momento de enorme (embora curta) catarse para todos os adeptos gregos.

Poder-se-ia pensar que a Alemanha poderia oscilar, duvidar de si mesma. Mas não… o golo da Grécia teria o condão de despertar a fera. É verdade que os gregos em muito contribuiram para isso, de tal forma recuaram no terreno, acantonando-se na sua grande área, convidado os germânicos a avançar.

Num ápice, a Alemanha faria o 2-1 (por Khedira, num pontapé pleno de determinação, também num misto de raiva) e o 3-1 (na sequência de um livre, com Klose, de cabeça, a antecipar-se ao guardião adversário)… e pouco depois, o 4-1 (por Schürrle, também com um remate em potência, não obstante já bem dentro da área).

Temia-se então pelo destino dos gregos, completamente à deriva dentro de campo. Mas a Alemanha seria complacente, deixando de acelerar, refreando o ritmo de jogo, poupando a Grécia à humilhação que se adivinhava. Ao invés, a Grécia teria ainda oportunidade para reduzir o marcador, atenuando a derrota para 2-4, na conversão de uma grande penalidade (a punir um contacto com o braço na área, num gesto instintivo face a um remate “à queima-roupa”).

Muito mais que um jogo… a forma como decorreu e o seu resultado não deixa de alguma forma de ser uma cruel ironia da realidade.

Alemanha Manuel Neuer, Jérôme Boateng, Mats Hummels, Holger Badstuber, Philipp Lahm, Sami Khedira, Bastian Schweinsteiger, Marco Reus (80m – Mario Götze), André Schürrle (67m – Thomas Müller), Mesut Özil e Miroslav Klose (80m – Mario Gomez)

Grécia Michalis Sifakis, Vasilis Torosidis, Kyriakos Papadopoulos, Sokratis Papastathopoulos, Giorgos Tzavellas (45m – Giorgos Fotakis), Sotiris Ninis (45m – Theoanis Gekas), Kostas Katsouranis, Grigoris Makos (72m – Nikos Liberopoulos), Giannis Maniatis, Dimitris Salpingidis e Georgios Samaras

1-0 – Philipp Lahm – 39m
1-1 – Georgios Samaras – 55m
2-1 – Sami Khedira – 61m
3-1 – Miroslav Klose – 68m
4-1 – Marco Reus – 74m
4-2 – Dimitris Salpingidis (pen.) – 89m

“Melhor em campo” – Mesut Özil (Alemanha)

Amarelos – Georgios Samaras (14m) e Sokratis Papastathopoulos (75m)

Árbitro – Damir Skomina (Eslovénia)

Arena Gdansk – Gdansk (19h45)

22 Junho, 2012 at 8:05 pm Deixe um comentário

EURO 2012 – 1/4 Final – R. Checa – Portugal

R. ChecaPortugal0-1

Atingidos novamente os 1/4 Final, tal como no Europeu anterior, nesta primeira partida a eliminar, a selecção portuguesa denotou alguma dificuldade em “agarrar o jogo” logo de entrada, permitindo à R. Checa as primeiras iniciativas de ataque, ganhando dois cantos logo nos minutos iniciais.

Mas rapidamente inverteria a tendência do jogo, passando a bola a  rondar, de forma mais insistente, a zona defensiva checa, que, até meio da primeira parte, foi ainda ensaiando alguns lances de contra-ataque, procurando provocar ocasiões de perigo, com destaque para uma situação em que Pepe cortou no último instante.

A partir dos 25 minutos, a R. Checa começou, instintivamente, a recuar no terreno, formando como que duas linhas defensivas, separadas por pouco mais de dez metros, uma praticamente em cima da linha de área, a outra um pouco mais à frente no terreno. Em paralelo, começavam a rarear as suas tentativas de saída em contra-ataque.

A equipa de Portugal, procurando um tipo de futebol directo, com lançamentos em profundidade, teria então muitas dificuldades em controlar a bola nos metros finais do seu ataque, perante os dois blocos defensivos da R. Checa, que não deixavam espaços livres.

Não obstante, Fábio Coentrão ia desenvolvendo uma boa exibição, muito esforçado, sempre muito em jogo, ao mesmo tempo que Cristiano Ronaldo procurava também dar “prova de vida”, com um pontapé de bicicleta na zona da pequena área, a sair ao lado, e na marcação de um livre.

