MARCAS NA MEMÓRIA (II)
21 Junho, 2005 at 8:44 am 4 comentários
O “Licor Beirão” (“O Licor de Portugal”) é também uma marca que faz parte da nossa história, uma bebida tradicionalmente portuguesa, preparada à base de plantas, cuja fórmula secreta nasceu numa farmácia da Lousã há cerca de 75 anos.
Trata-se, neste caso, de uma marca em expansão: nos últimos 15 anos, a produção subiu de 600 mil garrafas por ano para mais de dois milhões.
Com o seu travo a doce, levemente exótico, tem um paladar suave de uma bebida quente, sendo um óptimo “digestivo”, a tomar (sem gelo!) em quantidades moderadas.
O seu criador, José Carranca Redondo, deixou-nos na passada semana. Carranca Redondo foi pioneiro em Portugal na publicidade de estrada, desde meados do século XX, tendo recorrido mesmo, na década de 60, a um cartaz com um “slogan equívoco” (pela sua dupla conotação, também associada a Salazar): “O Beirão de quem todos gostam!”.
Uma marca que, durante muito tempo, me intrigou, pelo sua denominação peculiar e pela sua relativamente forte presença na rua, nomeadamente na década de 70, era a do “Nitrato do Chile”.
O que é o “Nitrato do Chile”? Trata-se de «Um mineral comercial composto principalmente por “nitrato de sódio” dos depósitos de cascalho no Chile. Antes do processo de oxidação da amônia para nitratos a maioria do salitre chileno era usado pela indústria química; hoje é usado principalmente na agricultura como fonte de nitrogénio»; portanto, basicamente um adubo!
Porquê do Chile? O Chile foi o maior produtor de Salitre do mundo de 1850 a 1930!…
A propósito, recordo também uma marca quase omnipresente nesses anos, nas estradas de Portugal – com o desenho de um enorme “G” – a dos pneus “Mabor General” (o “pneu português com mais anos de experiência”).
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1.
duende | 21 Junho, 2005 às 1:08 pm
Não te esqueças do ‘Pirolito’, Leonel. Merece também uma referência no MV. 🙂 http://www.alentejodigital.pt/arqueologiacv/pirolito.htm
2.
Leonel Vicente | 21 Junho, 2005 às 1:31 pm
É que é já a seguir!…
(essa é uma memória que perdura!)
3.
Jamour | 21 Junho, 2005 às 1:49 pm
Já apanhei uma buba de licor beirão que quando acordei não sabia que dia era. Liguei para a TMN o tipo que atendeu fartou-se de rir.
Eu: olhe desculpa é q eu tenho aqui um problema com o calendário.
E ele: do telemóvel?
Eu: não da minha memória
E ele: desata a rir.
Eu: Que dia é hoje? É sabádo?
Ele: É segunda
Eu: foda-se tenho q ir trabalhar. Maldito licor beirão.
4.
Leonel Vicente | 22 Junho, 2005 às 12:00 am
É para beber ‘com moderação’! 🙂