Archive for Julho, 2012
Jogos Olímpicos – Londres – 2012
(clicar na imagem para ver o calendário completo dos Jogos Olímpicos – Londres – 2012, que têm hoje o seu início)
Bradley Wiggins vence “Tour de France”
O ciclista Bradley Wiggins, de 32 anos, consumou a magnífica proeza que se vinha já antecipando: não só se tornou no primeiro britânico (não obstante natural da Bélgica) a vencer o “Tour de France” – na 99ª edição da prova! – como é, nos “tempos modernos”, o primeiro a conseguir ter absoluto sucesso na transição das provas de pista (nas quais conquistou 6 medalhas olímpicas, em 2000, 2004 e 2008) para a estrada, onde apenas debutou a nível de alta competição em 2008.
Excelente contra-relogista (tendo vencido categoricamente os dois contra-relógios da edição deste ano), foi adquirindo capacidade de resistência nas etapas de montanha, chegando sempre no grupo da dianteira, o que lhe possibilitou confirmar a vitória na mais importante prova velocipédica mundial.
(foto AP – via A Bola)
Porém, como não há “bela sem senão”, este meritório triunfo, não deixa de ser de alguma forma condicionado por dois factores: primeiro, a ausência do espanhol Alberto Contador (a cumprir pena disciplinar de suspensão de dois anos, na sequência do controlo positivo que acusou em 2010) e do luxemburguês Andy Schleck (lesionado), porventura os dois mais cotados ciclistas da actualidade; depois, o facto de o seu “lugar-tenente” na equipa Sky, o também britânico Christopher Froome (nascido no Quénia…), que se estreara com um 2º lugar na “Vuelta” de 2011, ter demonstrado este ano, nas etapas de montanha, inequívoca superior capacidade, acabando por ver-se constrangido a, por mais de uma vez, ter de esperar pelo seu chefe-de-fila, não obstante as insistentes solicitações para que lhe desse “autorização” para, em particular na última etapa nos Pirinéus, poder “ir embora”, em busca da vitória que, nesse dia, acabaria por ser garantida por Alejandro Valverde (com um importante contributo de Rui Costa, com um trabalho de desgaste do grupo de fugitivos, lançando o seu líder, permitindo que se isolasse).
Numa prova não tão entusiasmante como estávamos habituados nos últimos anos, com um percurso menos exigente a nível de etapas de montanha, e marcado por inúmeras quedas nos primeiros dias, acabou por ser algo decepcionante – depois do triunfo no ano passado – a prestação do australiano Cadel Evans, a quedar-se pelo 7º lugar.
Destaque, por outro lado, para as revelações da prova, o estado-unidense Tejay Van Garderen (5º na geral e vencedor do “Prémio da Juventude”), assim como para o eslovaco Peter Sagan (a conquistar a camisola verde, da classificação por pontos), tendo vencido três etapas, proeza que repartiu com o alemão André Greipel e o também britânico Mark Cavendish (este, com o “valor acrescentado” de repetir o triunfo em Paris, nos Campos Elíseos, pela 4ª vez consecutiva!). Depois da magnífica prestação do ano passado, Thomas Voeckler venceu este ano o prémio da montanha, tendo portanto também um excelente desempenho.
Por fim, em relação aos portugueses, assinalam-se significativas evoluções na classificação geral, com Rui Costa a alcançar um muito bom 18º lugar (depois da 90ª posição do ano passado) – tendo estado bastante activo, em fugas sucessivas, nos últimos dias da competição (inclusivamente, na derradeira etapa, integrando um trio que apenas a 3 km da meta seria absorvido pelo veloz pelotão), após ter estabilizado a sua posição na tabela classificativa (depois de ter chegado a rondar de muito perto um lugar nos 10 primeiros); também Sérgio Paulinho regista significativa progressão, de 81º para 50º, classificação a merecer ainda maior relevo considerando que participou na prova com o objectivo prioritário de “ganhar rodagem” para a Volta a Espanha.