Já em período de compensação do primeiro tempo, um momento de pura magia de Cristiano Ronaldo, a dominar a bola de forma magnífica, com excelente “nota artística”, retirando o adversário do lance, acabando por rematar… ao poste.

Ao intervalo, a leitura que se proporcionava era de que Portugal necessitava jogar com mais cabeça, pensar melhor o jogo, dominar a bola, evitando a forma algo precipitada com que actuou, para, quando tal se proporcionar, imprimir então maior velocidade, no momento das transições ofensivas.

Logo no reinício do encontro, Hugo Almeida (que entrara a substituir o lesionado Hélder Postiga), na sequência de um bom cruzamento de Raul Meireles, cabeceou de primeira, mas ligeiramente ao lado, desperdiçando mais uma excelente ocasião de golo.

E, ao quarto minuto, num livre, marcado ainda à distância, um remate em potência de Cristiano Ronaldo, novamente a acertar… no poste!

Aos nove minutos, Cristiano Ronaldo, a conseguir desmarcar-se, “encheu o pé”, mas não apanhou a bola “a jeito”, pelo que acabou por sair ao lado da baliza.

Os cantos a favor de Portugal sucediam-se (já em número de sete, aos 55 minutos). Perante uma como que atordoada R. Checa, Portugal tinha uma excelente reentrada em jogo; parecia adivinhar-se o golo.

Minuto doze: João Moutinho a recuperar a bola a meio-campo, e remate perigoso de Nani, a obrigar Petr Čech a uma defesa de recurso, para a frente.

No lance imediato, Hugo Almeida, de cabeça, conseguiria mesmo introduzir a bola na baliza checa, dando boa sequência a um cruzamento; só que estava em posição de fora-de-jogo…

Apenas ao quarto de hora da segunda parte a R. Checa conseguiria, pela primeira vez, libertar-se do sufoco, provocando um calafrio na defesa portuguesa, quando Pepe escorregou (possivelmente consequência do mau estado do terreno, que, ao longo do jogo, originou inúmeros deslizes).

Aos 63 minutos, Nani, na sequência de uma jogada envolvente, hesitou em rematar, a bola sobrou para João Moutinho, que de meia-distância, fez um potente remate, novamente com  o guardião checo a ter de aplicar-se, defendendo para canto.

Aos 71 minutos, já em plena área, Cristiano Ronaldo, em acção esforçada, para se conseguir coordenar com a bola, conseguiu um passe ligeiramente atrasado, para a entrada de Raul Meireles, que, na passada, rematou por alto.

Mais três minutos, uma boa jogada de envolvência, agora com Meireles a libertar para Nani, que, de primeira, remataria ligeiramente ao lado.

Aproximava-se a fase derradeira do encontro, num jogo de enorme desgaste físico para a selecção portuguesa (com os checos praticamente sempre acantonados nas imediações da sua zona defensiva)… e, ainda, sem a mais que merecida recompensa.

Que, depois de tanto porfiar, acabaria mesmo por chegar… na “melhor altura”: um lance de antologia, com João Moutinho, excelente, a “furar” a defesa checa, a ir à procura do espaço para cruzar da direita, já perto da linha de fundo, e Cristiano Ronaldo, absolutamente pujante, numa espécie de “salto de peixe”, cabeceando de cima para baixo, com a bola ainda a bater no chão, fulminava a baliza, sem hipóteses para Petr Čech. Fazia-se finalmente justiça no marcador!

Aos 82 minutos, numa boa execução de Nani, a desmarcar João Pereira, que, também em força, tentou a sua sorte, mas o atento Čech fez o habitual: defesa, e mais um canto (o 11º!).

Até final, os checos, já em desespero, tentariam finalmente sair da defesa, mas Portugal não permitira tal veleidade, à excepção de uma situação pontual, em que a R. Checa conseguiu um canto, já no último minuto do período de compensação, sem consequências… nem as que poderiam ter decorrido do facto de Čech também ter ido “lá à frente”, até à zona da pequena área (!) portuguesa, abandonando a sua baliza. Tendo assentado o seu jogo, Portugal dominara por completo, em todas as vertentes, a etapa complementar da partida.

Depois de 2004 (e 2000 e 1984), Portugal volta a marcar presença nas 1/2 Finais do Campeonato da Europa!


