Archive for 10 Abril, 2006
MUNDIAL 2006 (CII) – 1994
Na sua 15ª edição, em 1994, o Mundial de Futebol chegava aos EUA; a fase de qualificação seria disputada por um novo record de participantes, 145, em busca do apuramento, reunindo-se aos “qualificados de ofício” EUA (país organizador) e Alemanha (Campeão do Mundo em título).
Na sequência das profundas alterações geo-políticas na Europa (em particular no Leste), a antiga URSS desmembrou-se num vasto conjunto de países independentes, alguns dos quais disputariam pela primeira vez o apuramento para o Campeonato do Mundo: Estónia, Letónia e Lituânia.
Também a Alemanha, detentor do título, enquanto RFA, surgia agora unificada, juntamente com a ex-RDA.
No Grupo de Portugal, a Itália venceu com naturalidade, sendo o outro qualificado, a Suíça… conseguindo apurar-se ao fim de quase 30 anos. A equipa portuguesa, com 6 vitórias e 2 empates (na Suíça e na Escócia), manteve aspirações até ao último jogo, mas (tendo perdido os 2 jogos com a Itália) concluiria a fase de apuramento a 3 pontos da Itália… e a 1 ponto da Suíça.
Na fase de apuramento, Davide Gualtieri, jogador de S. Marino, entrava na história com o golo mais rápido de sempre, aos 9 segundos, numa partida contra a Inglaterra… que terminaria com vitória dos ingleses por 7-1! Não obstante, a Inglaterra seria também afastada da Fase Final, suplantada pela surpreendente Noruega (vitoriosa no Grupo de qualificação) e Holanda.
Também o Grupo 3 foi muito disputado, com a Espanha a vencer, com apenas 2 pontos de vantagem sobre a Irlanda e Dinamarca (que, terminando em 3º lugar no Grupo, se via arredada da Fase Final).
Roménia e Bélgica conseguiriam um apuramento “tranquilo”, com alguma vantagem sobre a Checoslováquia (que seria vice-campeã da Europa em 1996).
A Grécia aparecia com novo fulgor, depois do Europeu de 1980, vencendo o Grupo, à frente da Rússia, ambas com larga vantagem sobre a Islândia.
Depois de perder em casa frente a Israel, a França seria eliminada, em pleno Parque dos Príncipes, com um golo de Emil Kostadinov no último minuto da partida frente à Bulgária, que assim garantia a qualificação, juntamente com a Suécia.
Os grandes ausentes da Fase Final seriam portanto: Inglaterra, Dinamarca (então Campeã da Europa em título), Checoslováquia, França, Polónia, Áustria… e Portugal.
Na América do Sul, duas surpresas, provenientes da vitória da Colômbia no seu Grupo da Fase de Apuramento, à frente da Argentina (que se veria obrigada a disputar um play-off com a Austrália), e da qualificação da Bolívia, juntamente com o Brasil.
Em África, surgia com grande pujança a selecção da Nigéria, acompanhada dos Camarões e de Marrocos.
Na zona Asiática, seriam a Coreia do Sul e a surpreendente Arábia Saudita a alcançar o apuramento.
Por fim, na zona da América do Norte, Central e Caraíbas, o México voltava a impor-se, não obstante algumas dificuldades frente ao Canadá.
TOMAR – INVENTÁRIO DO PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO (VI)
Edifício dos Paços do Concelho
“Edifício de planta rectangular; volume simples com cobertura em telhado de 4 águas. 3 pisos delimitados por molduras; no alçado E. e O., 3 panos separados por pilastras; o pano central, de maiores dimensões é rasgado por 3 grandes arcadas, no 1º e 2º pisos da fachada principal, por 7 arcos a meio ponto em cada um dos 3 registos da fachada contrária; no último andar da fachada principal rasgam-se janelas de sacada, rematadas por frontão liso saliente, nos 3 corpos da fachada principal, janelas de peitoril nos alçados laterais. As 3 grandes arcadas da fachada principal dão acesso a um átrio, coberto por abóbada de cruzaria de ogivas, alternando com abóbadas a berço, de onde sai a escadaria, que depois de um primeiro patamar se subdivide em 2 lanços divergentes, conduzindo ao andar nobre. Neste destaca-se o grande salão nobre com tecto em masseira, abrindo-se por janelas de sacada para a praça.
Cronologia: Séc. 16, inícios – No reinado de D. Manuel são construídas “as Casas da Câmara e da Audiência, das Sisas e dos Contos”, os actuais Paços do Concelho; na descrição feita no séc. 17 (ROSA, 1982) o edifício apresentava a mesma estrutura de alçados: 3 blocos, correspondentes às 3 casas, em 3 pisos; 1740 – nesta data a divisão funcional das casas divergia: são referidas a Casa da Audiência, a Casa do Senado com o Cartório, a Casa do Açougue; nas obras realizadas uniformiza-se o alçado principal e o acesso às várias casas, rasgam-se as janelas do 3º registo, constroem-se águas-furtadas; 1955 – proposta de alteração da estrutura do telhado de 4 para 12 águas, segundo a primitiva traça, da escadaria e das janelas do r/c. não chega a realizar-se; 1958 – até esta data funcionaram no edifício o Tribunal Judicial e a cadeia; 1971 – proposta para reparar a cobertura; construção de uma cinta de betão armado para travamento das paredes, a nível da cimalha; tectos em masseira na casa da escada e secretaria, idênticos aos já existentes; fornecimento de guarnições e aros em madeira.”
(via página da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais)