Archive for 5 Abril, 2006
LIGA DOS CAMPEÕES – 1/4 FINAL
1ª mão 2ª mão Total Benfica - Barcelona 0-0 0-2 0-2 Arsenal - Juventus 2-0 0-0 0-0 Inter - Villarreal 2-1 0-1 2-2 Lyon - AC Milan 0-0 1-3 1-3
Frente à força e poderio do Barcelona – porventura a melhor equipa mundial na actualidade, fazendo recordar, a espaços, a “laranja mecânica” holandesa da década de 70 – o Benfica não teve a capacidade de superação que era requerida para vencer a eliminatória.
No conjunto dos dois jogos, o Barcelona foi claramente superior, teve mais de uma dezena de oportunidades de golo, contra 3 ou 4 do Benfica.
O que não invalida que se diga que o Benfica prestigiou o futebol português, dignificando o seu nome, neste regresso “em grande” à Liga dos Campeões, com uma excelente campanha, em que deixou pelo caminho o Manchester United e o campeão europeu em título, Liverpool… tendo feito sofrer o Barcelona até ao minuto 178 da eliminatória.
Na partida de hoje, a equipa portuguesa parecia revelar uma entrada em jogo de forma concentrada, com o Barcelona procurando pausadamente o ataque, a ter de recuar para organizar o seu jogo ofensivo, perante a pressão do Benfica.
Porém, logo aos 3 minutos, Petit, tocando a bola com a mão, numa falta escusada, concedia uma grande penalidade, que Moretto, superiormente, sem recear Ronaldinho, defendeu.
Não obstante, apesar da fortuna, esse lance intranquilizaria o Benfica, particularmente Petit, bastante faltoso na fase inicial da partida.
Até à meia hora, o Benfica não conseguiria libertar-se, continuando, durante todo esse período, a sofrer intensa pressão, com Ronaldinho a “abrir o livro”, chegando ao golo logo aos 19 minutos (a “encostar” a bola para a baliza, na sequência de cruzamento de Eto’o, após uma perda de bola de Beto na zona intermediária), para, apenas 3 minutos depois, numa arrancada em velocidade, dar um “nó” em Ricardo Rocha, apenas sendo travado com Luisão a colocar a mão à bola, em cima da linha de grande área.
O árbitro mostrava-se algo permissivo perante o jogo faltoso do Barcelona, quando o Benfica procurava organizar o seu jogo, sacudindo a pressão, entre os 30 e 40 minutos.
Os últimos 5 minutos da primeira parte terminariam novamente em sufoco para o Benfica, com o Barcelona a jogar em grande velocidade, terminando o período inicial do jogo com 4 a 5 oportunidades de golo desperdiçadas.
A equipa portuguesa entrou bem melhor e mais determinada na segunda parte, com Simão a assumir a condução do jogo, ao mesmo tempo que o Barcelona parecia denotar menor disponibilidade física, à medida que o relógio avançava.
Até que, aos 61 minutos, se dá o momento do jogo, pela negativa para o Benfica, quando Simão, isolado por Miccoli, frente a Valdés, tem uma perdida “escandalosa”, rematando ao lado da baliza.
Apesar disso, por volta dos 65 minutos, o Barcelona sentia maiores dificuldades na progressão, com o jogo muito mais repartido, com Miccoli a começar a ameaçar com as suas rápidas “escapadas”; por fim, o Benfica surgia mais desinibido, apostado em chegar ao golo que lhe poderia dar o apuramento, enquanto que os espanhóis ameaçavam abrir brechas na defesa.
O Barcelona, respeitando o Benfica, algo “angustiado” perante a perspectiva de um eventual golo do adversário, acabava o jogo “queimando tempo”, com duas substituições em sequência, aos 84 e 85 minutos, imediatamente antes da segunda grande oportunidade do Benfica, com Karagounis a rematar de meia distância, Valdés a largar para a frente e a bola a ressaltar em Luisão, que não conseguiu dominar para a introduzir na baliza… até que, aos 88 minutos, numa falha de Petit, Eto’o, não perdoando, “fuzilava” a baliza do Benfica e sentenciava a eliminatória.
Numa segunda mão menos desequilibrada que o jogo da Luz, o Benfica caía de pé, tentando ainda o ataque por mais duas vezes já no período de descontos; o Barcelona segue em frente, em busca de um troféu que lhe parece prometido, não obstante a “final antecipada” que terá nas ½ finais, ante o AC Milan.