(Foto AFP – Via galeria no Jornal de Notícias)

R. Checa Petr Čech, Theodor Gebre Selassie, Tomás Sivok, Michal Kadlec, David Limberský, Tomáš Hübschman (86m – Tomáš Pekhart), Jaroslav Plašil, Petr Jirácek, Vladimír Darida (61m – Jan Rezek), Václav Pilař e Milan Baroš

Portugal Rui Patrício, João Pereira, Bruno Alves, Pepe e Fábio Coentrão, Miguel Veloso, Raul Meireles (88m – Rolando), João Moutinho, Nani (84m – Custódio), Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga (40m – Hugo Almeida)

0-1 – Cristiano Ronaldo – 79m

“Melhor em campo” – Cristiano Ronaldo

Amarelos – Nani (26m) e Miguel Veloso (27m); David Limberský (90m)

Árbitro – Howard Webb (Inglaterra)

Estádio Nacional Narodowy – Varsóvia (19h45)

21 Junho, 2012 at 7:59 pm Deixe um comentário

EURO 2012 – 1/4 Final – 1/2 Finais – Final

     1/4 FINAL               1/2 FINAIS              FINAL

R. ChecaPortugal--- Vencedor do R. Checa - PortugalVencedor do Espanha- França--- EspanhaFrança--- Vencedor do .............-.............-


AlemanhaGrécia--- Vencedor do .............-.............- Vencedor do Alemanha - GréciaVencedor do Inglaterra - Itália--- InglaterraIália---

19 Junho, 2012 at 9:40 pm Deixe um comentário

EURO 2012 – Fase de Grupos – Classificações finais

Grupo A               J     V     E     D    GM   GS     P
1º R. Checa    R. Checa    3     2     -     1     4 -  5     6
2º Grécia      Grécia    3     1     1     1     3 -  3     4
3º Rússia      Rússia    3     1     1     1     5 -  3     4
4º Polónia     Polónia    3     -     2     1     2 -  3     2
Grupo B               J     V     E     D    GM   GS     P
1º Alemanha    Alemanha    3     3     -     -     5 -  2     9
2º Portugal    Portugal    3     2     -     1     5 -  4     6
3º Dinamarca   Dinamarca    3     1     -     2     4 -  5     3
4º Holanda     Holanda    3     -     -     3     2 -  5     -
Grupo C               J     V     E     D    GM   GS     P
1º Espanha     Espanha    3     2     1     -     6 -  1     7
2º Itália      Itália    3     1     2     -     4 -  2     5
3º Croácia     Croácia    3     1     1     1     4 -  3     4
4º Irlanda     Irlanda    3     -     -     3     1 -  9     -
Grupo D               J     V     E     D    GM   GS     P
1º Inglaterra  Inglaterra    3     2     1     -     5 -  3     7
2º França      França    3     1     1     1     3 -  3     4
3º Ucrânia     Ucrânia    3     1     -     2     2 -  4     3
4º Suécia      Suécia    3     1     -     2     5 -  5     3

19 Junho, 2012 at 9:38 pm Deixe um comentário

EURO 2012 – Grupo D – 3ª jornada – Inglaterra – Ucrânia

InglaterraUcrânia1-0

Numa partida decisiva, em que à Inglaterra bastava o empate para garantir o apuramento, necessitando a Ucrânia, imperiosamente da vitória, os ingleses assumiram e demonstraram a sua superioridade, no regresso de Rooney, após ter cumprido dois jogos de suspensão (castigo que provinha da fase de qualificação).

E Rooney voltou… e marcou.

Porém, não obstante o maior poderio inglês, este encontro fica indelevelmente marcado por uma inacreditável falha de arbitragem – incompreensível como o árbitro de baliza não viu adequadamente o lance -, quando a Ucrânia, num remate de Dević, introduziu a bola na baliza inglesa, no que seria o golo do empate, a cerca de meia hora do final do jogo, com John Terry, de forma acrobática, a retirá-la… nitidamente para lá da linha decisiva!

Depois da Polónia, também a Ucrânia, país co-organizador da prova, se queda pela fase de Grupos, denotando alguma fragilidade competitiva ao mais alto nível.

Beneficiando da derrota da França perante a Suécia, a Inglaterra acabaria mesmo por sagrar-se vencedora do seu Grupo, tendo agora de medir forças com a Itália.

Inglaterra Joe Hart, Glen Johnson, John Terry, Joleon Lescott, Ashley Cole, James Milner (70m – Theo Walcott), Steven Gerrard, Scott Parker, Wayne Rooney (87m – Alex Oxlade-Chamberlain), Ashley Young e Danny Welbeck (82m – Andy Carroll)

Ucrânia Andriy Pyatov, Oleh Gusev, Yaroslav Rakitskiy, Yevhen Khacheridi, Yevhen Selin, Anatoliy Tymoshchuck, Marko Dević (70m – Andriy Shevchenko), Andriy Yarmolenko, Denys Garmash (78m – Serhiy Nazarenko), Yevhen Konoplyanka e Artem Milevskiy (77m – Bohdan Butko)

1-0 – Wayne Rooney – 48m

“Melhor em campo” – Steven Gerrard (Inglaterra)

Amarelos – Steven Gerrard (73m) e Ashley Cole (78m); Anatoliy Tymoshchuck (63m), Yaroslav Rakitskiy (74m) e Andriy Shevchenko (86m)

Árbitro – Viktor Kassai (Hungria)

Donbass Arena – Donetsk (19h45)

19 Junho, 2012 at 9:38 pm Deixe um comentário

EURO 2012 – Grupo D – 3ª jornada – Suécia – França

SuéciaFrança2-0

Com a qualificação praticamente garantida – apenas seria eliminada se perdesse… por 0-2, e a Ucrânia vencesse a Inglaterra por 1-0 – a França deu esta noite uma pálida imagem das suas capacidades (como que ausente do jogo), acabando por ser derrotada, precisamente pela marca que lhe poderia ter custado o apuramento, não obstante o segundo golo dos suecos apenas tenha surgido já em período de compensação.

A Suécia, já virtualmente eliminada, sem nada a perder (não poderia sequer escapar ao último lugar do Grupo…), despediu-se da competição da melhor forma, com um claro triunfo (destacando-se o excelente golo de Ibrahimović), assim colocando termo à série de 23 encontros consecutivos sem perder por parte dos franceses. E mereceu indubitavelmente esta vitória, pelo domínio que exerceu ao longo da partida.

Acabou por valer à França a cooperação da Inglaterra, que – “fazendo pela vida” – derrotou a Ucrânia, originando assim dois “choques de titãs” nos 1/4 Final: Espanha – França e Inglaterra – Itália.

Pedro Proença, que tinha realizado uma boa arbitragem no “fácil” Espanha – Irlanda, teve hoje a sua actuação manchada por dois lances em que houve contacto da bola com o braço, na área, que poderiam ter originado a marcação de duas grandes penalidades…

Suécia Andreas Isaksson, Jonas Olsson, Olof Mellberg, Andreas Granqvist, Martin Olsson, Emir Bajram (45m – Christian Wilhelmsson), Kim Källström, Sebastian Larsson, Zlatan Ibrahimović, Anders Svensson (79m – Samuel Holmén) e Ola Toivonen (78m – Pontus Wernbloom)

França Hugo Lloris, Mathieu Debuchy, Adil Rami, Philippe Mexès, Gaël Clichy, Alou Diarra, Hatem Ben Arfa (59m – Florent Malouda), Samir Nasri (77m – Jérémy Ménez), Yann M’Vila (83m – Olivier Giroud), Franck Ribéry e Karim Benzema

1-0 – Zlatan Ibrahimović – 54m
2-0 – Sebastian Larsson – 90m

“Melhor em campo” – Zlatan Ibrahimović (Suécia)

Amarelos – Anders Svensson (70m) e Samuel Holmén (81m); Philippe Mexès (68m)

Árbitro – Pedro Proença (Portugal)

Estádio Olímpico de Kiev – Kiev (19h45)

19 Junho, 2012 at 9:37 pm Deixe um comentário

EURO 2012 – Grupo C – 3ª jornada – Croácia – Espanha

CroáciaEspanha0-1

Numa partida de risco mínimo, ambas as equipas pareceram satisfeitas com o nulo no marcador, até para além da hora de jogo, com a particularidade de o seleccionador espanhol, Vicente Del Bosque, ter retirado de campo os seus dois homens mais avançados, abdicando de um ponta de lança “fixo”.

Por seu lado, a Croácia, apenas a partir dos 66 minutos, com uma dupla substituição, fazendo entrar Jelavić e Perišić, foi determinadamente em busca do golo de que necessitaria para se qualificar… e esteve perto: teve três avisos sérios – com a Espanha a passar por apuros, e com a eventual eliminação suspensa de uma sempre possível falha – , um deles, com um magnífico remate de cabeça de Rakitić, a obrigar Casillas à “defesa da noite”, para além da reclamação de duas grandes penalidades, não assinaladas pelo árbitro (uma na primeira parte, por falta de Sergio Ramos, em cima da linha de área, outra prestes a findar o encontro, com Busquets a agarrar o adversário dentro da zona de rigor).

