Archive for Fevereiro, 2005

DEPUTADOS ELEITOS POR DISTRITO – PEV (CDU)

                1975 1976 1979 1980 1983 1985 1987 1991 1995 1999 2002
 Lisboa           -    -    -    -    -    -    1    1    1    1    1
 Setúbal          -    -    -    -    -    -    1    1    1    1    1

Total - - - - - - 2 2 2 2 2

[2068]

16 Fevereiro, 2005 at 1:52 pm

DEPUTADOS ELEITOS

               1975 1976 1979 1980 1983 1985 1987 1991 1995 1999 2002
 PPD/PSD         81   73    7    8   75   88  148  135   88   81  105
 PS             116  107   74    3  101   57   60   72  112  115   96
 CDS-PP          16   42    -    -   30   22    4    5   15   15   14
 PCP-PEV/CDU/APU 30   40   47   41   44   38   31   17   15   17   12
 BE               -    -    -    -    -    -    -    -    -    2    3
 AD               -    -  121  126    -    -    -    -    -    -    -
 FRS              -    -    -   71    -    -    -    -    -    -    -
 PRD              -    -    -    -    -   45    7    -    -    -    -
 MDP/CDE          5    -    -    -    -    -    -    -    -    -    -
 UDP              1    1    1    1    -    -    -    -    -    -    -
 ADIM             1    -    -    -    -    -    -    -    -    -    -
 PSN              -    -    -    -    -    -    -    1    -    -    -

TOTAL 250 263 250 250 250 250 250 230 230 230 230

[2067]

16 Fevereiro, 2005 at 12:34 pm

VI CORRENTES D’ESCRITA

Decorre na Póvoa de Varzim, de 16 a 19 de Fevereiro, uma organização denominada “VI Correntes d’Escrita”, reunindo mais de 50 escritores de expressão ibérica provenientes de três Continentes (de países como Portugal, Brasil, Espanha, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Argentina, Colômbia, Cuba e Peru), entre os quais se contam, nomeadamente, Agustina Bessa-Luís, Mário Cláudio, Urbano Tavares Rodrigues, Luísa Dacosta e Fátima Pombo.

Na oportunidade, será também atribuído o “Prémio Literário Correntes d’Escrita”, visando distinguir uma obra poética (no ano anterior, fora premiado – nos termos da alternância preconizada pelo regulamento – um romance, “O vento assobiando nas gruas”, de Lídia Jorge).

[2066]

16 Fevereiro, 2005 at 8:49 am

ALMADA NEGREIROS – "MANIFESTO ANTI-DANTAS" (VII)

“E as convicções urgentes do homem Cristo Pai e as convicções catitas do homem Cristo Filho!…

E os concertos do Blanch! E as estátuas ao leme, ao Eça e ao despertar e a tudo! E tudo o que seja arte em Portugal! E tudo! Tudo por causa do Dantas!

Morra o Dantas, morra! Pim!

Portugal que com todos estes senhores conseguiu a classificação do país mais atrasado da Europa e de todo o Mundo! O país mais selvagem de todas as Áfricas! O exílio dos degredados e dos indiferentes! A África reclusa dos europeus! O entulho das desvantagens e dos sobejos! Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia – se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!

Morra o Dantas, morra! Pim!”

José de Almada Negreiros

Poeta d’Orpheu

Futurista E Tudo

1915

[2065]

15 Fevereiro, 2005 at 6:12 pm

ELEIÇÕES ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA – 2002

PPD/PSD – 2.200.765 (40,21%) – 105 deputados
PS – 2.068.584 (37,79%) – 96 deputados
CDS-PP – 477.350 (8,72%) – 14 deputados
PCP-PEV-CDU – 379.870 (6,94%) – 12 deputados
B.E. – 149.966 (2,74%) – 3 deputados
PCTP/MRPP – 36.193 (0,66%)
MPT – 15.540 (0,28%)
PPM – 12.398 (0,23%)
PH – 11.472 (0,21%)
PNR – 4.712 (0,09%)
POUS – 4.316 (0,08%)
B.E.-UDP – 3.911 (0,07%)

Inscritos – 8.902.713
Votantes – 5.473.655 – 61,48%
Abstenções – 3.429.058 – 38,52%

Fonte: CNE

[2064]

15 Fevereiro, 2005 at 12:36 pm

ELEIÇÕES ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA – 2002

A 17 de Março de 2002, numas eleições inesperadamente provocadas pela demissão de António Guterres, os portugueses hesitaram e – ainda que tenha havido uma natural “viragem política” – repartiram os seus votos de forma mais “equitativa” entre os dois maiores partidos.

