Archive for 17 Junho, 2012
EURO 2012 – Grupo B – 3ª jornada – Portugal – Holanda

2-1
Parecendo confiar na (vitória da) Alemanha, e escudado na possibilidade de, inclusivamente, poder perder por um golo de diferença, Portugal entrou em campo, frente à Holanda, numa toada expectante, de “esperar para ver”, assim concedendo a iniciativa atacante aos adversários.
Que não se fizeram rogados, empurrando, logo desde início, a equipa portuguesa para as imediações da sua área. E, depois de dois “avisos”, acabariam mesmo por chegar ao golo, apenas com 11 minutos decorridos.
Parece que foi o melhor que poderia acontecer à selecção de Portugal… A partir daí (tal como sucedera nos dois jogos anteriores, quando em posição desvantajosa) mudou radicalmente de atitude, passando a assumir o controlo de bola e, também, o domínio do jogo.
Com a Holanda a continuar a ter de arriscar, começaram a surgir espaços para as ofensivas portuguesas, perante uma defesa holandesa com muitas dificuldades “em se encontrar”.
Primeiro, aos 18 minutos, Hélder Postiga a surgir completamente isolado na cara do guardião holandês, mas a não ter o discernimento para concretizar o golo, rematando ligeiramente ao lado. Para, pouco depois – e quando a Alemanha, inaugurando o marcador no outro jogo, aos 19 minutos, voltara a recolocar Portugal em posição de apuramento – ser Cristiano Ronaldo, também numa boa posição para poder marcar, a cabecear à figura de Stekelenburg.
O mesmo Cristiano Ronaldo não vacilaria contudo, apenas com 28 minutos (e, com a Dinamarca já empatada a um golo, desde o minuto 24, empurrando Portugal novamente para “fora do EURO”), dando a melhor conclusão a uma excelente desmarcação, culminando uma magnífica abertura de João Pereira, com um remate fora do alcance do guarda-redes adversário, dirigindo a bola para o fundo das redes.
Com a igualdade a um em ambos os campos, Portugal voltava a “entrar” na prova. E o jogo prosseguiria com a mesma toada, com Portugal a dominar por completo a batalha a meio-campo, sem que os holandeses conseguissem “pegar no jogo”, e, a criar mais oportunidades: ao minuto 32, uma “bomba” de Cristiano Ronaldo – hoje a dar sinais de maior motivação, e sobretudo, mais confiança – a obrigar Stekelenburg a aplicar-se a fundo, com uma defesa de recurso, para a frente.
Depois de um primeiro tempo a alta rotação, com o “jogo partido”, com ambas as equipas com os olhos apenas no ataque, a segunda parte iniciar-se-ia em ritmo bastante mais moderado.
A Holanda, a necessitar de ganhar por dois para manter algumas aspirações ao apuramento, ia procurando acelerar o ritmo de jogo, com dois “avisos” quase consecutivos, a findar o primeiro quarto de hora.
Portugal jogava então, assumidamente, em contra-ataque, com rápidas transições. Aos 72 minutos, Nani teria uma soberana ocasião de desempatar a partida, mas não teve a frieza necessária para ultrapassar o guarda-redes contrário, bem a arrojar-se ao chão, fazendo uma enorme “mancha”.
O melhor exemplo da forma de jogo de Portugal culminaria, de forma excelente, no segundo golo: bola recuperada na defesa por Pepe, a passar a Cristiano Ronaldo (que fora lá atrás dar uma ajuda), o qual, ao mesmo tempo que, de imediato, colocava a bola em João Moutinho, fazia uma veloz aceleração em direcção à área contrária, seguido de um rápido lançamento para Nani, na direita, e de um cruzamento de primeira, a rasgar toda a defesa holandesa, numa magnífica assistência para… Ronaldo, que, com a frieza que faltara dois minutos antes a Nani, dominou a bola, passou para o outro pé, sentou os defesas e rematou fora do alcance de Stekelenburg.
Nos minutos imediatos, Portugal provocaria ainda dois enormes sustos à defesa contrária, mas sem consequências. Já com a Dinamarca a perder, desde os 80 minutos, Portugal teria a sorte de ver um cabeceamento adversário a embater no poste da baliza de Rui Patrício.
Para, num minuto 90, um agora já super-confiante Cristiano Ronaldo, a entrar em drible, tirando os adversários do caminho, para rematar, com estrondo… ao poste!
Com uma estratégia inicial algo arriscada, Portugal teve a capacidade de compreender que as lacunas da defesa holandesa poderiam proporcionar golos, mas foi o domínio do meio-campo que se revelou crucial para assumir as rédeas da partida, e libertar a linha avançada para levar, por sucessivas vezes, o perigo até junto da baliza holandesa.