Este lance ocorreria precisamente no minuto anterior ao do golo da Espanha, na sequência de um rápido contra-ataque, que Jesús Navas não teve dificuldade em concretizar, isolado frente ao guardião adversário. Com o triunfo da Itália, estava consumada a eliminação da Croácia.

Croácia Stipe Pletikosa, Domagoj Vida (66m – Nikica Jelavić), Vedran Ćorluka, Gordon Schildenfeld, Ivan Strinić, Ognjen Vukojević (81m – Eduardo), Ivan Rakitić, Luka Modrić, Darijo Srna, Mario Mandžukić e Danijel Pranjić (66m – Ivan Perišić)

Espanha Iker Casillas, Álvaro Arbeloa, Gerard Piqué, Sergio Ramos, Jordi Alba, Xavi Hernández (89m – Álvaro Negredo), Sergio Busquets, Xabi Alonso, Andrés Iniesta, David Silva (73m – Cesc Fàbregas) e Fernando Torres (61m – Jesús Navas)

0-1 – Jesús Navas – 88m

“Melhor em campo” – Andrés Iniesta (Espanha)

Amarelos – Vedran Ćorluka (27m), Darijo Srna (44m), Ivan Strinić (53m), Mario Mandžukić (90m), Nikica Jelavić (90m) e Ivan Rakitić (90m)

Árbitro – Wolfgang Stark (Alemanha)

Arena Gdansk – Gdansk (19h45)

18 Junho, 2012 at 9:38 pm Deixe um comentário

EURO 2012 – Grupo C – 3ª jornada – Itália – Irlanda

ItáliaIrlanda2-0

O “plano de jogo” da Itália para este encontro decisivo era absolutamente linear: era necessário vencer (e, para tal, bastava um golo), esperando que não acontecesse o desfecho fatal (2-2) no Espanha – Croácia.

Entrando de forma determinada em campo, em busca do tal golo, os italianos cedo empurraram os irlandeses para a sua zona defensiva, alcançando cantos atrás de cantos (7-1 só na primeira parte…). Seria portanto com alguma naturalidade que o golo chegaria, à passagem dos 35 minutos.

Era o que bastava à Itália… que, nesse momento, passava inclusivamente a liderar o Grupo, situação que manteria praticamente até final, enquanto a Espanha não marcou frente à Croácia (o que apenas ocorreria aos 88 minutos!).

No segundo tempo, parecendo descansar, a Itália proporcionou à Irlanda reentrar no jogo, criar algumas situações de perigo, colocando-se à mercê de uma eventual falha, que poderia afastá-la dos 1/4 Final.

Apenas próximo do termo da partida, sentindo o perigo, a Itália voltaria a “despertar”. Balotelli, que havia entrado em campo para o último quarto de hora, encerraria a contenda, no derradeiro minuto, com um golo de excelente execução. Mesmo sem deslumbrar, a Itália, como habitualmente, segue em frente.

Itália Gianluigi Buffon, Ignazio Abate, Daniele De Rossi, Giorgio Chiellini (57m – Leonardo Bonucci), Federico Balzaretti, Claudio Marchisio, Andrea Pirlo, Thiago Motta, Andrea Barzagli, Antonio Cassano (63m – Alessandro Diamanti) e Antonio Di Natale (74m – Mario Balotelli)

Irlanda Shay Given, John O’Shea, Sean St Ledger, Richard Dunne, Stephen Ward, Glenn Whelan, Keith Andrews, Aiden McGeady (65m – Shane Long), Damien Duff, Kevin Doyle (76m – Jon Walters) e Robbie Keane (86m – Simon Cox)

1-0 – Antonio Cassano – 35m
2-0 – Mario Balotelli – 90m

“Melhor em campo” – Antonio Cassano (Itália)

Amarelos – Federico Balzaretti (28m), Daniele De Rossi (71m) e Gianluigi Buffon (73m); Keith Andrews (37m), John O’Shea (39m) e Sean St Ledger (84m)

Vermelho – Keith Andrews (89m)

Árbitro – Cüneyt Çakır (Turquia)

Estádio Municipal de Poznan – Poznan (19h45)

18 Junho, 2012 at 9:38 pm Deixe um comentário

As lições do voto grego

Il est aussi important de mesurer le parcours de l’Europe depuis décembre 2009. Il aura fallu cette crise hellénique pour nous rappeler à la réalité des décisions que nous avions prises en choisissant l’Euro pour devise commune. Un devoir de solidarité n’est compatible qu’avec une responsabilité partagée. Les Grecs ont été irresponsables, et l’Europe n’a exprimé sa solidarité qu’avec hésitation, perdant un temps précieux en palabres et en sommets d’une efficacité douteuse.

