Françoise abandonaria Picasso em 1953, provocando-lhe um sério revés sentimental. Começaria também a sua fase de ceramista, tendo por primeiro trabalho um touro em miniatura; assim conheceria Jacqueline Roque Hutin.
No Verão de 1955, adquire uma “villa” (“La Californie”), em Cannes. Nessa época, estabeleceria uma relação de amizade com o toureiro Luis Miguel Dominguin.
Apresentaria então (1957) vários estudos e versões sobre “As Meninas” de Velasquez, incidindo sobre a obra no seu todo ou apenas em determinados pormenores, com transposição das formas e alterações da composição original.
Em 1958, prepara mural para o edifício da UNESCO, “A Queda de Ícaro”. Em 1959, surge como actor de cinema, com o filme “Le Mystère Picasso”, realizado por Georges Clouzot. Casaria entretanto com Jacqueline Roque Hutin em 1961, a qual acompanharia o pintor até ao fim da sua vida.
Para além dos “blogues” africanos com origem em países de expressão portuguesa, são os escritos no Brasil e, também, na Galiza, os que apresentam uma escrita que nos é mais “próxima”.
Começando pela Galiza, o meu (repetido) destaque vai para o Días Estranhos, de Martin Pawley, de que aqui relembro «o Lingüisticación anormal». Orientado para questões culturais, em particular o cinema, a literatura e a música, assume também um vincado cariz de intervenção social; a defesa intransigente do seu “país” faz-se nesta altura com uma campanha pela participação nas eleições do próximo 19 de Junho (“Hai que botalos” – conjunto de 24 curtas-metragens de realizadores galegos), anunciadas como a “Primavera Galega”, com a perspectiva da substituição do histórico presidente da “Xunta”, Fraga Iribarne:
“O día 19 de Xuño non acaba o mundo. Pero é un día importante. Galiza ten a oportunidade de definirse acerca de si mesma. Díxoo moi ben o Presidente Fraga hai pouco tempo. Galiza ten que escoller entre o prestixio e a aventura. Como colectivo comprometido coa cultura e a sociedade galega, Burla Negra decidiu implicarse na campaña electoral a favor da aventura. Entre outras razóns porque o Prestixio do Señor Fraga afundiu definitivamente, hai case tres anos, a duascentas millas da nosa costa“.
Do Brasil, pela mão do César Valente, chega-nos o Carta Aberta – “Uma espécie de livro de crónicas”, com inúmeros textos deliciosos, de que aqui relembro o fabuloso “Resoluções de Ano Novo“.
Também do Brasil, para além do conhecido Alexandre Soares Silva, ainda referências especiais a:
José António era uma daquelas pessoas que não engana: tinha a bondade expressa no rosto.
Este homem bom dedicou a sua vida ao futebol, onde só fez amigos e soube conquistar a admiração dos que seguiram a sua carreira.
Recordo particularmente um dia de Outubro de 1985, em que José António se constituiu num dos esteios da selecção nacional que – no jogo mais empolgante que tive a oportunidade de ver na minha vida – conquistou a rara proeza de, em Estugarda, derrotar a “toda-poderosa” selecção alemã, então Vice-Campeã do Mundo, assim alcançando o apuramento para o Campeonato do Mundo no México de 1986.
Este homem bom partiu ontem, aos 47 anos, traído pelo coração, ao fazer o que mais gostava: jogar à bola com os amigos.
Deixa-nos pouco tempo depois de outro homem bom, João Manuel, vítima de doença degenerativa que, de forma fulminante, o consumiu em pouco mais de seis meses.
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