Classificação final
1º Bradley Wiggins (Grã-Bretanha) – Sky Procycling – 87h 34′ 47″
2º Christopher Froome (Grã-Bretanha) – Sky Procycling – a 03’21”
3º Vincenzo Nobali (Itália) – Liquigas-Cannondale – a 06’19”
4º Jurgen Van Den Broeck (Bélgica) – Lotto-Belisol – a 10’15”
5º Tejay Van Garderen (EUA) – BMC Racing Team – a 11’04”
6º Haimar Zubeldia (Espanha) – Radioshack-Nissan – a 15’41”
7º Cadel Evans (Austrália) – BMC Racing Team – a 15’49”
8º Pierre Rolland (França) – Team Europcar – a 16’26”
9º Janez Brajkovic (Eslovénia) – Astana – a 16’33”
10º Thibaut Pinot (França) – FDJ-Bigmat – a 17’17”
11º Andréas Kloden (Alemanha) – Radioshack-Nissan – a 17’54”
12º Nicolas Roche (Irlanda) – AG2R La Mondiale – a 19’33”
13º Christopher Horner (EUA) – Radioshack-Nissan – a 19’55”
14º Chris Sorensen (Dinamarca) – Team Saxo Bank-Tinkoff Bank – a 25’27”
15º Denis Menchov (Rússia) – Katusha – a 27’22”
16º Maxime Monfort (Bélgica) – Radioshack-Nissan – a 28’30”
17º Egoi Martinez (Espanha) – Euskaltel-Euskadi – a 31’46”
18º Rui Costa (Portugal) – Movistar – a 37’03”
19º Eduard Vorganov (Rússia) – Katusha – a 38’16”
20º Alejandro Valverde (Espanha) – Movistar – a 42’26”
…
50º Sérgio Paulinho (Portugal) – Team Saxo Bank-Tinkoff Bank – a 1h 47’14”
José Hermano Saraiva (1919-2012)
Sobre uma figura tão marcante como não consensual, a ler, por exemplo, os artigos publicados por:
- Rui Bebiano (A Terceira Noite)
- João Gonçalves (Portugal dos Pequeninos)
- Paulo Pinto (Jugular)
- (Bic Laranja)
- João Aníbal Henriques (Portugal)
Time com 5 diferentes capas, alusivas aos Jogos Olímpicos
A revista Time da próxima semana apresenta cinco diferentes capas, três nos EUA (com a ginasta Gabrielle Douglas, a barreirista Lolo Jones – a propósito, ver também esta magnífica infografia no The New York Times) e o nadador Ryan Lochte, sendo esta também apresentada na edição da região do Pacífico Sul), outra na edição da Europa / África / Médio Oriente (a atleta britânica de pentatlo Jessica Ennis), e ainda outra para a edição asiática (a futebolista japonesa Homare Sawa).
Nelson Mandela: os caminhos da liberdade
Nos 94 anos de Nelson Mandela, a ver este documentário da RTP.
«O mau e bom estado da Nação»
Pela primeira vez, desde a segunda guerra mundial, Portugal regista este ano um excedente comercial. Um número que retrata a enorme capacidade de adaptação dos portugueses que, em menos de dois anos, passaram de esbanjadores consumidores para aforradores exportadores. Revelador de um Estado que estaria em muito melhor estado se outras e melhores fossem as lideranças.
O debate sobre o estado da Nação, que hoje marca o fim da sessão legislativa, deveria revelar este país. Um país feito de pessoas que se assustaram em Outubro do ano passado, perceberam que o paraíso prometido pelo euro era uma ilusão e puseram mãos à obra. Uns partem para trabalhar lá fora, outros vão lá para fora conquistar clientes.
Os mesmos portugueses que se endividaram, reagindo assim aos incentivos que as políticas públicas lhes foram dando desde finais dos anos 80 do século XX, responderam agora com extraordinária rapidez e flexibilidade aos problemas que se colocaram com o colapso financeiro do país.
Já tinha acontecido noutras ocasiões. Após a revolução de 1974, em pleno choque petrolífero, o país foi capaz de integrar quase um milhão de pessoas vindas das ex-colónias sem conflitos que merecessem essa designação. Nos anos 80, quando pela segunda vez o FMI esteve em Portugal, as medidas adoptadas para corrigir os desequilíbrios financeiros tiveram um resultado imediato e surpreendente.
O actual processo de correcção dos desequilíbrios financeiros promete ser mais um caso de sucesso da história económica portuguesa se tudo correr bem na frente europeia. Tal como no passado, os portugueses anónimos, aqueles que não vivem à custa do dinheiro dos contribuintes, fazem o que é preciso fazer, fazem aquilo que as políticas económicas sinalizam que é necessário fazer.
Museu da Máquina de escrever
O jornalista Robert Messenger, proprietário da maior colecção de máquinas de escrever da Austrália, fundador do “Museu da Máquina de escrever“, apresenta o seu fantástico espólio no Museu de Camberra.
(via Clases de periodismo.com)
A propósito, vale bem a pena visitar esta lista de “favoritos”, relacionados com o tema:
- The Classic Typewriter Page (Richard Polt)
- Machines of Loving Grace (Alan Seaver)
- Typewriters by Will Davis
- Portable Typewriters (Richard Milton)
- The Virtual Typewriter Museum (Paul Robert)
- The Chestnut Ridge Typewriter Museum (Herman Price)
- typewriter.be (Wim Van Rompuy)
- typewriter.ch (Georg Sommeregger)
- Antique Typewriters (Martin Howard)
- Typewriters (Arnold Betzwieser)