Il est essentiel que les leçons de cette crise ne soient pas perdues. Au cours de ces presque trois ans nous avons appris beaucoup de choses.

La crise de la dette des Etats souverains n’est pas qu’un problème financier dont la solution se trouve dans des recettes financières, telles que les euro-obligations et autres instruments.

Elle est d’abord et avant tout une crise sociale, qui nous envoie un signal d’alarme sur la limite de nos moyens, et donc sur ce que nous pouvons nous permettre dans chacun des pays européens en matière budgétaire.

L’étroite interrelation entre le monde bancaire et les Gouvernements a amené ce dernier à accepter un sacrifice de 85% de la dette grecque détenue dans ses bilans. Cette aberration ne pourra être répétée.

Cette leçon créera dans l’avenir un problème majeur de financement des Etats. Les banques savent maintenant que la dette souveraine n’est plus sans risque, que des fonds propres vont devoir être alloués à ces actifs, et que l’appétit pour ces derniers diminue. Cela augmentera le cout de financement souverain qui n’est désormais plus le taux sans risque.

La crise de la dette souveraine peut menacer les bilans des banques et les conduire a la faillite : les banques grecques seraient effectivement en déconfiture sans des injections massives de capitaux européens. Il en va de meme des caisses d’épargne espagnoles.

La spirale des taux d’intérêt qui nourrissent le déficit budgétaire ne peut pas être arrêtée seulement à coup de bonnes intentions : la situation de l’Espagne, et surtout de l’Italie, nous rappellent que ce risque augmente chaque jour.

Les mécanismes de décision de l’Eurozone sont inefficaces et cacophoniques. Sans un mécanisme similaire à un Fonds Monétaire Européen qui peut intervenir rapidement en cas de dérapage, de préférence avant une crise, l’Eurozone continuera à agir trop tard et de manière inappropriée.

La transparence et la certitude des données disponibles sur l’endettement souverain et ses détenteurs laisse encore à désirer. Eurostat doit être reformé sur le modeles des informations du Tresor américain, à savoir en temps réel.

La Banque Centrale Européenne doit graduellement réduire les risques de son bilan, et les politiques doivent prendre leurs responsabilités. La dette est un problème de gouvernement, et non de banque centrale. Celle-ci a un rôle essentiel en matière de politique monétaire et d’équilibre financier. Elle ne peut en aucun cas être le bailleur de fonds des dérapages gouvernementaux sans mettre en péril son bilan et l’Euro.

Une forme d’union bancaire européenne visant à préempter les crises implique une réforme du système de la banque universelle qui met l’économie exclusivement entre les mains des établissements bancaires. Un vrai marché des capitaux européens s’impose.

(Georges Ugeux – Démystifier la finance)

18 Junho, 2012 at 9:57 am Deixe um comentário

Resultados das eleições na Grécia


Em relação à votação de há cerca de mês e meio, a Nova Democracia (que repete a vitória) progride de 18,9 % para 29,7 %, mas sobretudo, passando de 108 para 129 deputados, poderá agora liderar uma coligação governamental… com o PASOK (não obstante este ter baixado de 13,2 % para 12,3 %, o que corresponde a uma quebra em número de deputados eleitos, de 41 para 33).

Estes partidos que, tradicionalmente, vinham alternando na liderança do Governo – e que constituem o principal suporte ao plano de resgate com a Troika internacional do FMI / Comissão Europeia / BCE – passam assim de um conjunto de 32 % para 42 % dos votos,  dispondo agora da maioria no parlamento grego.

Por seu lado, o Syriza, bloco da extrema-esquerda, regista um significativo acréscimo de votantes, passando de 16,8 % nas eleições de  6 de Maio, para 26,9 %, correspondendo a um crescimento de 52  para 71 deputados.

18 Junho, 2012 at 8:27 am Deixe um comentário

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