Com uma exibição muito bem conseguida, Portugal (novamente a afastar a Holanda, agora aureolada com o título de vice-campeã mundial, mas muito distante do seu melhor rendimento) garante o apuramento para os 1/4 Final, onde tem encontro marcado com a R. Checa, para uma desforra do EURO 96…
Precisamente desde 1996, foi esta a primeira vez que Portugal não ganhou o seu grupo de apuramento, o que, contudo, não assume relevância particular, face à quinta qualificação consecutiva para os 1/4 Final!
Rui Patrício, João Pereira, Bruno Alves, Pepe e Fábio Coentrão, Miguel Veloso, Raul Meireles (72m – Custódio), João Moutinho, Nani (87m – Rolando), Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga (64m – Nélson Oliveira)
Maarten Stekelenburg, Gregory van der Wiel, Ron Vlaar, Joris Mathijsen, Jetro Willems (67m – Ibrahim Afellay), Nigel de Jong, Rafael van der Vaart, Arjen Robben, Robin van Persie, Wesley Sneijder e Klaas-Jan Huntelaar
0-1 – Rafael van der Vaart – 11m
1-1 – Cristiano Ronaldo – 28m
2-1 – Cristiano Ronaldo – 74m
“Melhor em campo” – Cristiano Ronaldo (Portugal)
Amarelos – João Pereira (90m); Jetro Willems (51m) e Robin van Persie (69m)
Árbitro – Nicola Rizzoli (Itália)
Estádio Metalist – Kharkiv (19h45)
EURO 2012 – Grupo B – 3ª jornada – Dinamarca – Alemanha

1-2
Num jogo sempre muito “desconfiado”, a Alemanha começaria por marcar cedo, numa altura em que Portugal perdia já com a Holanda, o que fez com que ambas as equipas estivessem “apuradas”, entre os 11 e os 19 minutos.
O que voltaria a suceder, por um novo curto período de tempo, entre o minuto 24 (com o empate alcançado pela Dinamarca) e o minuto 28 (empate de Portugal).
As equipas manter-se-iam algo na expectativa, jogando também com o que se passava no Portugal-Holanda. Depois do golo do triunfo da equipa portuguesa, curiosamente, era a Alemanha que passava a estar na “corda bamba”: um eventual golo da Dinamarca implicaria o afastamento dos germânicos do EURO!
A equipa alemã assumiria então a sua superioridade, conseguindo o golo que, definitivamente, tranquilizaria a Alemanha… e Portugal!
Nos 1/4 Final, segue-se um curioso confronto entre Alemanha e Grécia.
Stephan Andersen, Lars Jacobsen, Simon Kjær, Daniel Agger, Simon Poulsen, William Kvist, Christian Eriksen, Jakob Poulsen (82m – Tobias Mikkelsen), Niki Zimling (79m – Christian Poulsen), Michael Krohn-Dehli e Nicklas Bendtner
Manuel Neuer, Lars Bender, Mats Hummels, Holger Badstuber, Philipp Lahm, Sami Khedira, Bastian Schweinsteiger, Thomas Müller (84m – Toni Kroos), Mesut Özil, Lukas Podolski (64m – André Schürrle) e Mario Gomez (74m – Miroslav Klose)
0-1 – Lukas Podolski – 19m
1-1 – Michael Krohn-Dehli – 24m
1-2 – Lars Bender – 80m
“Melhor em campo” – Lukas Podolski (Alemanha)
Amarelos – Não houve
Árbitro – Carlos Velasco Carballo (Espanha)
Arena Lviv – Lviv (19h45)
Rui Costa vence Volta à Suíça
O ciclista Rui Costa, ao serviço da equipa Movistar, sagrou-se hoje vencedor da Volta à Suíça em bicicleta, a prova mais importante por etapas do circuito mundial, após o Tour de France, o Giro de Itália e a Vuelta a Espanha.
Depois de ter vencido uma etapa na Volta a França do ano passado, Rui Costa torna-se no primeiro ciclista português a vencer uma prova por etapas deste circuito profissional.
Tendo envergado a camisola amarela logo na 2ª etapa, Rui Costa resistiria a todos os ataques até à derradeira etapa (9ª), hoje disputada. A classificação final foi a seguinte:
1.º Rui Costa (Portugal/Movistar) – 35:54.49 horas
2.º Frank Schleck (Luxemburgo/RadioShack-Nissan), a 14 segundos
3.º Levi Leipheimer (EUA/Omega Pharma-QuickStep), a 21 segundos
4.º Robert Gesink (Holanda/Rabobank), a 25 segundos
5.º Mikel Nieve (Espanha/Euskaltel-Euskadi), a 40 segundos
6.º Roman Kreuziger (Rep. Checa/Astana), a 47 segundos
7.º Thomas Danielson (EUA/Garmin-Barracuda), 48 segundos
8.º Steven Kruijswijk (Holanda/Rabobank), a 59 segundos
9.º Alejandro Valverde (Espanha/Movistar), a 1.42 minutos
10.º Nicolas Roche (Irlanda/AG2R), a 1.52 minutos
45.º Sérgio Paulinho (PORTUGAl/Saxo Bank), a 38.14 minutos