Parte interna das lojas do prédio que servia de Sinagoga no séc. XV
“De planta quase quadrada e piso inferior ao da rua, a sala que serviu de sinagoga divide-se em 3 naves separadas por 4 colunas cilíndricas segmentadas, com bases chanfradas e capitéis de lavores geométricos e vegetalistas; sobre estas e sobre mísulas prismáticas adossadas às paredes repousa a alta abóbada de arestas. 2 orifícios em cada canto comunicam com o bocal de bilhas de barro, metidas na parede, com função acústica.Uma porta em arco quebrado (do lado de fora lanceolado), aberta a E., era a porta principal da sinagoga. A entrada faz-se hoje por porta de vão rectangular do lado N.. Numa sala de planta rectangular, a O., foram feitas escavações, tendo sido posto a descoberto o “mikveh”, local dos banhos rituais reservados às mulheres.
Cronologia: Séc. 15 (meados) – construção; 1496 – encerramento pelo édito de expulsão dos judeus de Portugal; séc. 16, 1ª metade – cadeia municipal; séc. 16, 2ª metade / 19 – notícia da existência da ermida de São Bartolomeu, na Rua Nova, provavelmente no local da antiga sinagoga; séc. 19 – adaptação a armazém; 1923 – o Dr. Samuel Schwarz compra o imóvel a Joaquim Cardoso Tavares; 1939 – doa a sinagoga ao Estado, com a condição de nele ser instalado um Museu luso-hebraico; 1944 – o Estado compra o prédio do lado, para ampliação do Museu.”
No “progrom” de Lisboa de 19 de Abril de 1506, durante o reinado do Rei Manuel I de Portugal, um “cristão-novo” (judeu obrigado a converter-se ao catolicismo sob pena de morte) expressa as suas dúvidas sobre as visões milagrosas na Igreja de S. Domingos em Lisboa. Como consequência, cerca de 4000 judeus, homens, mulheres e crianças, foram massacrados pela população católica, incitados por frades dominicanos. Os judeus foram acusados entre outros “males”, de deicídio e de serem a causa da profunda seca que assolava o país. A matança durou três dias.
No seguimento deste massacre, do clima de crescente Anti-Semitismo em Portugal e do estabelecimento da Inquisição (o tribunal da Inquisição entrou em funcionamento em 1540 e perdurou até 1821), muitas famílias judaicas fugiram do país.
1. Este “blogue" tem por objectivo prioritário a divulgação do que de melhor vai acontecendo em Portugal e no mundo, compreendendo nomeadamente a apresentação de algumas imagens, textos, compilações / resumos com origem ou preparados com base em diversas fontes, em particular páginas na Internet e motores de busca, publicações literárias ou de órgãos de comunicação social, que nem sempre será viável citar ou referenciar.
Convicto da compreensão da inexistência de intenção de prejudicar terceiros, não obstante, agradeço antecipadamente a qualquer entidade que se sinta lesada pela apresentação de algum conteúdo o favor de me contactar via e-mail (ver no topo desta coluna), na sequência do que procederei à sua imediata remoção.
2. Os comentários expressos neste "blogue" vinculam exclusivamente os seus autores, não reflectindo necessariamente a opinião nem a concordância face aos mesmos do autor deste "blogue", pelo que publicamente aqui declino qualquer responsabilidade sobre o respectivo conteúdo.
Reservo-me também o direito de eliminar comentários que possa considerar difamatórios, ofensivos, caluniosos ou prejudiciais a terceiros; textos de carácter promocional poderão ser também excluídos.