O PSD, sob a liderança de Durão Barroso, alcançava 40 % dos votos, elegendo 105 deputados, a melhor votação do partido à excepção das maiorias absolutas de Cavaco de 1987 e 1991.

Ficando todavia aquém das expectativas próprias, não atingindo a maioria absoluta (a cerca de 5 % dos votos de distância”) – e apesar de Durão Barroso tanto ter contestado a formação de uma coligação de direita, com um ataque persistente ao CDS e respectivo líder durante a campanha eleitoral – ver-se-ia, algo “ironicamente”, beneficiando da formação de uma maioria parlamentar de centro-direita, obrigado a ter de optar por essa fórmula governamental.

Aguardando pacientemente o desgaste do Governo e a degradação da popularidade de Guterres, cumpria finalmente a profecia de que “sabia que ia ser Primeiro-Ministro, só não sabia quando”, apesar de não ter sido capaz de transmitir uma imagem de confiança suficiente para uma vitória mais clara e inequívoca.

O PS, agora dirigido por Ferro Rodrigues – não obstante ainda algo abalado por um súbito processo de transição de liderança – ficando próximo dos 38 % (obtendo uma percentagem similar à de 1975), conseguia um resultado que apenas António Guterres superara (em 1995 e 1999); passava a dispor de 96 deputados, a curta distância do PSD.

O CDS-PP, com uma muito ligeira evolução, de 8,3 % para 8,7 % – traduzindo-se mesmo num decréscimo de 15 para 14 deputados – beneficiava da configuração dos resultados (o facto de o PSD não alcançar a maioria absoluta) para se afirmar como o partido mais vitorioso, não só ultrapassando a CDU, mas também, e principalmente, porque o voto popular vinha “impor” uma “nova AD”: cerca de 20 anos depois, o CDS, pela mão de Paulo Portas – afirmando-se como parceiro imprescindível para uma maioria parlamentar – regressava ao Governo.

A CDU (PCP-PEV), sem capacidade interna de renovação, não conseguia travar a (aparentemente) irreversível tendência de queda, descendo de 9 % para (ligeiramente) menos de 7 %, no seu pior resultado de sempre; passava de 17 deputados para apenas 12; o PCP, com os seus 10 representantes – apenas conseguindo eleger deputados em 6 dos 22 círculos eleitorais, vendo a sua “influência” cada vez mais circunscrita –, passava a ter uma representação parlamentar pouco mais que “marginal”.

O Bloco de Esquerda, continuando a beneficiar do voto (sub)urbano, subia de 2,4 % para 2,7 %, somando aos 2 eleitos por Lisboa, 1 deputado no Porto.

Embora muitos vaticinassem uma vida curta à coligação governamental, ela foi sobrevivendo… até ao dia em que Durão Barroso decidiu aceitar o convite para “emigrar” de novo, designado para Presidente da Comissão Europeia.

[2063]

15 Fevereiro, 2005 at 8:21 am

"BLOGUE" TVI – LEGISLATIVAS 2005

Depois da SIC, também a TVI criou uma página com formato de “blogue” para acompanhamento das eleições legislativas, que pode consultar aqui.

[2062]

14 Fevereiro, 2005 at 9:35 pm 1 comentário

ALMADA NEGREIROS – "MANIFESTO ANTI-DANTAS" (VI)

“E fique sabendo o Dantas que se um dia houver justiça em Portugal todo o mundo saberá que o autor de Os Lusíadas é o Dantas que num rasgo memorável de modéstia só consentiu a glória do seu pseudónimo Camões.

E fique sabendo o Dantas que se todos fossem como eu, haveria tais munições de manguitos que levariam dois séculos a gastar.

Mas julgais que nisto se resume literatura portuguesa? Não Mil vezes não!

Temos, além disto o Chianca que já fez rimas prá Aljubarrota que deixou de ser a derrota dos Castelhanos pra ser a derrota do Chianca.