Barcelona – Valdés; Belletti, Puyol, Oleguer, Van Bronckhorst; Larsson (85’ – Giuly), Van Bommel (84’ – Edmilson), Deco, Iniesta; Ronaldinho e Eto’o
Benfica – Moretto; Ricardo Rocha, Luisão, Anderson, Léo; Giovanni (54’ – Karagounis), Beto (72’ – Robert), Petit, M. Fernandes (82’ – Marcel), Simão; Miccoli
1-0 – Ronaldinho – 19 min.
2-0 – Eto’o – 88 min.
MUNDIAL 2006 (XCIX) – 1990
1/8 Final
Checoslováquia – Costa Rica – 4-1
Camarões – Colômbia – 2-1
RFA – Holanda – 2-1
Brasil – Argentina – 0-1
Itália – Uruguai – 2-0
Irlanda – Roménia – 0-0 (5-4 g.p.)
Inglaterra – Bélgica – 1-0
Espanha – Jugoslávia – 1-2
BENFICA – EMPATES A ZERO EM CASA
1ª mão 2ª mão Total 1957-58 TCE 1ª elim. Sevilla - Benfica 3-1 0-0 3-1 1967-68 TCE 1ª elim. Glentoran - Benfica 1-1 0-0 1-1 1971-72 TCE 1/2 F. Ajax - Benfica 1-0 0-0 1-0 1972-73 TCE 1/8 F. Derby County - Benfica 3-0 0-0 3-0 1974-75 TVT 1/8 F. Carl Zeiss Jena - Benfica 1-1 0-0 1-1 1975-76 TCE 1/4 F. Benfica - Bayern Munchen 0-0 1-5 1-5 1976-77 TCE 1ª elim. D. Dresden - Benfica 2-0 0-0 2-0 1977-78 TCE 1ª elim. Benfica - Torpedo Moscovo 0-0 0-0 0-0 1978-79 UEFA 1ª elim. Nantes - Benfica 0-2 0-0 0-2 1978-79 UEFA 1/16 Benfica - B. M’Gladbach 0-0 0-2 0-2 1981-82 TCE 1/8 F. Benfica - Bayern Munchen 0-0 1-4 1-4 1982-83 UEFA 1/2 F. Benfica - Univ. Craiova 0-0 1-1 1-1 1991-92 TCE Grupo Benfica - Barcelona 0-0 1-2 1-2 1994-95 TCE 1/4 F. AC Milan - Benfica 2-0 0-0 2-0 1997-98 UEFA 1ª elim. Bastia - Benfica 1-0 0-0 1-0 2003-04 UEFA 1/8 F. Benfica - Inter 0-0 3-4 3-4
Nas 16 vezes em que o Benfica empatou a zero em casa, conseguiu alcançar o apuramento para a fase seguinte apenas em 5 ocasiões.
Nas 7 oportunidades em que o empate se verificou no jogo da 1ª mão, o Benfica apenas conseguiu eliminar o Torpedo de Moscovo (empate a zero, com Bento a marcar o “penalty” decisivo, no desempate) e o Univ. Craiova (empate a 1-1, dando o acesso à Final da Taça UEFA de 1983).
TOMAR – INVENTÁRIO DO PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO (III)
Capela de São Gregório
“Planta centralizada composta pelo octógono da nave e pelo rectângulo da capela-mor, a que se adossa, a E., a sacristia inscrita num quadrado. A nave é encimada por varandim, com remates nos vértices do octógono; a cobertura em cúpula é revestida a cimento, rematado por catavento com cruz; a sacristia é rematada por telhado prismático quadrangular. À fachada S. e E. adossa-se uma galilé, de telhado facetado, assente em arquitrave apoiada em colunas toscanas de fuste liso. A porta da capela de verga e jambas com decoração manuelina rasga-se em frente ao altar-mor. Este abre-se para a nave por arco a meio ponto assente em pilastras. Nave e sacrist ia são cobertas por abóbadas em cúpula; a capela-mor é rematada por abóbada de barrete de clérigo. 3 nichos encimam o altar, um deles com a imagem de São Gregório Nanzianzeno. Azulejos enxaquetados e brancos com cercadura a azul, na capela-mor; na nave, dos 2 lados, painéis setecentistas, a azul e branco, representando um a missa de São Gregório, outro uma cena conciliar.”
“Cronologia – Séc. 16, 1º quartel – construção da capela, feita, segundo a tradição, à custa do povo; 1535 – gastos 600 reais no madeiramento (Anais, 1971).”
(via página da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais)