MUNDIAL 2006 (XCVII) – 1990
3 Abril, 2006 at 6:19 pm Deixe um comentário
A Fase Final da XIV edição do Campeonato do Mundo, disputada em 1990 em Itália (também na sua segunda organização, depois de 1934), seria marcada pelo futebol defensivo e pelos desempates por via de pontapés da marca de grande penalidade (nomeadamente em ambas as partidas das ½ finais, com a Argentina a eliminar a Itália e a Alemanha a afastar a Inglaterra).
Esta prova marca o auge do camaronês Roger Milla, aos 38 anos, com um extraordinário regresso, já depois de ter abandonado a alta competição, conduzindo a sua selecção até aos 1/4 Final (depois de eliminar a então favorita selecção da Colômbia), apenas sendo afastada, no prolongamento, pela Inglaterra (Milla marcaria ainda um golo no Mundial de 1994, já com 42 anos!).
Também a Costa Rica – treinada pelo “trota-mundos” Bora Milutinovic -, provocaria surpresa, ao chegar aos 1/8 Final da prova (eliminando a Escócia e a Suécia), sucumbindo ante o poderio da Checoslováquia.
Outros dois nomes ficariam registados nesta edição da prova; o do italiano Salvatore Schillaci, praticamente desconhecido antes do evento, no qual se sagrou como melhor marcador, com 6 golos… que não seriam suficientes para passar das ½ Finais, frente a uma Argentina (apurada “in extremis” na primeira fase da prova, depois da derrota com os Camarões no jogo de abertura), cujo herói foi o guarda-redes Sergio Goycochea, impondo a sua “lei” nos desempates por pontapés da marca de grande penalidade (tal como o fizera já frente à Jugoslávia, depois de ter segurado a vitória ante o Brasil).
Ironicamente, a Final, entre a Alemanha (que eliminara sucessivamente a Holanda, a Checoslováquia e a Inglaterra) e Argentina, que seria considerada como uma das mais pobres da história dos Mundiais, viria a ser decidida por uma grande penalidade convertida por Andreas Brehme frente a Goycochea, já nos minutos derradeiros, com os alemães a conseguirem finalmente chegar ao tri-campeonato (depois de 1954 e 1974 – igualando então as proezas do Brasil e Itália)), numa “desforra” da Final de 4 anos antes. Matthäus, Brehme, Völler, Klinsmann, Köhler e Hässler, treinados por Franz Beckenbauer, sagravam-se Campeões do Mundo.
A Argentina tornava-se na primeira selecção participante numa Final de um Mundial a ficar “em branco”… ao mesmo tempo que registava dois jogadores expulsos.
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