TEMPLÁRIOS (II)
21 Março, 2006 at 8:52 am Deixe um comentário
“É em Tomar que encontramos uma maior concentração de bastiões da Ordem, contributos inestimáveis para o nosso património arquitectónico. É o caso do castelo de Tomar (também chamado dos Templários), que estaria unido por passagens subterrâneas à Igreja de São João Baptista (santo venerado pela Ordem, que nos seus templos e capelas conta com inúmeras representações de baphomets – cabeças degoladas) e à Igreja de Santa Maria do Olival, onde Gualdim Pais foi sepultado. O seu túmulo, ao que se sabe, está vazio – mais um enigma para a constelação dos mistérios do Templo.
A arte gótica, segundo Michel Lamy, terá sido introduzida pelos Templários, que se associaram a mesteirais cagots, possuidores de segredos de construção e dos trabalhos em pedra (possíveis antecessores dos “pedreiros-livres” ou franco-mações). O estilo manuelino será, em Portugal, o herdeiro directo do gótico e o seu grande expoente é o Convento de Cristo, cripta da Ordem de Cristo, após se ter instalado por alguns anos em Castro Marim e ter regressado à original sede do Templo. Na charola do Convento de Cristo encontramos a disposição octogonal, fiel à cosmologia da época e representando o hemisfério celeste. Os Templários, e os seus herdeiros Cavaleiros de Cristo, teriam desenvolvido os conhecimentos de astrologia e astronomia (as duas ciências, como se sabe, eram indissociáveis) que lhes serviram para iniciar a aventura dos Descobrimentos.”
“Os Templários – Esses grandes senhores de mantos brancos”, Michel Lamy, Editorial Notícias, pp. 5 e 6 (Nota do editor português)
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