E as pinoquices de Vasco Mendonça Alves passadas no tempo da avózinha! E as infelicidades de Ramada Curto! E o talento insólito de Urbano Rodrigues! E as gaitadas do Brun! E as traduções só pra homem do ilustríssimos excelentíssimo senhor Mello Barreto! E o frei Matta Nunes Moxo! E a Inês Sifilítica do Faustino! E as imbecelidades do Sousa Costa! E mais pedantices do Dantas! E Alberto Sousa, o Dantas do desenho! E os jornalistas do Século e da Capital e do Notícias e do Paiz e do Dia e da Nação e da República e da Lucta e de todos, todos os jornais! E os actores de todos os teatros! E todos os pintores das Belas-Artes e todos os artistas de Portugal que eu não gosto. E os da águia do Porto e os palermas de Coimbra! E a estupidez do Oldemiro César e o Dr. José de Figueiredo Amante do Museu e ah oh os Sousa Pinto hu hi e os burros de cacilhas e os menos do Alfredo Guisado! E (o) raquítico Albino Forjaz de Sampaio, crítico da Lucta a quem Fialho com imensa piada intrujou de que tinha talento! E todos os que são políticos e artistas! E as exposições anuais das Belas-Arte(s)! E todas as maquetas do Marquês de Pombal! E as de Camões em Paris; e os Vaz, os Estrela, os Lacerda, os Lucena, os Rosa, os Costa, os Almeida, os Camacho, os Cunha, os Carneiro, os Barros, os Silva, os Gomes, os velhos, os idiotas, os arranjistas, os impotentes, os celerados, os vendidos, os imbecis, os párias, os ascetas, os Lopes, os Peixotos, os Motta, os Godinho, os Teixeira, os Câmara, os diabo que os leve, os Constantino, os Tertuliano, os Grave, os Mântua, os Bahia, os Mendonça, os Brazão, os Matos, os Alves, os Albuquerques, os Sousas e todos os Dantas que houver por aí!!!!!!!!!”

[2061]

14 Fevereiro, 2005 at 6:10 pm

GRAMMY AWARDS

De forma póstuma, Ray Charles foi o grande vencedor dos “Grammy Awards 2005”, ao ser distinguido com 8 prémios, entre os quais os de Álbum do Ano e Gravação do Ano, com “Genius Loves Company”. Alguns dos premiados foram:

Geral
Gravação do ano – Here We Go Again – Ray Charles & Norah Jones
Álbum do ano – Genius Loves Company – Ray Charles
Canção do ano – Daughters – John Mayer
Revelação – Maroon5

Pop & Dance
Melhor Performance de Pop com Vocal Feminino – Sunrise – Norah Jones
Melhor Performance de Pop com Vocal Masculino – Daughters – John Mayer
Melhor Álbum de Pop com Vocal – Genius Loves Company – Ray Charles

Rock & Alternativo
Melhor Performance de Rock com Vocal Solo – Code Of Silence – Bruce Springsteen
Melhor Performance de Rock com Vocal por Duo ou Grupo – Vertigo – U2
Melhor Álbum de Rock – American Idiot – Green Day

A lista completa pode ser consultada aqui.

[2060]

14 Fevereiro, 2005 at 12:32 pm

ELEIÇÕES ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA – 2002

O empate que resultara das eleições de 1999 (PS, 115 deputados; partidos da oposição, 115 deputados) – com os deputados da oposição a votarem em bloco –, colocara o Governo numa situação de grande instabilidade. Ao recorrer, para aprovação do Orçamento, ao voto de um deputado do CDS-PP, associado a defesa dos interesses da região produtora do “Queijo Limiano”, o Governo socialista – assumindo a sua posição de fraqueza e dependência – começava a ditar o seu próprio fim.

Em Dezembro de 2001, as eleições autárquicas – sempre com características particulares, associadas aos “microclimas regionais”, mas também, tradicionalmente, funcionando de alguma forma como “voto de protesto” (oportunidade para os eleitores mostrarem um “cartão amarelo” às políticas governamentais) – acabariam por se tornar num imprevisto “terramoto”…

O PS perdia para o PSD as principais cidades do país, algumas delas de forma absolutamente imprevisível, como o Porto ou Sintra, por exemplo. Mas “a gota de água” seria o resultado em Lisboa: João Soares, líder da coligação de esquerda perdia (pese embora por uma muito reduzida margem de votos) era derrotado por Pedro Santana Lopes (concorrendo isoladamente pelo PSD – não obstante a dispersão de votos à direita, provocada pela candidatura de Paulo Portas pelo CDS-PP.

Depois de tantas surpresas, a maior estava ainda para vir, já a noite eleitoral ia avançada: António Guterres, assumindo uma inesperada e estrondosa derrota socialista, pedia a demissão, para evitar que o país caísse no “pântano”.

O PS via-se, de um dia para o outro, fora do Governo, sem líder e com pouco tempo (menos de 3 meses) para preparar o acto eleitoral. Ferro Rodrigues seria o escolhido para uma verdadeira missão impossível; viria a ter a “mais honrosa das derrotas” socialistas.

[2059]

14 Fevereiro, 2005 at 8:28 am 1 comentário

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